Capítulo 33

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"Hoje você vai ter que abrir os olhos"

Caixa de pássaros

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- Thomas Cooper. - repito o nome.

Lucas fica pasmado com a situação.

- Você me seguiu!? Não está confiando em mim mais!? - Lucas questiona realmente ofendido.

Thomas mantém a mesma postura formal e fria.

- Precisava vê-la. - Apontou o dedo para mim - E precisava vigiar você, eu senti que estava muito emotivo com a missão.

Emotivo? Lucas nunca foi emotivo com nada, pouquíssimo comigo.

Os dois começam a discutir coisas, assuntos aleatórios sobre a situação, chegam a falar da minha mãe. Chega nesse ponto eu não fico de boca fechada.

- Vocês sabem de tudo! Essa máfia, eu quero trabalhar com vocês, para que minha mãe tenha justiça. Ela morreu por causa de uma merda de.. - antes que eu termine Thomas me interrompe.

- Uma dívida, que agora é sua. - Diz com amargura na voz, num tom áspero, parece entender muito minha situação.

- Lucas você contou para ela sobre nosso grupo? - Thomas pergunta.

- Não.

- Ela vai entrar. - Thomas diz me avaliando da cabeça aos pés.

- Não, espera! Ela acabou de perder a mãe, Cissa não está com a cabeça para isso, o que temos que fazer é proteger ela. - Lucas vira seu corpo totalmente na direção de Thomas, estufando o peito em desafio.

- Ela está passando pela mesma situação que eu passei, o que eu posso fazer, estará mais protegida sabendo de tudo. - Thomas cruza os braços ficando com o peito maior que o de Lucas - Que eu me lembre, quem toma as decisões sou eu.

Nossa.

- Vocês sabem que eu estou aqui. - Me sinto ofendida por estar por fora.

- Cissa.. - Lucas começa mas é interrompido.

- Eu irei contar tudo, mas terá que aceitar os termos. - Thomas diz.

- Sim. - digo. Tudo pela minha vingança.

- Ela acabou de fazer 18 anos, Thomas!! - Lucas mexia no cabelo nervosamente.

Thomas apenas assentiu.

- Como vi que sabe sobre a máfia, será mais fácil contar tudo. Eu sou o líder de um grupo de agentes, trabalhamos para conseguir fazer o filho da mãe que matou sua mãe cair, entretanto, não é tão fácil, Gustan é intocável, investigamos, ficamos atentos a tudo. Ele não é apenas líder de uma máfia, é dono de um império, sendo fácil de ser mais superior em alguns sentidos a nós. - Thomas se aproxima - Porém uma vantagem que temos é que ele nem imagina que esse grupo exista. Eu só precisava de uma prova que ele era mesmo o líder. E as dívidas são meio que joguinhos de diversão para eles, se um não paga, mata e é passada para o familiar próximo. Provavelmente irão procurar você mais por diversão da sua dor. Um bando de sádicos. Exatamente você alguém que eu preciso aceitar.

- É por que você vai me aceitar? Eu, uma garota desesperada.. - sou interrompida. Parece que Thomas gosta de ser mau educado.

- Vou aceitá-la porque me vejo em você, mas ainda é nova, por isso terei que prepará-la, e terá termos que terá que aceitar. - Thomas diz. Lucas fica apenas olhando tudo com os olhos arregalados.

- Quais são? - pergunto.

- Você fingirá que conseguiu uma bolsa de estudos em Nova York, vai morar no nosso centro de planos, não poderá contar para ninguém sobre isso. E não se preocupe, será paga, vai está trabalhando para mim.

- Eu aceito. - Minha voz sai tão sem emoção que me assusto.

- Só mais uma coisa - Thomas olhar diretamente para meus olhos, como esses olhos são tão vibrantes -, não poderá participar de nenhuma operação durante um ano, nesse tempo, vou eu mesmo treinar você.

- Como assim, um ano! Quero acabar com aqueles idiotas!

- Primeira regra, paciência e obediência. - Thomas me olha nos olhos na intenção de ver se eu o desafiaria, a vontade é tão grande.

Mas antes que eu abra a boca, Lucas se pronuncia.

- Você nunca treinou ninguém, por que ela?

Thomas interrompe meu olhar de raiva para seus olhos e vira sua cabeça em direção de Lucas.

- Porque gostei dela. - Thomas diz quase rindo. Fico pasma pela resposta.

- Você nunca gosta de ninguém! - Lucas fala com a voz mais fina que possa se ouvir.

Thomas me dá uma última olhada e diz.

- Pós é. Prepare ela, deixa-a informada de tudo. - Mas antes que ele se vire totalmente, Thomas diz bem baixo - Sinto muito pela sua mãe. - E some de vista, como se nunca estivesse estado ali.

Olho para Lucas.

- Consegui. - Sorrio e olho para o túmulo de minha mãe - Eu vou conseguir vingança minha mãe.

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No final do dia estou me preparando para falar sobre a mentira, vou dizer que recebi um e-mail da faculdade e irei para lá, pensar, esquecer tudo que aconteceu.

O problema é, será que vou conseguir ficar longe de Peter e André? Eles ficaram bens, estão já começando a empresa deles.

Ligaria sempre para eles.

Lucas me manda uma mensagem explicando que devo encontrá-lo em dois dias numa rua que ele estará no seu carro para irmos.

Lucas diz que durante a viagem me contará tudo sobre investigação deles, sobre o que descobriram da vida de Gabriel. Disse também que terei um número, não entendi muito sobre isso, mas deixarei explicar tudo depois.

Ok. Desço as escadas silenciosamente. Todos estão reunidos na sala conversando. Marcos e Laura resolveram dormir na casa.

- Gente. - digo quase num sussurro.

- Oi, querida. - Laura diz docemente.

Todos olham ansiosamente para mim. Puxo o ar com um peso nas costas.

- Eu... Eu.. fui chamada.. para estudar numa faculdade muito, muito boa em Nova York. - Peter forma um o na boca.

- Mas isso é incrível! - Antes que André fique mais animado, interrompo o entusiasmo de todos.

- A questão é que ficarei 3 anos lá, vou morar lá, a oferta só fica de pé se eu estiver lá daqui a dois dias.

Peter mantém o seu silêncio o mais pesado da sala, os outros dizem o que eu decidi, eles apoiaram minha escolha.

- Querida, tem certeza? Aconteceu tanta coisa. - Laura diz.

Eu digo que sim com a cabeça.

- Vamos comemorar então! - Marcos bate as mãos. Sorrio fraco.

Eles se levantam e vão para cozinha arruma lanches. Fica só eu e Peter.

- Você quer fugir de tudo, né? - Peter diz tão baixo que quase não escuto.

- Não. Eu só... - Peter faz sinal com a mão para que eu pare.

- Eu entendo. Mas prometa, do fundo do seu coração, Cissa Collins, sempre mandará mensagem, irá nos visitar e nunca, nunca abandonará a gente, me abandonar.

Perco o ar. Oh, Peter, se você soubesse.

- Eu.. prometo. - digo com os olhos embaçados pelas lágrimas.

- Vem cá, você teve um dia difícil. - Peter abre os braços me chamando para um abraço.

Encolho nos seus braços.

- Sim, tive. - Meu luto acaba agora, que comece minha vingança.

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Se estão gostando curtam, por favor, isso mostra para mim que estou gostando de como a história estar indo.
Beijos, Duda.

Agente 21Onde histórias criam vida. Descubra agora