Trinta e Sete

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* Me deixem saber do que estão pensando sobre nosso casal.

__________

Encarei o celular e me sentei. Já havia passado nove dias desde que cheguei e não havia ligado o celular.

Quando a tela se iluminou e começaram a entrar mensagens e ligações perdidas tive que o deixar um pouco de lado e voltar depois.

- AI FINALMETENTE! EU PENSEI QUE O AVIÃO TIVESSE CAIDO!!!

Rolei os olhos com o exagero do meu amigo.

- e aí bicha. Como vai tudo por aí?

- com saudades suas!- Marjorie gritou de fundo mas sua voz se aproximou.- sério, eu estou sentindo sua falta e a virginiana está cada vez mais insuportável!

- cala a boca garota.- minha amiga falou.- e aí, a passagem é para quando?

Ri.

- pelos vistos estão ótimos. Eu estou bem, estou.. me divertindo e esse tempo está ótimo.

- onde você está?

- em casa. Daqui a pouco meu sobrinho chega.

- O FILHO DA EMS? MEU DEUS EU MATO ESSA GAROTA SE EU NÃO FOR MADRINHA!- Marjorie gritou.

- menina, meus tímpanos! E chegou tarde.

- que bosta! Manda foto depois.

- é.

Fiquei muda no telefone não sabendo se devesse perguntar e quando abri a boca ela respondeu.

- ele está bem.

Suspirei.

- porque me ligaram tanto?- ignorei a afirmação

- porque queríamos que vocês conversassem. Não foi nada como imaginou, Lexi, foi tudo um mal entendido.

Senti meus pelos se arrepiarem. Eu queria tanto que fosse, mas mesmo assim, o que senti não foi e me assustou ao ponto de me fazer correr como o anticristo foge da cruz.

- é eu.. vou tentar falar com ele depois.

- quando?- Jay falou.

- não sei. Talvez hoje.

O outro lado ficou mudo por um tempo e eu franzi o cenho.

- alô?

- oi. Eu estou aqui.- Majô falou e minha outra amiga tomou o celular falando.

- eu quero presentes!

- já os tenho, minha querida.

- ótimo! Então compre mais.

- me trás um Boy magia!- Jay gritou e eles riram do outro lado me fazendo sorrir.

- sinto falta de vocês pessoal.

- nós também.

- fiquem bem e mandem beijo para Dustin.

- txau.- Majô disse e eu ri.

Desliguei o celular e corri para a porta quando ouvi a campainha.
Minha cabeça não esquecia o suposto mal entendido dando uma esperança dolorosa para meu coração.Então era hora de ignorar e colocar a fofura no seu lugar.

- oi meu amor!

Mike esticou os braçinhos em minha direção e riu.
O peguei no colo e cumprimentei os pais do bebê.

- obrigado por ficar com ele, Lexi.

- não tem problema Miles, esse bebé é um amor.- beijei sua bochecha e ele colou a boca babada na minha.

- deixei a lista de coisas com horas dentro da bolsinha. Tem tudo o que vai precisar.

Assenti e me aproximei dela para beijar sua bochecha.

- divirtam-se e não façam outro bebê a não ser quer queriam, claro.

Eles saíram e eu fechei a porta encarando o bebê.

- você vai adorar meu quarto de adolescente.- subi as escadas rapidamente como uma menininha.

...

Aparentemente cuidar de um bebê não era fácil e eu notei isso quando Mike me acordou às três da manhã chorando.

- é fome meu amor?

Ele berrou mais. Minha cabeça lantejou.

- não é côco. Você está limpinho.

Supirei cansada e encostei a cabeça na parede fechando os olhos. O bebê aumentou o som como se tivesse botão de volume.

- é cólica.- mamãe apareceu.

- mãe, desculpa.

- tudo bem.

Ela o pegou, fez uma massagem na barriga, e depois deu a mamadeira com o remédio que minha prima guardou. Logo, Mike arrotou e caiu no sono.

- pronto.

- obrigada.- suspirei a encarando.

- descanse agora e se ele acordar, me chame.

Quando nos deitamos, Mike voltou a berrar acabando com total ideia que um dia pudesse ser mãe. O coloquei comigo com toda a paciência até que ele dormisse juntamente comigo na cama.
Acabei dormindo mal com medo de machuca-lo e aparentemente caí no chão já que foi lá que acordei.

Out Of LineOnde histórias criam vida. Descubra agora