Capítulo 30

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São os seus defeitos que fazem de você uma pessoa única.

A Bela e a Fera

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  O dia do projeto começou com Peter me acordando com água na cara. Sempre foi animado por uma boa festa.

- Por que você demora tanto? - Peter perguntou-me olhando de cima a baixo.

  Paro de avaliar-me no espelho e fuzilo olhar de raiva para ele.

- Por que você enche tanto o saco? - faço deboche - E onde está o André? - volto a fazer meu penteado.

  Peter deita na minha cama se espreguiçando que nem um gato manhoso.

- Deve estar com a Raquel. Ele disse que encontra a gente na escola. 

Ficamos em silêncio por uns segundos, mas Peter não consegue ficar quieto por muito tempo. Gato manhoso, sempre quer atenção.

- Então... - Peter coça a cabeça em nervoso.

Olho para ele pelo espelho.

- O quê? 

- Primeiro, você tem certeza que não está mal pelo Gabriel? Segundo, não se atrapalhe como o ano passado. -  E solta uma risada nervosa.

- É claro que não estou mal, é difícil explicar sobre ele,  foi só uma coisa temporária de adolescente. - Para de falar vendo Peter me julgar pelo olhar.

- Qual é.. tudo aconteceu quando eu tinha 17, agora eu tenho 18, estou uma jovem adulta responsável, e entendedora de meus sentimentos. - sorrio.

  - Grrr. - Rio da cara de Peter.

  - Já ia esquecendo, tenho uma coisa para você. - Peter tira um pequeno embrulho do bolso.

  Saio do espelho e me sento perto dele.

- Você sabe que não precisava. 

- Pega logo isso. - ele coloca gentilmente entre minhas mãos.

   Admiro o pequeno embrulho, meio desajeitado, mas perfeito. Tiro o pequeno laço que segurava o embrulho azul.

- Oh, Peter. - Digo melancólica.

Pego de dentro de uma caixinha, um colar de prata, com na ponta  um pequeno quadrado de metal, escrito meu nome e dos meninos. 

- Meu presente e do André. Feliz aniversário. - diz beijando minha bochecha.

  - Você mandou fazer? - pergunto.

- Sim e para zoar um pouquinho com a sua cara, vira o colar. - diz segurando um riso.

Olho para ele sem entender, viro o quadrado de metal e escrito está... Ah, eu não acredito!

- G21! - leio alto o que vejo no colar - Sério, Peter!?

Ele dá ombros rindo.

- Não aguentei, vou zombar disso a vida toda. Aí minha garota 21. - diz com a tentativa, mas não conseguindo imitar a voz de Gabriel.

Reviro os olhos bufando.

- De qualquer forma, eu adorei. Os nomes! O número fica escondido. - olho para o número mais uma vez, solto o ar com força pelas narinas. Será um número da sorte pelo menos uma vez?

- Vem, deixa eu colocá-lo em você. - entrego para Peter. 

  Puxo meu cabelo para frente, dando visão do meu pescoço.

Agente 21Onde histórias criam vida. Descubra agora