It's Okay Not to Be Okay Sometimes.

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Columbia University in the City of New York

Domingo, 27 de Setembro de 2015.

Angelique POV

Eu e Harry estamos definitivamente nos dando bem, na verdade, estávamos nos dando muito bem. Desde aquela primeira vez que transamos, no domingo, as coisas tinham melhorado ainda mais. Nós não brigamos mais nenhuma vez, nos encontrávamos na aula, mas mantínhamos aquela distância. Um dia ou outro almoçávamos juntos e as vezes íamos embora para o dormitório juntos depois da aula.

Não era um namoro e estava longe de ser, como eu imaginei desde o começo, acreditava que jamais seria. A gente não sentia "nada" um pelo outro, a não ser aquela atração física que sempre nos aproximava e claro, cresceu uma amizade ali. Harry me ajudava com as contas do Pratt, eu o ajudava com a literatura do Fisher, e assim nós estávamos nos dando bem.

Conhecer Harry me fez ver que ele não era uma pessoa ruim apesar do pai que tinha, sua mãe e sua irmã me pareciam pessoas maravilhosas, ele sempre conversava com elas pelo telefone ou FaceTime e até cheguei a vê-las em algumas dessas vídeo-chamadas. Elas disseram que nos conheceríamos no feriado de ação de graças, pois ambas viriam a NYC para visitar o Harry, mas nem mesmo elas sabiam do meu envolvimento com Harry.

Pensei em contar a Cecil diversas vezes, mas ela constantemente vinha enfrentando seus problemas com Gilinsky, uma coisa ou outra, além do fardo que carregar eu e Luke vinha sendo. Nós não estávamos em nossos melhores dias, é verdade, e segundo o próprio, ele vinha sumido devido a provas e trabalhos da faculdade, mas tanto eu como Cecil sabíamos que provavelmente não era "só isso"... Ele devia estar com Amber, mas nunca os vimos juntos de verdade.

No domingo dia 20, ele e Amber meio que mostraram estar juntos no aniversário do G, eu acabei me chateando mais uma vez e isso vinha acontecendo vezes demais. Harry estava sendo minha válvula de escape para aqueles dias tão turbulentos que estávamos passando e ele entendia. Eu conversava com ele sobre muitas coisas e ele me dava sua opinião sincera em praticamente tudo... Ele vinha se tornando um amigo querido, mais do que eu podia imaginar.

Luke não foi ao jogo da Ivy League. Eu fui antes de Harry como sempre e Cecil e Jack chegaram depois, mas quando eu entrei em campo e vi que Hemmings tinha quebrado sua promessa de que sempre iria me ver jogar, confesso que aquilo me abateu mais do que eu gostaria.

Foi uma tarefa extremamente difícil controlar minhas emoções dentro de campo, mas ver C, Jack e Harry gritando por mim me acalmou um pouco. Harry gritava para que eu não caísse na pilha das adversárias, mas não era apenas isso que tirava minha concentração... Onde estava Luke?

Aos 35 minutos do primeiro tempo levamos um gol. Esbravejei, morrendo de raiva por mim e pelas minhas companheiras de time, nós não merecíamos aquilo, estávamos dando o nosso melhor... Mas parecia que tudo naquele dia estava fadado a dar errado. Faltando dois minutos para o fim do primeiro tempo recebi um ótimo passe de Mary, e consegui igualar o placar, pelo menos. O juiz apitou o fim, conversei com C, G e Harry e corri para o banho no vestiário.

Cecile me disse que Luke tinha coisas a resolver e que disse que viria, mas não estava lá. Tomei meu banho, nossa treinadora nos deu algumas instruções e as meninas foram saindo do vestiário para voltarem ao campo enquanto eu terminava de arrumar o cabelo e calçava minha chuteira. Vi pernas cumpridas a minha frente e identifiquei Calum ali, sorri e ele se abaixou em minha frente amarrando minha chuteira para mim.

— Está mesmo tudo bem? – Aquela era a sua segunda pergunta sobre o mesmo assunto. Eu o olhei e ele saberia, se olhasse em meus olhos, que não estava tudo exatamente bem como deveria. Então, cansada de mentir para os meus amigos, eu apenas dei de ombros. – Eu sei que não está.

Two Sides of a Dual LifeOnde histórias criam vida. Descubra agora