Prólogo

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"Enquanto você está trabalhando, seu marido se diverte com outras".

Anahí apertou o celular entre as mãos, a raiva lhe corroía. Quem lhe havia mandado aquela mensagem? Olhou o copo com a dose sobre o balcão e a virou de uma vez. Fez sinal para que o barman lhe servisse outra. Já ia virar novamente quando uma mão masculina segurou seu pulso.

- Vamos com calma, isso pega fácil.

Anahí jogou a cabeça para trás e gargalhou ao reconhecer a voz rouca e sexy. Olhou lasciva para aquele homem maravilhoso, lindo, parecia ter sido esculpido. Um arrepio percorreu em seu corpo ao cogitar a hipótese em dividir uma cama com ele e fazer loucuras em uma noite regada de sexo. Balançou a cabeça afastando tais pensamentos, pois era casada e não poderia cometer esse ato.

- Estou bem. – ela disse virando-se e bebendo a dose, largou o copo sobre o balcão e gesticulou para pedir outra. Beberia o quanto suportasse, até ter de ir embora se arrastando. Afogar as mágoas e toda aquela ira que crescia dentro de si parecia a melhor solução. Ele a traía, ela sabia e não fazia nada.

O homem sentou-se ao seu lado, a fitou minimamente. Anahí estava passando dos limites, perdera a razão. Há um bom tempo a observava, de um ponto distante do bar, e aquele momento lhe pareceu oportuno para aproximar-se e evitar que alguém lhe desse um boa noite cinderela.

- Quantas doses tomou? – ele arqueou uma sobrancelha. A loira rolou os olhos, resmungou algo inaudível, e o encarou.

- Umas cinco, seis. – disse com a voz meio enrolada - Não fico contando, apenas curto os efeitos do álcool.

- Demais para o seu tamanho. – ele falou. Anahí estreitou os olhos, ergueu a mão direita e com o dedo indicador fez sinal de não e estalou a língua fazendo-o rir. - Eu te levo para casa.

- Eu não preciso de babá. – Anahí murmurou apoiando-se no balcão.

- Vou querer o mesmo que ela – ele disse ao barman. Se Anahí não queria ir embora, juntar-se-ia a ela e veria até onde a loira aguentasse. Ele virou cinco doses, uma atrás da outra. Anahí observou-o boquiaberta.

- Agora estamos quites. – disse largando o copo da sexta dose. – Ainda estou sóbrio.

- Me passa a garrafa. – Anahí disse ao barman.

- E eu quero outra. – ele falou sorrindo desafiador.

Anahí meneou a cabeça e sorriu. Ele estava querendo competir com ela? Será que ele sabia que precisava de muito para conseguir derrubá-la?

Anahí paralisou observando os braços fortes, com músculos definidos segurando a garrafa enquanto ele degustava a tequila. Engoliu em seco e piscou os olhos, sentiu-se úmida, desejando aqueles braços em torno de sua cintura. Com certeza aquele deus grego tinha uma pegada perfeita.

- Fico feliz que tenha aceitado o meu convite. – a voz dele soou atrás de si.

A loira girou o corpo em um ângulo de cento e oitenta graus com um enorme sorriso nos lábios. Ele engoliu em seco ao vê-la, sentiu o ar lhe faltar e ele cambaleou. Já haviam lhe dito que Anahí Puente era uma mulher linda e encantadora, porém ele a comparou a uma deusa.

- Decorar sua academia será um desafio para mim, e eu sou uma mulher que curte algo fora do comum. – falou sorrindo e deu uma pequena piscada enquanto estendia a mão direita para cumprimentá-lo com um aperto de mãos.

O homem olhou para a mão dela e negou com a cabeça estalando a língua.

- Desculpe-me senhorita, mas em minha cidade costumamos cumprimentar as pessoas de uma forma mais calorosa. – ele falou, segurou a mão dela e a puxou fazendo os corpos chocarem-se um contra o outro e a beijou demoradamente na bochecha.

Uma corrente elétrica apoderou-se do corpo de Anahí, algo inexplicável que ela nunca sentira. Afastou-se dele com a respiração acelerada. Porque algo dentro de si a impulsionava para beijar aquele homem atraente e de sorriso sedutor?

O seu corpo parecia estar em chamas. Desde o primeiro momento que o vira a primeira vez na academia aquele homem lhe causava os piores e mais perversos pensamentos. Segurou firme a garrafa de tequila e levou-a aos lábios, virou a cabeça e degustou o líquido que descia queimando em sua garganta.

Agora quem a observava era ele. Aquela mulher o atraia de uma forma a qual era inexplicável. E sentia que a atração era reciproca, já que Anahí não disfarçava os olhares de predadora.

Por volta das duas horas da manhã o casal foi praticamente expulso do bar. Saíram em meio a gargalhadas, pediram um táxi e pararam no apartamento dele. No elevador o clima esquentou e a loira avançou sobre o moreno e o beijou. Ele retribuiu prontamente e a apertou contra a parede.

Anahí pode sentir a excitação do moreno e sorriu lasciva. Mordiscou os lábios dele e subiu as mãos por baixo da camisa e arranhou de leve as costas dele. O moreno gemeu com o toque e para vingar-se levou a mão até as nádegas da loira e apertou com vontade. Anahí aproveitou e pulou em seu colo, entrelaçando as pernas na cintura dele. A porta do elevador se abriu e eles não se deixaram intimidar, seguiram se beijando até a porta do apartamento dele. Ele a prendeu contra a porta e abriu os botões da camisa, beijou o pescoço da loira. 

Anahí arrancou a camiseta do moreno jogando-a ao chão e mordiscou sua orelha. O homem se desvencilhou dela e ofegante abriu a porta com dificuldade, pois Anahí o beijava provocativamente nas costas e passava as unhas por ali. A porta nem bem fechou e ela o atacou novamente. E a partir dali as coisas esquentaram tanto que só pegaram no sono quando já era dia.  

Un Nuevo SolOnde histórias criam vida. Descubra agora