Columbia University in the City of New York.
Domingo, 04 de Outubro de 2015.
Angelique POV
Assim que saí da pizzaria o vento frio daquela noite me atingiu e eu cruzei os braços no peito quase como que me abraçando. Olhei para Luke pelo vidro da porta, ele estava debruçado sobre a mesa e deixei que meu choro viesse. Eu não sabia o que fazer, eu não tinha ideia nem mesmo de onde ir, eu me sentia completamente perdida.
Harry tinha saído para ir conversar com o senador, para provavelmente pegar seu carro de volta e eu estava completamente sozinha, mas também não sabia se era uma boa ideia conversar ou me encontrar com ele naquele momento. Eu estava um turbilhão de sentimentos e ainda tinha que achar uma forma de contar para ele que havia contado a Luke e Cecile que nós estávamos namorando, coisa que não estávamos.
Harry jamais teria como saber o que aconteceria ali, pois se soubesse eu tinha certeza que ele jamais me incentivaria tanto a ter ido a esse encontro, por mais que ele não gostasse de Luke ele entendia a importância que Luke tinha em minha vida. Ou melhor, teve.
Luke tinha destruído meu coração em um milhão de pedaços quando jogou toda aquela bomba para cima de mim e de Cecil. Ele estava namorando com Amber, ele seria pai de um filho que ela estava esperando e, para piorar, em um momento de surto eu joguei ao vento que eu estava namorando com Styles, quando não estava apenas para poder machucá-lo da forma com a qual eu me sentia machucada por ele estar com Amber.
Eu queria machucá-lo como ele tinha me machucado, eu queria que ele sentisse a dor que eu estava sentindo ao saber que ele estava com Amber e que ele seria pai. Mas porque eu me sentia assim? Luke era meu melhor amigo desde sempre e eu não conseguia entender aqueles sentimentos que estavam ali naquele momento.
Cheguei à conclusão de que tudo aquilo que eu sentia era porque Luke nunca mais seria o mesmo, ele jamais voltaria a ser o meu Luke, doce, carinhoso, próximo e cuidadoso que sempre havia sido comigo. Amber jamais permitiria.
Respirei fundo e coloquei minhas pernas para andar mais rapidamente, pois onde eu pretendia ir era longe, e eu ainda estava perto dos dormitórios. Acelerei o passo e fui até o Max Caffè, pois precisava pensar longe de todos e sabia que ninguém conhecia aquele local.
Assim que cheguei lá, pedi um café forte e me sentei em uma das mesas que estavam livres. Limpei meus olhos tentando parar de chorar pelo menos um pouco e suspirei pensando sobre tudo o que havia acontecido e sobre aquele turbilhão de emoções que estavam dentro em mim.
Cecil estava puta comigo porque não contei a ela sobre Harry, mas ela não deixou que eu me explicasse, eu não queria que os meus problemas pesassem sobre ela... Eu nunca achei que ela era uma boneca de porcelana, mas depois do que aconteceu com Justin e da forma com a qual ela ficou, era nítido que tanto eu como Hemmings tínhamos cuidado com o que falávamos para ela e sobre os problemas que contávamos a ela que tínhamos.
Então, quando eu a vi finalmente feliz em seu relacionamento com Gilinsky, mas ainda assim com alguns problemas, eu simplesmente não quis atrapalhar. Hemmings realmente havia fugido de nos contar porque quando o assunto era mulher ele sempre fazia esse tipo de coisa, mas dessa vez até mesmo ele foi longe demais.
Eu pensei inúmeras vezes e em vários momentos tentei contar para Cecil o que estava acontecendo na minha vida, como por exemplo no domingo passado, mas ela estava com um problema com Gilinsky e eu novamente a isentei dos meus problemas pensando em lidar com eles eu mesma para que ela não se envolvesse e isso não afetasse sua felicidade com G.
Eu jamais me isentaria do erro que havia cometido, porque eu realmente tinha pisado feio na bola com ela ao não contar o que estava se passando em minha vida, com Harry e tudo mais, quando ela me perguntou não apenas uma vez, mas várias e eu não disse nada porque apenas não queria estragar sua felicidade. Em nenhum momento eu fui falsa ou hipócrita como ela havia me acusado.
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Two Sides of a Dual Life
RomanceAngelique Lewis e Cecile Williams, dois nomes comuns para duas estudantes universitárias, não é mesmo? O que ninguém espera é que a vida as transformaria em Angel e Cherry, em meio a equilibrar uma vida de identidade dupla, assistir aulas, apoiar o...