Cap. 25

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Enquanto dirijo em direção ao subúrbio de Londres, minha mente apenas remete a Anne e o quanto mentir para ela está acabando comigo

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Enquanto dirijo em direção ao subúrbio de Londres, minha mente apenas remete a Anne e o quanto mentir para ela está acabando comigo. Eu quero ser sincero, mas sei que se isso acontecer, Anne me fará parar e eu não vou!

Quero resolver essa história de uma vez por todas. E eu vou contar a Anne todos os meus planos, mas isso só vai acontecer quando eu tiver os documentos que Joshua buscará para mim e irei provar para a minha namorada que seu filho está vivo.

Então ela vai saber que minhas paranóias eram reais, nós vamos encontrar o seu filho e o próximo passo será jogar Jim O'Neil na cadeia. Eu não me importo no desfalque que irá acontecer no mundo automobilístico, não quero saber o que os acionistas irão dizer, só quero dar paz a Anne e Jim não irá parar, não até alguém o deter.

Paro o meu carro em frente a uma casa de porte pequeno, mas está em perfeito estado. A pintura rosa clara me faz checar o endereço outra vez, então tenho a certeza de que essa casa de Barbie é de Joshua. O cara tem uma longa ficha na polícia e foi preso algumas vezes, hoje, aos 30 anos, faz apenas serviços a mandato da polícia.

Recolho a mochila no banco ao meu lado e atravesso a rua escura, já que o dia foi embora e o bairro mal tem iluminação. Bato na porta algumas vezes, ansioso para acabar com isso de uma vez. Rapidamente sou atendido por um homem da minha idade, usando uma blusa com capuz e tatuagens que chegam até seu pescoço. Ok, ele não tem uma expressão simpática, mas pensei que Joshua Stein fosse mais medonho.

- Joshua? - Ele recolhe quando eu digo o seu nome e seus olhos passeiam pelo meu carro, até conferir a minha roupa. - Consegui o seu contato com o delegado Dunker, preciso de um serviço.

- Cara, eu não trabalho para quem não é da polícia. - Ele diz naturalmente, como se nada no mundo o afetasse e se prepara para fechar a porta, mas eu o impeço.

- Eu sei, tive acesso a sua ficha. - Agora ele está curioso e sorrio, satisfeito por ter sua atenção.

- Quem é você? E o que faz nesse lado da cidade? - Ele volta a observar o meu carro e antes que me mandasse sair outra vez, jogo a mochila aos seus pés, deixando escapar alguns bolos de libras pelo zíper aberto.

- Sou alguém que você vai adorar conhecer. - Sorrio falsamente, passando por ele e entrando na casa. Como eu disse, pequena. Os cômodos principais são conjugados e a caminho da mesa eu esbarro em alguma coisa, que faz um barulho irritante. Olho para baixo, ficando surpreso quando encontro patinhos de borracha.

- Foi mal cara, hora do banho. - Não entendo o que ele quis dizer, mas logo um garotinho entra na sala vestindo apenas um bermuda e segurando mais dois patinhos nos braços. - Bom, você já comeu e tomou banho, hora de dormir carinha.

- Mas eu não quero papai, por favor. - O menino pede com os olhos brilhando e passo a prestar atenção no que eles dizem. Na ficha não havia essa informação, Joshua não tem filhos.

Cassie • ZM •Onde histórias criam vida. Descubra agora