Capítulo 31 - Onde está Manuela?

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Tranquilidade. Amor. Paz. Carinho. Felicidade. Essas palavras definiam os três meses que se passaram após a sentença do juiz. Dentro de no máximo trinta dias Lorena estaria em seus braços. Ansiava demais por esse momento. O relacionamento com José estava perfeitamente maravilhoso, forte e se solidificando a cada dia. Porém ele ainda não havia a pedido em casamento. Anahí temia que muito em breve José a abandonaria. Ou quem sabe cansaria dela e das meninas.

Afagou a barriga de trinta e duas semanas e meia de gestação e mirou Manuela brincando no jardim. Um sorriso britou de seus lábios ao reconhecer o barulho do carro que acabava de chegar. Levantou-se com dificuldade, a cada dia ficava mais difícil se locomover.

- O papai chegou! – Manuela gritou alegremente, dando um pulo. Correu ao encontro de José que a ergueu no colo e encheu-a de beijos.

Anahí caminhou até eles lentamente, a barriga estava pesando a cada dia mais. José alargou o sorriso ao vê-la se aproximar. Deu alguns passos e enlaçou-a pela cintura, selando os lábios.

- Vamos dar um passeio. – ele disse e Manuela vibrou dando gritinhos.

- Aonde vamos? – Anahí indagou curiosa.

- Surpresa. – ele lhe piscou.

- Para de cu doce mamãe! – a pequena rolou os olhos. Anahí a lançou um olhar repreendedor. José segurou o riso. – É uma surpresa maravilinda, você vai amar. – Manuela falou abrindo um sorriso maroto direcionado a mãe.

- Estão cheio de segredinhos ultimamente. Estou me sentindo completamente excluída. – resmungou cruzando os braços sobre a barriga e fechou a cara.

– Fica tão sexy assim bravinha. – sussurrou malicioso. Anahí comprimiu os lábios, olhando-o lasciva. Aquele homem estava a fitando de uma maneira extremamente sexy. Se estivessem sozinhos o levaria para o quarto para fazer amor até estar completamente exausta.

- Pare de me olhar assim seu cachorro. – murmurou. José riu alto.

Manuela segurou a mão do pai e começou a puxá-la, ansiosa pelo passeio. A pequena sabia do que se tratava, pois estava sendo cumplice do pai em um presente para a mãe. Anahí observou-os sumir pela porta e então os seguiu, desconfiada. O que estavam tramando?

Seu coração bateu descompassado. Ouviu a buzina do carro.

- Já estou indo! – gritou irritada.

Levou cerca de cinco minutos para chegarem até um bairro mais luxuoso. José estacionou em frente a uma casa enorme, toda branca com um jardim florido. Retirou o cinto, abriu o porta luvas, pegou uma pequena caixinha com um laço cor de rosa e estendeu para Anahí. A loira franziu o cenho, olhando-o confusa.

- O que é isso?

- É um presente mamãe! – Manuela falou pondo-se em pé entre os dois bancos da frente. José assentiu sorrindo.

- Abra. – ele disse.

Segurou a caixa e abriu-a. Dentro havia uma chave. O que significava aquilo?

José saiu do carro, deu a volta e abriu a porta dela. Ajudou-a sair. Logo Manuela estava ao lado deles. O moreno olhou para a casa e Anahí seguiu sem entender o que se passava. Sem dizer nada ele deu alguns passos até o portão, parando em frente a ele. A loira foi até o moreno.

- Abra. – ele disse novamente.

- É uma brincadeira? – perguntou nervosa.

- Apenas abra.

Ela forçou a fechadura e não conseguiu abrir. Olhou furiosa para José que ria.

- Dá zero pra ela papai! – Manuela zombou. – Para abrir a porta você precisa da chave! – disse lhe estendendo a chave. Anahí bufou irritada e abriu a porta.

Manuela correu para dentro e dava gritinhos de felicidade. Anahí olhou para os lados em busca do dono daquela mansão.

- Estamos invadindo uma propriedade privada. Você ficou louco José?

Manuela veio correndo até eles com outra caixinha nas mãos, dessa vez com um laço azul.

- Tcharan! – ela gritou estendendo a caixinha para a mãe – Aqui está o seu presente.

- É pegadinha? – indagou e ambos assentiram. Anahí abriu a caixa e encontrou um molho de chaves e ela riu de nervoso. – O que é isso? Mais chaves para que?

- As chaves da casa mamãe! – a menina disse debochadamente rolando os olhos.

- E porque você está com as chaves dessa casa?

- Porque é sua.

- O que? – indagou boquiaberta.

- Lorena já está quase vindo ao mundo e precisamos de uma casa grande, com jardim, muito espaço. E nada melhor que uma casa assim. Porque eu não vou querer parar na Lorena, quero muitas crianças correndo por esse jardim...

- Você está... – ela sussurrou com os olhos mareados.

- Lhe pedindo em casamento. – ele falou completando a frase dela.

Anahí abraçou-o e selou seus lábios nos dele. A partir daquele momento construiriam uma nova vida, uma historia juntos. Ali eram apenas os dois, esquecendo-se de Manuela por um momento. A menina corria de um lado para o outro, saltitante.

José mordiscou o lábio de Anahí e ela sorriu. Fez o mesmo e sugou a língua dele. Para provoca-lo gemeu baixinho entre o beijo. O clima esquentava entre eles, e Anahí podia sentir-se úmida. Ali não poderiam consumar o ato de amor, pois havia plateia.

- Estava mais do que na hora. – ela murmurou  encerrando o beijo, lhe dando um tapinha no ombro. Anahí olhou para os lados em busca da filha. Onde estava Manuela?

- MAMÃE! SOCORRO MAMÃE! – Manuela gritou e então Anahí sentiu tudo a sua volta girar. 

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