Capítulo 15 - Quer namorar comigo?

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Anahí entrou no elevador e não direcionou o olhar para ele. Olhá-lo naquele jeans e camiseta branca justa a faria perder o controle que ainda lhe restava. Seu coração estava em festa, finalmente poderia ficar a sós com ele e realizar todos os seus desejos mais obscuros em um quarto. Seguiria os conselhos da mãe e não desistiria do amor simplesmente por ter tido experiências ruins com Alfonso. José seria o seu presente e futuro, se ele assim quisesse.

A ansiedade tomou conta de José, ao cogitar hipóteses do que estava por vir. Anahí agora era uma mulher livre. A liberdade dela significava que podiam ficar juntos, disfrutar do sentimento que compartilhavam. Observou-a abrir a porta do quarto e entrar, ele seguiu-a e a fitou quando trancou a porta.

- Sente-se que precisamos esclarecer algumas coisas. – ela disse apontando para a cama.

- Vai me contar como foi com o advogado? – indagou arqueando a sobrancelha esquerda. Anahí soltou o ar pela boca, fez uma careta. Falar sobre aquele momento desagradável onde voltou a ver Alfonso não estava em seus planos, porém sabia que para estar com José, não poderia haver segredos entre eles.

- Alfonso invadiu a sala completamente bêbado, fez um drama alegando que não ia assinar o divórcio, disse a ele que o fato de não assinar não me impediria de recomeçar. – ela falou rapidamente dando de ombros – Então o mandei se foder. – disse abrindo um sorriso e José a olhou boquiaberto, basicamente não acreditando que a loira o havia enfrentado – Mas isso não vem ao caso nesse momento, Alfonso ficará apenas no meu passado. – ela puxou o ar e sentou-se na cama sobre a perna direita, deu algumas batidinhas a sua frente e José foi até ela sentando-se. Anahí segurou as mãos dele e olhou fixamente nos olhos. – A partir de hoje, desse momento, seremos apenas você, Manuela e eu, se ainda quiser estar comigo.

- Nada me deixaria mais feliz... – ele disse abrindo um sorriso.

- Pode parecer bobagem, mas temos muitas coisas para esclarecer. – ela falou calmamente e José assentiu – Manuela é minha prioridade, então se quer estar comigo tem que aceitar ela no pacote, caso contrário não podemos iniciar um relacionamento. – pontuou e José fez menção de falar algo, Anahí levou a mão esquerda sobre os lábios dele – Eu vou trabalhar, quero ter direito a liberdade de sair para me divertir com amigos e vice versa, confiança e fidelidade sempre, não irá implicar com minhas roupas, vamos colocar o diálogo acima de tudo para resolver qualquer desentendimento, terá de me ajudar na educação de Manuela, terá de suportar minhas crises existenciais e a tensão pré-menstrual, vulgo TPM. – ela pausou para tragar saliva – e o mais importante, se não estiver feliz ao meu lado, se te decepcionar perante suas expectativas irá me falar e nunca me trair.

- Onde eu assino? – ele indagou arqueando a sobrancelha esquerda. José esboçava um sorriso no rosto, tamanha a sua felicidade. Aproveitando que segurava as mãos dela, a puxou para mais perto e encostou sua testa na dela e em seguida a beijou. – Estou tão feliz que poderia gritar ao mundo o quanto te amo, tenho a sensação que vou explodir de tanta felicidade. – ele disse emocionado – Eu te amo tanto Any, tanto... – falou a acariciando, fechou os olhos e suspirou – Tive tanto medo de que desistisse do divórcio, que voltaria a viver com ele.

- Eu jamais cogitei isso José. Aquela Anahí ingênua morreu, quero distância daquele monstro.

- Eu prometo que poderá sair com seus amigos, com aviso prévio – ele disse e ela sorriu assentindo, ele clareou a garganta e seguiu falando – Não implicarei com suas roupas contanto que não sejam exageradamente curtas, diálogo acima de tudo dando o direito de cada um expressar suas opiniões, ideias ou pensamento, sem discussões. – completou e Anahí sorriu apaixonada. Impossível não amar aquele homem a sua frente.

- Mediante a tantas promessas... – ela brincou, olhou profundamente naqueles olhos azuis e por vezes esverdeados, não tinham uma cor definida – Quer namorar comigo?

- Ei, essa pergunta é minha. – ele protestou.

- Bem vindo à modernidade mon amour! – ela riu lhe dando uma piscada. – É pegar ou largar, você decide.

- Quero estar ao seu lado por toda a eternidade. – ele disse apaixonado e a puxou para si. Mordiscou o lábio inferior da loira, ela entreabriu os lábios dando passagem para a língua dele. Anahí sugou-a com desejo e desceu as mãos até a barra da camisa dele, puxando-a para cima. José ajudou-a a livrar-se da peça, jogando-a em um canto do quarto. Ele avançou no pescoço dela, mordiscando levemente, alternando com chupões, subiu e mordiscou o queixo da loira e voltou para os lábios dela, dessa vez beijando-a com mais rapidez, como se dependesse daquilo para sobreviver.

- Espera José, preciso fazer uma ligação. – Anahí disse o empurrando, ofegante. Foi até a bolsa, pegou o celular e mordiscou o dedão. - Como estão as coisas por aí mamãe? – indagou fitando José a observando sentado sobre a cama, sem camisa.

- Manu pediu de você algumas vezes, mas está bem, já é uma mocinha.

- Não sei se volto hoje. – ela falou e mordiscou o lábio inferior, José lhe lançou um olhar coberto de luxúria e ela devolveu a altura – Tenho um assunto para resolver e não dá mais para esperar.

- O assunto que tem a resolver é ficar sozinha com José em um quarto?

- Mamãe! – bronqueou Anahí – Precisamos conversar.

- Conversar em braile? – Alice indagou em ironia – Aproveita a noite filha, e se cuidem. Mande um beijo para José. – disse e desligou o telefone. Anahí caminhou até o moreno e se ajoelhou na cama.

- Ela mandou um beijo pra você.

- Eu quero esse beijo então. – ele falou apontando para a bochecha. Anahí engatinhou até ele e beijou demoradamente sua bochecha. José a derrubou sobre a cama e pôs-se sobre ela, segurando-a nos pulsos, com os braços da loira sobre a cabeça. – Estava contando os segundos para esse momento.

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