Un Nuevo Sol

Capítulo 21 - Sem palavras

- Que tal entrarmos para você conhecer a casa? – Martha perguntou direcionando o olhar para Anahí, que lhe sorriu enquanto assentia.

Martha e Jorge apresentaram todos os cômodos do andar de baixo para Anahí, e em cada um deles, contavam algum fato relacionado a José ou Guilherme na infância, uma vez que aquela casa pertencia a família por anos. Os olhinhos de Manuela brilharam ao chegarem no jardim e encontrarem uma piscina enorme.

- Oba piscina! – a pequena vibrou batendo as mãozinhas chamando a atenção dos adultos. Guilherme que estava com ela no colo, beijou-a na bochecha.

- Mais tarde eu e você vamos curtir a piscina. – Guilherme falou para ela.

- Negativo, a filha é minha, portanto vai pra piscina comigo. – José disse a tomando dos braços do irmão.

- Sou o avô dela, tenho mais direito. – disse Jorge, tomando-a dos braços de José que olhou incrédulo para o pai.

- Nada disso, ela vem com a vovó para a piscina. – Martha pronunciou-se, indo pegar Manuela. Anahí fez menção de rir, José a olhou e ela prendeu o riso.

Manuela olhou para a mãe, aguardando ela se pronunciar, ajuda-la na decisão para não magoar ninguém. Olhou um a um, indecisa, novamente para a mãe, pedindo socorro.

- Você decide princesa. – disse a loira. Manuela olhou novamente um a um, confusa. Quem deveria escolher? Levou o dedo indicador da mão direita ao queixo, pensativa.

- Um pouquinho com cada um, mas primeiro com a mamãe. – ela falou abrindo um sorriso, estendendo os bracinhos em direção a mãe.

- Lembra-se do que conversamos sobre a mamãe? – José indagou e a pequena assentiu fazendo uma careta.

- Um pouco não vai fazer mal José! – resmungou Anahí fechando a cara – Você não vai me impedir de pegar minha filha no colo.

- Eu só não quero que ocorra de novo. – ele disse em um sussurro. Anahí sentiu seu coração apertar, foi até ele e o abraçou, dando-lhe um selinho. José estava sendo um verdadeiro príncipe em sua vida, a cobrindo de mimos e cuidados.

- Desculpa. – pediu baixo Anahí, suspirou – Privar a Manu assim não é agradável.

- Eu sei minha vida, mas é pelo seu bem estar e do bebê. – ele disse carinhoso, levando as mãos ao ventre dela e Anahí sorriu, lhe dando outro selinho.

- Olha Manu, uma abelha! – Guilherme gritou, fingindo proteger a menina. Todos procuraram a abelha no ar, sem entender. Olharam confusos para ele que caiu na gargalhada. – É muito mel esses dois.

- Palhaço! – José disse rindo.

O tour pela casa seguiu pelo segundo andar. Martha mostrou ao casal o quarto onde ficariam naquele fim de semana, o qual era de José.

- Tive que fazer umas mudanças. Havia uma cama de solteiro aqui.

- Cama de solteiro em nossos quartos para que na adolescência ninguém trouxesse garotas. – Guilherme comentou arrancando risos. Anahí olhou séria para José.

- Eu nunca trouxe uma namorada na casa dos meus pais, até conhecer você. – defendeu-se o moreno, que recebeu um selinho castro.

- E tem uma surpresa pra Manu! – Guilherme falou a jogando para cima, pegando-a logo em seguida. Anahí quase sentiu seu coração saltar pela boca ao ver aquele gesto. Guilherme saiu com a menina na frente, parou na porta em frente ao quarto de José e largou a pequena no chão.

- Feche os olhos Manu! – ele disse a fim de fazer suspense, a pequena levou as mãozinhas até os olhos, e Guilherme abriu a porta. Os olhos de Anahí marearam ao ver um quarto todo cor de rosa e branco, com o tema de bonecas de pano. José abraçou-a por trás, beijando-a na cabeça. Os pais e o irmão haviam caprichado na decoração.

- Olha mamãe quanta boneca! – Manuela falou dando pulinhos, encantada com os brinquedos.

- E é tudo para você princesa! – Martha falou encantada com a felicidade da neta.

- Obrigada vovó! Obrigada vovô! Obrigada titio! – disse rapidamente e correu até a cama, pegando uma boneca de pano e a abraçou.

- Obrigada por tudo, de coração. Fico sem palavras para agradecer tanto carinho. – Anahí comentou e Martha sorriu para a nora.

- Eu que tenho que agradecer todos os dias por meu filho ter encontrado uma mulher tão especial como você. Acredite, meu coração está em festa só de ver esse sorriso em seu rosto, e a felicidade da minha neta.

- Vocês todos são incríveis. Nunca imaginei encontrar pessoas tão maravilhosas, que me recebessem de braços abertos.

- Você merece toda a felicidade do mundo meu anjo. – José disse apaixonado, ela o olhou ternamente, ele então selou os lábios e enxugou as lágrimas dela.

Por um bom tempo ficaram ali naquele quarto, com Manuela escolhendo nomes para as bonecas, brincando de fazer comidinha para os pais, avós e tio comerem.

Os homens se retiraram e foram ao escritório para conversar sobre negócios. Manuela recusou-se a sair do quarto. Martha desceu para cuidar do lanche da tarde, e logo Anahí estava a auxiliando na cozinha. Vez por outra a loira fazia uma careta, e levava a mão ao ventre. Tomava um gole de agua e soltava o ar pela boca vagarosamente para que o mal estar passasse, porém parecia vir mais forte. A loira saiu apressada da cozinha, indo para o lado de fora da casa. Puxou o ar com força e o soltou vagarosamente.

- Toma, vai ajudar a passar o enjoo. – Martha falou lhe estendendo uma xícara de chá de gengibre. Anahí sorriu largamente.

- Obrigada.

- Se precisar estarei na cozinha. – disse carinhosamente, Anahí assentiu e Martha retirou-se.

Nem cinco minutos depois, José apareceu preocupado a procura da loira. Ele a cobriu de carinhos e mimos. Anahí afundou o rosto no pescoço de José e ele passou o braço por trás das costas dela, trazendo-a mais para perto de si. Guilherme e Fernando apareceram na varanda e observaram encantados os dois abraçados.

- Eles emanam tanto amor, paixão que sinto inveja. Encontrar alguém que me faça tão feliz como Anahí faz a José, é o que almejo para meu futuro.

- Você encontrará alguém digno do seu amor filho, mas Anahí está fora de cogitação.

- Jamais cogitei tirá-la de meu irmão. – ele disse defendendo-se. Negaria se dissesse que não desejou estar no lugar do irmão, afinal a cunhada era a mulher mais linda e encantadora que já vira - Anahí é linda, perfeita, divertida e mulher do meu irmão, e eu a respeito.