Um Amor Fraterno (Entrará em Revisão)

Capítulo 10

O céu aberto do domingo contribuiu para um treino de futebol na pracinha do bairro. A ideia partiu do meu irmão, cujo foi quem me informou e convidou para assistir. Eu, consequentemente, chamei Thiago que hesitou quando eu liguei de manhã, mas acabou aceitando no fim.

Enquanto os meninos batem bola, eu e meu amigo estamos no único banco que encontramos com sombra. É um pouco distante da área em que eles estão, mas não impede de vermos cada movimento.

— Eles jogam bem. — elogia Thiago.

— Eu sempre achei que sim, e não é porque meu irmão faz parte. O time é realmente bom.

— Com esse potencial, o campeonato é nosso, ou melhor, deles.

— Não tenho duvidas.

Pulamos do banco em comemoração quando a bola entrou no gol. O time está dividido em dois: uma parte de jaleco azul e a outra de jaleco branco. Então a nossa torcida está para os dois lados. No entanto, quem marcou foi a parte branca. Mathias.

Voltamos a nos sentar quando a partida foi retomada.

— Liz. — uma voz feminina e meiga me chama às minhas costas.

Tanto eu quanto Thiago olhamos para trás, curiosos.

— Alina!. Oi. — reconheço a surpresa em minha voz.

— Tudo bem? — pergunta timidamente, sentando no meu outro lado. Suas mãos agarram a alça da sua bolsa que pende longamente por um ombro só, atingindo seu quadril.

— Sim e você? Passeando? — indago simpaticamente.

— Na verdade, não. Eu estou indo para a casa da minha vó.

— Ah sim. Bom, Alina esse é Thiago, meu melhor amigo e Thi, essa é Alina, amiga de Mathias. — apresento-os.

— Oi. — ambos dizem em uníssono.

— É seu irmão jogando? — ela pergunta, apertando um pouco os olhos.

— É sim. Ele chamou o time para treinarem um pouco. Sabe, nervosismo para o campeonato.

— Ouvi falar sobre esse campeonato. É próximo ao fim do ano, não é?.

— Sim. Acontece todos os anos e o time da faculdade está em busca do segundo título.

— E vão conseguir. — Thiago comenta.

— Tomara que sim. — Alina lança um sorriso, mesmo seus olhos estando distante, especificamente, nos garotos, ou melhor dizendo, no meu irmão.

Sorri com isso.

— Se divertiu? — a pergunta foge da minha boca antes mesmo que eu tente impedir. Ela olha para mim desentendida. — Ontem à noite.

— Hum... Você sabe. — suas bochechas coram.

— É claro que sei. — digo mesmo sabendo que não foi uma pergunta.

— Foi... Divertido. — diz espremendo os lábios.

Sinto uma pontada leve na minha cintura e logo sei que é Thiago me cutucando discretamente. No mesmo instante escuto Alina pronunciar:

— Eu vou indo. Passei pra te dar um oi mesmo quando te reconheci. — recebo um sorriso aberto, retribuo. — Foi um prazer conhecê-lo, Thiago.

— Igualmente.

Ela se levanta com os olhos novamente lá na frente.

— Diz que mandei um oi para o seu irmão.