Two Sides of a Dual Life

A Asshole Like You Again.

Columbia University in the City of New York.

Segunda, 03 de Agosto de 2015.

POV Jack Gilinsky

Respirei fundo ainda no carro tentando manter a calma, afinal, precisaria encarar uma Cecil furiosa por tirá-la da festa e ainda mais por carregá-la daquela forma. Ela não me ouvia, além de ser um ponto de interrogação aquela garota parecia não ter ouvidos quando eu falava com ela. Angelique me devia muito por me fazer passar por aquilo, a sorte dela é que comigo ela era simpática e meu santo batia com o seu... Mas se ela fosse louca como foi com Styles, eu jamais a ajudaria.

Subi pelo elevador sem vontade alguma de fazer aquilo, se eu pudesse iria para qualquer quarto, menos para o meu. Enfrentar Cecil furiosa e bonita daquele jeito, definitivamente não estava em meus planos para aquela noite. Entrei no quarto ela estava sentada em sua cama digitando algo em seu celular, provavelmente uma mensagem para Angie e Luke.

— Cecil, me desculpe, eu só fiz o que Angie e Luke... – Comecei tentando ser gentil.

— Enfia as suas desculpas no seu rabo Gilinsky, você não é a porra do meu pai para me tratar como uma menininha. Já basta Angie e Luke me tratando como uma criança desde sempre. – Ela disse se levantando e enfiando o dedo no meu peito.

— Eu apenas fiz o que seus amigos me pediram, eu cuidei de você! – Disse irritado com ela.

— Que se foda os meus amigos, se eles estivessem tão preocupados não teriam ido embora e me deixado para trás. Eu deveria mesmo ter dado para todos os amigos do Luke, só de raiva.

Cecil era mais baixa que eu e por mais que tentasse me encarar ela não conseguia ficar na mesma altura, baixei meus olhos e encarei seus olhos azuis cristalinos. Eles estavam ardentes, a bebida estava fazendo efeito e eu sabia que a Cecil que eu havia conhecido jamais falaria ou faria uma coisa daquelas, aquela garota tinha vergonha de me encarar sem camisa, imagina transar com todos os amigos de Luke... E, eu era amigo de Luke, eu estava incluso nessa? Chacoalhei a cabeça espantando esses pensamentos.

— Se quer ser tratada como uma adulta, se comporte como uma. – Disse sério e o mais autoritário que pude. – Se você acha que teria algum respeito se comportando como uma vadia entre os caras do time de basquete, você está completamente enganada. – O peito de Cecil subia e descia e eu podia ver a veia em seu pescoço saltada, eu havia tocado em uma ferida aberta, pois vi os olhos de Cecil arderem de ódio.

— Você se acha muito foda não é mesmo, Gilinsky? Pode ter a garota que quiser, bem na hora que quiser. Não imagina como é ouvir um não, como é ter uma garota lhe dizendo que NÃO! ELA NÃO QUER TRANSAR COM VOCÊ. Mas, uma coisa você pode ter certeza, eu posso me comportar como a vadia que eu quiser, posso dar para todos aqueles caras que estavam na festa, inclusive para os seus amigos Sammy e Skate, mas você seria minha última opção. Eu te odeio.

Ali estava a porra da resposta para minha pergunta: Não, eu não estava incluso. Revirei meus olhos e a encarei, seus olhos queimavam, sua respiração fazia com que seu peito subisse e descesse. As palavras dela me atingiram de um jeito que eu não imaginava. Caminhei calmamente ficando mais perto dela, ela foi dando passos para trás até que ficou presa entre mim e o guarda-roupas.

— Não tenho tanta certeza disso Cecile, já percebi como eu te afeto. O dia que entrei de toalha no quarto, eu vi seus olhos secando cada parte exposta do meu corpo e sabe que é como dizem, não é? Quem desdenha, quer comprar.

Ela estava encurralada entre mim e o guarda-roupa, seu peito subia e descia e eu já não sabia se era de nervoso ou de tesão. Seus grandes olhos azuis estavam com a pupila dilatada e estavam escuros de um jeito que eu nunca havia visto, ela me queria do mesmo jeito que eu a queria. Sua boca dizia que não, mas os sinais enviados por seu corpo diziam completamente o contrário.