Anne O'Neil esconde seu passado turbulento com muito trabalho e se mantendo o mais longe possível de seu pai abusivo. Após uma gravidez indesejada na adolescência e consecutivamente a morte de seu filho, ela se vê diante de uma depressão profunda, s...
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Zayn estacionou o seu carro em frente a escola e fico um pouco nervosa quando noto que estamos perto das vagas dos professores. E como eu poderia prever, algumas cabeças viraram em nossa direção quando desci do carro, seguida por Cassie e seu pai. Matt está escorado em sua moto, sem tirar os olhos azuis cintilantes de nós e Danielle, uma boa amiga e colega de trabalho, me olha com um sorriso sacana nos lábios e já imagino suas provocações mais tarde.
- Eu amei ter você lá em casa, Anne. - Cassie diz para quem quiser ouvir, me fazendo rir de nervoso. - Você mais voltar mais vezes, não é?
- Claro meu amor. - Acaricio seu rosto e o sorriso doce que ela me lança compensa todo o nervosismo que estou sentindo.
- Tchau papai, te vejo mais tarde. - Cassie parece elétrica quando se despede e nem espera seu pai lhe dar uma resposta, corre em direção a entrada e some entre as outras crianças.
- O que foi isso? - Zayn questiona confuso e seu desespero me faz rir. - Por que ela está com pressa?
- Ela está estranha desde o almoço. - Compartilhamos um olhar duvidoso, mas acabamos rindo logo em seguida. - Relaxa, Zayn. Cassie está apenas animada para encontrar as amigas.
- Vai piorar quando ela crescer, certo? - O terror em seus olhos é real e ver sua garotinha crescer parece ser o seu maior pesadelo, mas só consigo me divertir com sua aflição.
- Não quero atacar a sua ansiedade, mas sim! - Sua expressão carregada de dor me faz ter pena dele. Então desvio sua atenção daquilo. - Obrigada pelo almoço, vai ser difícil voltar aos fast foods após a comida da Tina.
- Foi sincera quando disse que voltaria a minha casa? - Eu podia prever que ele perguntaria algo que faria minhas bochechas arderem. Não me importo de alguém estar escutando, porque o mundo parece parar enquanto Zayn me olha com essa intensidade absurda.
- Claro!
- Mesmo que eu fizesse o convite?
- Ainda tenho que abater as minhas parcelas, lembra? - Ele ri e percebo que essa é a nossa primeira piada interna.
- Ótimo, apenas queria ter a certeza de que você estava se lembrando disso. - Sua indiferença forçada me diverte. - Mas por enquanto acho que prefiro te levar no meu restaurante favorito.
Suspiro, um pouco assustada com a rapidez que as coisas estão acontecendo. Não o conheço há dois meses e já almocei em sua casa, além do café da manhã incrível que tive ao seu lado. Acontece que estamos a vontade com a situação, a rapidez não nos incomoda e claramente adoramos a companhia um do outro.
- Gosto de comida italiana!
- Ótimo, eles servem o melhor linguine do país. - Sua animação é contagiosa e de repente estou rindo do seu sorriso. Ele se parece com uma criança ganhando doces quando fala de algo que gosta. - O que você acha do sábado?
