Anne O'Neil esconde seu passado turbulento com muito trabalho e se mantendo o mais longe possível de seu pai abusivo. Após uma gravidez indesejada na adolescência e consecutivamente a morte de seu filho, ela se vê diante de uma depressão profunda, s...
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Mesmo que eu me esforce muito para não corromper minha boa conduta e também meu senso ético, não consigo evitar os meus olhos. Eles estão diretamente focados em Anne, mais especificamente em seu quadril, e preciso admitir que me sinto repugnante agora. Mas, é inevitável, porque estou hipnotizado na maneira como ela caminha em direção seu carro.
Anne não tem o ego inflado, mas sabe que aquela calça jeans justa abraça seu quadril da maneira mais provocante que existe. E a medida em que ela rebola, sem intenções, enquanto caminha, minha cabeça deita aos poucos e quando me dou conta, estou parecendo um cachorro babando.
- Eu sou repugnante! - Exclamo para mim mesmo e me obrigo a desviar os olhos, enquanto caminho de volta para a empresa.
Mas, é impossível não pensar nela, porque estou encantado demais para não o fazer.
Eu viajei o mundo inteiro nos meus trinta e um anos de idade, conheci mulheres de diversas culturas e encontrava um pouco de tudo em cada uma delas. Mas, Anne possui tudo ao mesmo tempo!
Ela é tem um senso de humor incrível, mantém um assunto intelectual como se ele a pertencesse e consegue dialogar sobre tudo, porque Anne é extremamente inteligente. Mas, aí que vem a parte surpresa! Ela consegue ser tudo isso e ainda esbanjar sensualidade nos simples gestos.
Anne viu com os próprios olhos o prédio em que trabalho e ela estava ciente de que eu o chefio. Mas, hora alguma ela pareceu interessada no fato de que herdei tudo aquilo, mas sim nas minhas paixões, ambições e qualidades. Além de não disfarçar o quanto adora me ver falando sobre as minhas emoções relacionadas à Cassie.
Ela é aquele tipo de mulher que parece perfeita demais para ser verdade e boa demais para ser conquistada. Anne possui um olhar intenso e cheio de segredos, mas isso apenas alimenta a vontade insana que sinto de conhecê-la melhor. E mesmo que eu não me considere especial o bastante, arriscaria mergulhar no mistério que seus olhos lindos escondem.
Me parece ser uma aventura e tanto!
Quando o elevador apita que chegou no meu andar, me dou conta de que já estava lá dentro há mais tempo do que fazia ideia.
Ótimo, agora irei andar por aí como um zumbi pensando na professora de inglês da minha filha!
E só de pensar nessas últimas palavras me dou conta do quanto isso é errado!
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