Epílogo

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Nada acontece por acaso, tudo tem uma razão e um por que. Cada dificuldade encontrada traz um aprendizado e o tempo fará o serviço de levar a tristeza embora, para trazer a paz e a alegria de volta. O tempo e a paciência trouxeram uma verdadeira faxina em sua vida. A dor e a tristeza foram embora, ficando apenas sentimentos bons, positivos. Não é à toa que dizem que o tempo é o melhor remédio. Ele cura dores, doenças e amarguras que parecem que nunca vão passar. O tempo mostra como é possível ser feliz de novo mesmo depois do pior dos traumas.

Alfonso chegou em sua vida e mudou tudo. Mudou a visão de mundo e a forma de viver. A fez perceber que a vida podia ser muito melhor do que imaginava, que poderia amar e ser amava intensamente. E o que começou como uma simples amizade, hoje se transformou em um relacionamento sério repleto de bons momentos juntos.

Sentada sobre a cama, Anahí tombou a cabeça para trás e as lágrimas banharam seus olhos. Recordar todos os momentos eu passou para finalmente chegar até aquele dia a emocionavam. A melhor decisão tomada foi de se deixar levar pelo turbilhão de sentimentos que começaram a brotar assim que voltou para a casa dos pais.

- Chorando outra vez Anahí? – Alice indagou adentrando o quarto e meneou a cabeça em desaprovação - Assim vai ter que refazer novamente a maquiagem!

- Não estou conseguindo controlar mamãe. – Anahí disse com a voz embargada.

- Alfonso está uma pilha de nervos, andando de um lado para o outro.

- Posso garantir que não estou diferente mamãe. – ela disse se levantando da cama indo em direção ao espelho. – Minha aparência está horrível. – murmurou.

- Pare de bobeira, você está linda. – Alice falou pondo-se atrás dela, olhando-a através do espelho.

Anahí bufou e saiu de frente do espelho. Voltou a sentar-se na cama.

- Eu terei um colapso nervoso. – resmungou - Tenho mesmo que esperar para chegar atrasada? Não posso ser diferente das noivas tradicionais?

- Atrai sorte chegar atrasada. – Alice a alertou e ela rolou os olhos.

- Desculpe mamãe, mas não acredito nisso. Quando me casei com José cheguei uma hora atrasada e minha vida foi um pesadelo. – falou desgostosa e levantou-se indo até a porta, abriu-a. – Avise para começar a tocar a marcha nupcial que eu vou entrar. Essa espera me irrita.

- Esse humor alterado me cheira a bebê. – Alice brincou tentando arrancar um sorriso da filha. Anahí grunhiu e cerrou os pulsos irritada.

- É só falta de trepar mamãe. – resmungou. - Agora vá que eu quero casar e ficar sozinha com meu marido. – disse mal humorada. Alice meneou a cabeça e saiu rindo. Desde que havia saído do hospital há cerca de um mês, Alfonso e ela não haviam dormido juntos. Fato que estava deixando Anahí extremamente irritada.

Cerca de quinze minutos depois Alice voltou avisando que Anahí poderia sair do quarto. No corredor Manuela e Lorena aguardavam ansiosas pela mãe. As meninas vestiam trajes típicos de dama de honra. Estavam lindas, com os cabelos presos em um coque rodeado de flores brancas e muito brilho. O vestido era branco com flores bordadas em um tom rosa na cintura.

- Como estão lindas minhas princesas! – exclamou emocionada a loira.

- Não mais do que você mamãe! – Manuela apressou-se em dizer e Lorena assentiu.

- Estava com tanta pressa para casar e agora vai ficar de papo? – questionou Alice e Anahí fez careta.

Estendeu as mãos para as filhas e caminharam juntas até a porta da nova residência da família. Assim que chegou a porta Anahí paralisou. Estava tudo lindo. O jardim da casa estava todo decorado. Vasos grandes em tons de dourado com flores brancas mosquitinho e rosas cor de rosa faziam um trilho até o altar, contornando o tapete vermelho. E o altar? Era perfeitamente maravilhoso, do jeito eu sempre sonhara. Alfonso havia se superado. Antes de chegar ao altar um arco com flores dava um ar romântico. E ele estava lá, todo sorridente a esperando.

- Finalmente vai poder trepar. – Dulce zombou lhe dando um empurrãozinho. Anahí sorriu lasciva. – Olha que delicia aquele homem no altar! Se eu fosse você fugiria para um quarto e...

- Não dê ideia Dulce! – Alice bronqueou.

- Eu só não vou lá porque quero me casar, ter aquele homem somente para mim. Papel passado e tudo. E depois usufruir de todo aquele terreno. – murmurou.

- E depois vai poder consumar o ato. – Dulce a lembrou e Anahí lançou um olhar predador a Alfonso.

- Vou usufruir muito bem daquele corpo esta noite e ninguém irá me impedir. – disse e piscou para a prima.

A marcha nupcial começou a tocar. Manuela foi a primeira a entrar carregando as alianças, juntamente com Noah, um dos trigêmeos de Dulce. Em seguida Lorena acompanhada de Gael. Fernando parou ao lado da filha e lhe sorriu. A loira retribuiu o sorriso e lentamente caminhou até o encontro de Alfonso. Davi vinha logo atrás, segurando a cauda do vestido, fazendo caras e bocas para as fotos.

Durante todo o trajeto Anahí chorou. Não se preocupou se ia estragar a maquiagem. Estava feliz, emocionada. Ia de encontro ao grande amor de sua vida. Alfonso não estava diferente, tão emocionado quanto a loira.

- Entrego a ti, oficialmente, o meu maior tesouro. – Fernando disse assim que chegou próximo ao altar.

- Eu darei a minha vida para protegê-la se for preciso. – Alfonso falou enquanto cumprimentava o sogro.

Un Nuevo SolOnde histórias criam vida. Descubra agora