Cap. 39

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Algumas horas haviam se passado desde que Zayn e eu fomos levados até o hospital mais próximo

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Algumas horas haviam se passado desde que Zayn e eu fomos levados até o hospital mais próximo. Haviam tantas pessoas à nossa volta, a curiosidade estava acabando com o pessoal da imprensa, que queria uma matéria detalhada sobre o ocorrido. Os advogados dos pais de Zayn resolveram isso por nós, conseguindo um meio de manter os repórteres longe, principalmente da Cassie.

Foram atrás dela na escola, a cercaram na saída, fazendo perguntas e meu peito se afunda ao imaginar como deve ter sido assustador. Principalmente se ela ouviu a respeito de tudo. Deve estar tão confusa agora!

Soube disso através de Harry, que foi responsável por salvá-la daquilo e deixá-la em segurança, longe de todas as fofocas que ela deve ter ouvido na porta do colégio.

Não havia visto Zayn desde que chegamos, nos colocaram em quartos separados, principalmente meu pai, que está em uma ala isolada e altamente protegida com a ajuda dos policiais. O delegado Dunker havia muitas perguntas e como eu estava muito mais sã que Zayn, fiquei encarregada de respondê-las.

Ele precisou de cinco pontos na nuca graças a pancada com a barra de ferro e curativos nos outros machucados, tanto em seu rosto quanto os nós de seus dedos. Eu estou desesperada para vê-lo, ter total certeza de que está bem e que nós estamos bem também, mas acho que esse será um assunto a ser tratado em casa, quando o susto e medo passar.

- Eu sinto muito por ter chego tão tarde, Anne. - O tio de Zayn diz, após anotar tudo o que eu tinha a falar. Não preciso dizer que ele está pretérito diante da minha história e como o destino agiu comigo e Zayn.

- Você chegou bem na hora. - Eu digo quase sem voz. Minha garganta está péssima, talvez pelo desgaste emocional e pelo quanto eu gritei. Meus braços se arrepiam quando lembro da tarde macabra que tive. - Tinha tanto medo do que poderia acontecer. Seria Zayn ou o meu pai, fiquei tão assustada.

- Não imagino o que deve estar sentindo agora. Talvez traída, ou feliz, por finalmente saber que sua filha está viva e estava mais perto do que imaginou. Então eu sugiro que se agarre a isso, seja exatamente o que Cassie precisar. Porque agora, com toda essa confusão, será muito difícil para ela se acostumar com a novidade.

Minha cabeça move em resposta de forma positiva.

Gritos agudos e ofegantes tomam conta do corredor. Meu corpo sofre uma descarga elétrica quando reconheço aquela voz e me levanto imediatamente.

Foi como se eu tivesse visto a Cassie pela primeira vez. Mas agora, ela não é a minha aluna preferida. Aquela garotinha a minha frente é a minha filha, a criança que eu achava ter perdido há muito tempo. A observo por inteiro e noto como ela se parece comigo, nos pequenos e grandes detalhes. Mas a aventura em seus olhos veio de seu pai.

- Cadê o meu pai? - O sorriso em meu rosto morre tão rápido quanto surgiu e quando noto que meus braços estavam abertos, pedindo por um abraço que me foi negado, os encolhi imediatamente.

Cassie • ZM •Onde histórias criam vida. Descubra agora