Blank Space.

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Columbia University in the City of New York.

Segunda-feira, 10 de Agosto de 2015.

POV Cecile

Abri os olhos lentamente, a luz do dia incomodava e minha cabeça doía. Pisquei algumas vezes para me acostumar com a luz e aos poucos os flashs da noite anterior começaram a tomar conta da minha mente, eu e Angie dançando no pub, Angie puta com Luke por causa de Amber e por fim, Gilinsky.

Um arrepio percorreu meu corpo quando me lembrei da noite anterior, mentalmente eu pedia a Deus que os beijos e os amassos em meio a Broadway e no quarto tivessem sido apenas um sonho, mas sinceramente eu duvidava muito... Tudo aquilo parecia muito real para ser um sonho.

― Bom dia Cecil, como está? – Fui despertada dos meus pensamentos pela porta do quarto abrindo e um Gilinsky segurando uma sacola da Starbucks vestindo apenas um calção do basquete e uma regata.

― Melhor do que eu mereço com certeza. – Jack caminhou até a beirada da minha cama claramente desconfortável, sua expressão me dizia que ele queria me dizer algo, eu esperava de verdade que não fosse nada sobre a noite passada.

― Eu te trouxe um café da Starbucks e um muffin de banana. Já passamos da hora do café da manhã, mas achei que você iria precisar. – Ele esticou o pacote e eu aceitei, o cheiro do café era forte e fez meu estômago dar sinal de vida. Eu não comia já fazia algum tempo.

― Obrigada G.

― C eu... nós precisamos conversar sobre ontem. – Jack disse se sentando em minha cama no mesmo momento em que eu também estava me ajeitando para começar a tomar o café, mas parei assim que ouvi sua frase.

― G eu estava bêbada, eu não lembro de muita coisa e acho...

― Cecile você não vai me dizer que não se lembra do que rolou entre nós, não é? Eu não vou cair nessa. – Ele se levantou rapidamente e começou a andar pelo quarto. – Eu sei que você tem medo por tudo que aconteceu com você e eu não quero acelerar as coisas, mas não podemos ficar nesse jogo para sempre C. Toda vez que você bebe nós nos pegamos, dessa vez nós quase transamos e no outro dia fingimos que nada aconteceu? Eu gosto de você, porra!

Ele disse tudo de uma só vez, suas mãos passavam freneticamente pelo cabelo enquanto ele andava de um lado para o outro do quarto sem me encarar. Me levantei e parei em sua frente, seus olhos castanhos me encaravam e eu senti o arrepio que percorria meu corpo todas as vezes que Jack Gilinsky me encarava me tomar novamente, eu não entendia o poder daquele garoto sobre mim.

― G, me desculpe. Tudo isso é muito novo para mim e a verdade é que eu não sei lidar com isso. – Disse expondo para ele meu coração, estava sendo sincera com Jack como eu nunca fui, nem mesmo comigo. – Minha primeira reação é sempre fugir, porque eu tenho medo. Você me diz que não é como os outros fuckboys que eu conheci, mas todos os sinais me dizem o contrário.

Gilinsky passou sua mão pelo meu rosto quando encarei meus pés. Suas mãos faziam um carinho gostoso em minha bochecha e eu baixei minha guarda me deixando envolver por sua aproximação, eu sabia que algo bem no fundo, me dizia que aquilo era a coisa certa a fazer.

― Eu não sei mais o que fazer para te mostrar que eu não sou como os outros... C, eu já tentei de tudo. – Ele disse claramente frustrado.

― Me dê um tempo G, me deixa acostumar que a estrela do basquete da universidade e o cara mais cobiçado entre as garotas está gostando por mim, quando eu nem acho que isso poderia acontecer um dia. Vamos deixar o tempo agir e encaixar as coisas. Aliás, obrigada por ontem. Obrigada por me respeitar.

Two Sides of a Dual LifeOnde histórias criam vida. Descubra agora