Capítulo 52_ Final

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O fim da esperança é o começo da morte.
Charles de Gaulle

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A vontade de dar socos na cara de Thomas era tão grande que eu podia sentir meus punhos cerrados com força. Bem provável que ele percebeu e resolveu se pronunciar.

- Desculpa, eu achei que com os socos que dei nele...

- Não, para! Dessa vez, chefinho - viro o meu rosto sério na sua direção - eu que fui a responsável e você errou, então deve admitir o erro.

- OK, eu cometi o erro de não seguir as regras. - diz com os dentes cerrados.

- Bom - estalo a língua. Olho para o lado de fora do carro.

- Já estamos numa distância razoável, vamos procurar ele dentro da mata. - proponho.

Thomas ainda com a expressão de criança teimosa, assenti.
Reviro os olhos, depois eu sou dita como a teimosa presunçosa.

O carro para e saio. Ando firme em direção às árvores, não me preocupo com Thomas, pois sinto ele logo atrás de mim. Logo surge do meu lado.

- Você está uma gracinha com essa blusa, o decote é bem... Aberto, não? - diz com quem não quer nada.

- Ah, então você anda reparando nos meus decotes. - olho ele.

Com um sorriso lascivo, ele responde:
- Como não reparar, ainda mais depois daquilo que aconteceu... Sabe, no carro. Lembro que - Thomas fingi um tosse e continua - o decote era bem.. exuberante.

Os pêlos da minha nuca arrepiam com a lembrança. Sinto meu rosto começar a ficar quente. Mas rio, sério? Mas me sinto sem graça.

- Vai parando, você só está provocando para me fazer esquecer...

Sou interrompida por ele, que continua presunçoso pela minha reação.

- Ah, qual é. Lembro muito bem, que você não reclamou quando..

- Thomas! Presta atenção, temos que encontrar Gabriel!

Claro que minha voz não sai da forma mais séria, segurando riso. Thomas nunca, nunca brincou assim, ainda mais em missões.

Sua mão vai para a bochecha descoberta pelo meu cabelo. Acariciando devagar, Thomas olha sério.

- Não vou deixar ele se meter mais na sua vida. Vamos encontrá-lo, o idiota deve tá andando que nem um bêbado, e também se não encontrarmos, bem provável que algum bicho coma ele.

Olho torto para Thomas, que gargalha com minha expressão. Parece que depois de tudo, sinto tudo envolta dele mais... Leve.

Ouço um barulho de galho. Thomas também ouve e põe sua mão na minha barriga, impedindo que eu ande.

Num piscar de olhos, Thomas já havia pego sua arma. Entre todas as árvores era difícil de ver realmente algo, parecia que não havia fim.

Voltamos a andar, um tronco de árvore enorme estava no caminho, parecia estar ali havia anos. Antes mesmo que Thomas fale algo, me apoio nele para passar por cima.

Agente 21Onde histórias criam vida. Descubra agora