Desolação do Ômega(Romance Gay)[LIVRO 2]

Capítulo 13

                       Apolo.PoV

  ---Meu Lorde...._disse um dos soldados enquanto eu observava em cima dos muros, o grande sinal de fumaça negra ao longe,vindo da barreira demoníaca.--- Os arqueiros já estão preparados para a formação... Devo ordenar que se posicionem?

Encarei Sir.Anthen por uns segundos e me voltei para a grande e vasta terra que me pertencia e que agora, estava prestes a virar um campo de batalha sangrento entre demônios e nós.

---Ainda não...Devemos esperar pela volta dos bruxos e batedores... Antes de mais nada, precisamos ter uma confirmação de que o exército inimigo está realmente vindo em nossa direção...._expliquei.---Além do mais, é certo que estamos sendo observados pelo inimigo...Por isso, devemos ser cautelosos.

Sir Anthem bateu continência diante das minhas ordens e saiu, caminhado pela muralha do castelo rapidamente em direção ao local onde parte das tropas estavam sendo alocadas. Atrás do castelo, nos campos antes da floresta vizinha, todo o nosso exército estava sendo organizado. Um total de trinta mil soldados humanos e faes, um bom número diante do possíveis vinte mil soldados inimigos a nossa espera.

Estávamos em vantagem numérica mas se levarmos em conta o poder de combate do inimigo, com trolls gigantes, ogros bérsekers e demônios voadores, essa vantagem se tornava inútil. Estávamos muito atrás em força bruta e nossa única chance de vencer essa guerra era usando nosso conhecimento de guerra. Na pior das hipóteses, o inimigo traria consigo uma serpente de fogo, o que seria o mesmo que assegurar uma vitória

Dragões eram seres enormes e muito perigosos, que fácilmente podiam chegar a vários metros de altura e comprimento e quanto mais velhos eram, mais poderosos se tornavam, uma vez que seu crescimento nunca parava, sempre podiam ficar maiores. Em toda a história, houveram relatos de herois que conseguiram matar serpentes de fogo muito grandes com sua força, mas eram muito poucos e quase todos não tinham uma gota de sangue humano.

Hades foi o primeiro.

Fiquei aliviado quando avistei de longe, cavalos correndo a toda velocidade no horizonte esverdeado, trazendo consigo meus batedores e bruxas. No céu, os batedores faes sob as ordens do rei das fadas, voavam apressados em direção ao castelo, e quanto mais se aproximavam, mas era possível enxergar suas expressões de completo pânico. Não demorou muito até os cavalos passarem pelo portão de ferro, assim como também não demorou para os faes batedores pousarem nos muros a poucos metros de mim.

Quando se aproximaram, pude ver de que eram dois homens fada da casta greene, umas das castas mais comuns que andavam por Toca do Lobo. E a julgar pelo modo como suas asas finas e esbeltas de libélulas tremiam, as  notícias não eram muito boas, pelo menos, não como eu esperava que fosssem. O primeiro eu reconheci na hora.

Era Lino.

Seu rosto fino igual ao de quase todas as fadas, parecia soturno demais para o meu gosto. Ao lado dele, havia um outro que não me lembrava muito bem do nome, mas tinha certeza de que frequentou minha cama. Assim que chegou mais perto, pude ver que parecia apavorado e isso me deixou nervoso, pois indicava que a situação era pior do que eu esperava.

---Lorde Thell..._cumprimentou Lino, seus olhos verdes de grama fixos em mim.---Venha... A implantação de armadilhas mágicas foi em sucesso, mas temo que diante das notícias que darei para o conselho, não serão de grande ajuda... Como o senhor pensava, a situação é bem pior do que o esperado.

Depois disso, enquanto andávamos em direção ao salão do conselho, Lino explicou por alto todas as informações que conseguiram ser reunidas durante sua viagem. Ouvi alarmado e assustado que os números do inimigo tinham crescido consideravelmente desde nossa última vigília. Novos batalhões de monstros haviam chegado pela frontes da barreira nesse meio tempo, mas graças aos deuses, sem nenhum sinal de dragão por enquanto.