Agente 21

Capítulo 11

Qualquer um que tomasse o seu lugar seria um substituto fraco. Amo você, com um amor tão grande que simplesmente não pode continuar crescendo no coração, precisa saltar para fora e se revelar em toda magnitude.

Anne Frank

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Chego no Bob 's bem na hora. Empurro a sua grande porta e entro. Logo que entro, sinto o cheiro gostoso de hambúrgueres, milk shake, batatas sendo fritas.

Olho em volta procurando Gabriel. Vejo numa mesa no fundo da lanchonete. Estava distraído olhando um caderno. Ele estava com uma blusa azul marinho, básica e calça.

- Oi, desculpa chegar atrasada. - Sento em sua frente.

- Ah, oi, tudo bem. Esperei você para pedir, só estava é.. - Ele diz olhando para mesa bagunçada de desenhos e cadernos.

Pego um desenho em cima de um caderno.

- É bem bonito, você sabe desenhar. - No desenho havia traços delicados, feitos com lápis, havia uma linda e cintilante borboleta. Suas asas estavam abertas, mostrando os traços de pequenas linhas, com pequenas bolinhas nas pontas. Ela era inteira da cor azul. Minha cor favorita.

Gabriel coça a cabeça.

- Ah, não tanto. Eu só tento mostrar a beleza em pequenas coisas. - Ele evitava meu rosto.

- Nossa, primeira vez que você fica sem graça comigo. - digo com um sorriso malévolo.

Ele levanta o olho. E sorri. Aquele sorriso.

- Melhor eu guardar eles. - fala juntando todos os papéis. 

- Você ainda vai me mostrar todos. - olho no fundo dos seus olhos - Eles são realmente lindos.

- Obrigado. - Gabriel fala se inclinando em minha direção. 

Sinto me analisar com os olhos.

- O que foi? - pergunto.

- Seus olhos estão vermelhos, você chorou. Por que estava chorando? - inclina sua mão em meu rosto e começa a fazer carinho em minhas bochechas.

Vou para trás, sua mão acaba saindo do meu rosto.

- Não foi nada, só uma coisa de família. - digo virando o rosto, chamando um garçom.

Gabriel me analisa. 

- Já que seu humor mudou drasticamente, do nada, melhor deixar quieto. - ele pega minha mão - Mas se precisar jogar tudo para fora, eu vou escutar, como disse, sou seu amigo. - E sorri.

Aquele sorriso me fez ter um sorriso de lado, mostrando o quanto sou um gelo fácil de derreter.

- O que vão querer? - a garçonete pergunta, com um bloquinho de notas.

Pego o cardápio. Meu Deus, agora percebi que estou muito tempo sem comer.

- Eu vou querer um X- bacon triplo carne, uma coca, milkshake de chocolate e batatas fritas. - Olho para Gabriel, sua expressão era de grande surpresa.