Quinze

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Eu não fazia ideia do que havia acontecido lá dentro.
Numa hora eu tentava a entender, meio furioso e noutra eu gemia descontrolando.

Mas aquela mulher não chupou apenas meu pau.
Ela chupou minha alma e ainda a levou escorrendo e chupando os dedos como se estivesse comendo um doce!

Mas. que. porra?!

Quando me recuperei, saí do banheiro encontrando o olhar de duas senhoras idosas na minha direção.

É, elas haviam escutado.

Que foi vovó? Vai dizer que nunca fez?

Desci para o térreo e encarei o carro estacionado.
Pela primeira vez eu não sabia como agir perto de uma mulher.

A mulher.

Eu já dormi com muitas mulheres. Eu queria apenas foder e cair fora, mas não as tratava mal. Eu era aberto com elas.

Eu te faço gozar, você me faz gozar, e pode ser que nós nos voltamos a ver algum dia.

Mas como disse, Aléxis havia chupando minha alma e a levado na boca, com um sorriso safado e a boceta piscando ( porque eu sei).

Pela primeira vez uma mulher havia conseguido chupar todo o meu pau, e olhe que eu não estou sendo convencido!

Eu havia corrido atrás dela por uma semana e levado o maior fora na cara, da minha vida. Pensei ter tomado vergonha a ignorando por duas semanas até o julgamento, onde fui grosso e mentiroso com ela mas depois voltei. Pedi desculpas.

Depois de tudo ela me consegue fazer esperar, ter paciência, como ela diz e isso durante um mês.
Eu já havia transado com algumas garotas, principalmente nesses duas semanas em que eu estava com raiva dela e com orgulho ferido.
Cada mulher que eu fiz gozar, eu quis gritar na cara dela que havia metade ( ou mais, agora eu estou sendo nada modesto!), do campus daquela universidade que queria ser fodida por mim. Que me queria.

Então aqui estava eu, Derek Wolf, parado por quase dez minutos por não saber o que fazer, o que dizer, e nem como respirar.

- demorou.- ela falou arrancando com o carro.

- desculpa.

- estava tentando se recuperar?- me encarou sorrindo no retrovisor.

Aquele sorriso, porra!

- além de teimosa é convencida.- falei e ela ergueu uma sobrancelha em desafio. Sorri para ela e toquei sua perna.

- pelo que eu saiba, quem me chamou de gostosa e disse que chupava gostoso foi você.

- e eu não menti.- falei.- vamos ver se algum dia eu retribuo.

Falei e ela deu de ombros se concentrando na estrada, dessa vez, sem sorriso.


Ela parou em frente ao meu prédio e me encarou.

- entregue.

Onde estava o sorriso, linda?
O que foi?

- qual é o problema?- perguntei calmo.

- nada, porque? Está com medo de que eu diga que não quero mais sair com você? Sinto muito informar, mas, Wolf, você não vai conseguir não me deixar pagar a conta.

Sorri.
Eu realmente havia me esquecido disso. E também havia me esquecido que era meu aniversário.

Entortei a boca.

- merda.

- que foi?

- é meu aniversário.- falei com um meio sorriso procurando meu celular e encontrei várias chamadas não atendidas de minha mãe.

O queixo dela caiu.

- OI? Derek..?!

- eu esqueci. Nunca gostei de comemorar e por isso me esqueçi.

Sorri fraco.
Aléxis me deu um tapa no braço, depois outro e outro. Foram cinco.

- filho da puta, porque não me disse?

- bem, porque não lembrei?!

- vinte e três?- assenti e ela sorriu.- agora que eu pago a conta.

Ela me abraçou metendo o nariz em meu pescoço.
Senti meu coração bater contra o peito e de resposta, o seu.

- parabéns, Wolf.- ela falou.- se eu soubesse tinha te chupado mais.

E eu aguentaria?
Com aquela boca macia, molhada e gulosa quem aguentaria, linda?
Além da visão que é te ter ajoelhada sorrindo manhosa, o decote e sua língua no meu...

- se quiser repetir.- falei e levei outro tapa.- te pego as oito?

- sim.- ela sorriu e me deu um selinho.- eu pago.

Assenti revirando os olhos e a beijei mais uma vez, colocando meu corpo para cima do seu, sentindo meu gosto no dela.
Puxei sua cintura a apertando e ela arfou.

- eu espero realmente retribuir esse favor.- falei e chupei seu lábio inferior.- até mais tarde.

- até.- falou com a boca na minha.

Me separei dela e saí do carro com um sorriso no rosto e chamadas para retribuir.

Out Of LineOnde histórias criam vida. Descubra agora