Two Sides of a Dual Life

You've Got a Friend.

Columbia University in the City of New York.

Segunda, 28 de Setembro de 2015.

POV Jack G.

Acordei antes do meu alarme, não que tivesse dormido muito durante aquela noite. O "eu te amo" de Cecile ainda ecoava em minha mente e meu coração me dizia que ele não era sincero, que ela havia o dito apenas para me agradar. Meu celular mostrava que ainda eram 5AM e meu treino começaria apenas as 6h30AM, me levantei e caminhei silenciosamente para o banheiro, Cecil ainda dormia tranquila em sua cama.

Me troquei e recolhi minhas coisas, fui até Cecile e dei um beijo em sua testa, ela dormia como um anjo. Saí do dormitório para ir até a Starbucks precisava de um café e ainda estava muito cedo para ir ao treino. Caminhei silenciosamente até lá enquanto alguma música tocava em meus fones de ouvido, mas minha mente estava distante demais para prestar atenção.

Enviei uma mensagem para Johnson mesmo sabendo que era praticamente impossível que ele estivesse acordado naquele horário e estava certo quando não recebi resposta nenhuma, além dele só havia uma pessoa que poderia me ajudar.

Jack G:

Angie, bom dia. Não sei se você já acordou para o treino, mas quer tomar um café?

Enviei a mensagem e torci para que não fosse muito cedo e não estivesse incomodando Angie.

A. Lewis:

Você leu meus pensamentos G. Claro que aceito um café, você ainda está no dormitório?

Jack. G:

Não já estou na Starbucks, estou pedindo um cappuccino e um muffin de banana para você. 😉.

A. Lewis:

Você é um anjo G. Já estou a caminho.

Fiz nossos pedidos e Angie chegou no momento em que a atendente chamou meu nome, ela me cumprimentou e sentamos em uma mesa próxima as janelas e um pouco mais afastada da entrada.

― Você está com uma cara de quem não dormiu nada G, está tudo bem? – Angie me encarou e mais uma vez me assustei com a percepção dela.

― Nossa A, você me assusta com essa capacidade de ler as pessoas tão bem. Realmente eu não tive a melhor noite de sono, mas acho que as coisas vão melhorar. – Eu sacudia meu copo e encarava o líquido quente, eu não sabia como começar aquela conversa. Eu tinha muito medo de que Angie dissesse que as minhas paranoias estivessem certas.

― Você é um péssimo mentido G. Vamos lá, me conte o que aconteceu.

― Se eu bem conheço Cecil, tenho certeza que ela já contou o que aconteceu ontem no parque.

― Sim, ela me contou por cima o que ocorreu G, sei que você está magoado com Cecil e eu não tiro a sua razão. Eu te disse que você precisaria ter paciência e... – Angie começou a falar e eu a interrompi.

― Eu sei disso Angie e eu tenho, amo Cecile. Eu não menti, nunca senti por outra garota o que sinto por ela. O problema é que eu estou me jogando em um terreno desconhecido e irregular. Eu não sei se Cecile sente por mim o mesmo que eu sinto por ela e, no momento, meu maior medo é que um dia ela não acorde bem ou se achando o patinho feio que não deveria ficar com o jogador de basquete e me dê um pé na bunda. – Eu disse tudo de uma vez, como uma avalanche. Angie me encarava com um sorriso no rosto.

― Quer dizer então que o armador do time de basquete está com medo de tomar um pé na bunda da nerd? Isso é quase um roteiro de comédia romântica.