Capítulo 17

2.7K 323 303
                                    

Primeiro, quero pedir desculpas, eu não sei como ou porque. Mas, uma pequena parte do capítulo foi apagado quando eu postei. E agora a noite o mesmo foi excluído. Então aqui estou eu postando novamente. 

Segundo, esse capítulo é realmente diferente de todos os outros, ele trata de assuntos diferentes, mais foi apenas para mostrar para vocês que é preciso de respeito e acima de tudo amor.

 Nos próximos capítulos temos grandes surpresas... 

Enfim, vamos para o capítulo?

Enfim, vamos para o capítulo?

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

- Meninas, esse é Jonas e seu filho Tulio. Se mudaram para o condomínio a poucos dias. – Os dois homens sorriem.

- É um prazer conhece-las. – Tulio fala e beija nossos rostos. Eu começo a entender o porquê da atitude de Sebastian, Tulio é um homem bonito, mas malhado demais para o meu gosto. As caras de Joaquim e Sebastian chegam a ser engraçadas, qualquer um perceberia que estão com ciúmes. Logo Jonas e Tulio se despedem e começam a descer a rua.

- Eu não sei qual a necessidade desse cara beijar o seu rosto. – Sebastian resmunga.

- Ele só quis ser educado.

- Poderia ter sido educado de longe.

- Concordo. – Joaquim fala.

- Juliana, que homens ciumentos são esses?

- Isso não é ciúme Selena, apenas estou falando que não tinha necessidade.

- Tudo bem Sebastian, não é ciúme então. – Andamos de volta para dentro da casa e terminamos de arrumar as coisas que faltam, meia hora depois estamos fechando a porta da casa. Tia Clara e tio Paulo já haviam ido, pois com carro demorava mais.

- Pronta? – Sebastian pergunta quando monto na moto e passo meus braços por sua cintura.

- Com você sempre.

Depoisde duas horas de viagem resolvemos parar em um restaurante a beira estrada, eujá estava com a bunda dormente e com fome. Quando entramos no estabelecimento,uma discussão entre uma senhora e um rapaz me chama atenção, a mulher gritapara que todos escutem sem vergonha alguma enquanto rapaz tem seus olhosvermelhos de tanto segurar lagrimas. Todos estão parados prestando atenção nagritaria e puxo Sebastian para mais perto para entender o que está acontecendo.     

- PESSOAS COMO VOCÊ DEVERIAM TER VERGONHA, PECANDO CONTRA DEUS E TODOS NÓS! IRAM TODOS PARA O INFERNO SEU GAY. – Ela grita com uma certeza impressionante que seja capaz de julgar alguém. Quando percebo já estou andando em direção a mulher e parando em sua frente.

- A senhora acha que é quem para falar assim com uma pessoa? – Indago com toda a calma que ainda me resta.

- Essas coisas iguais a ele nem são pessoas garota, e a conversa aqui não é com você.

- Eles são o que então?

- Saia da minha frente garota, não irei falar com você, provavelmente é da mesma laia que a dele, não é?

- E se eu for? Ira gritar comigo da mesma forma que faz com ele? Irá me julgar como se fosse capaz disso? O que irá fazer? Em minha senhora? Você não queria que todos vissem sua gritaria? Pois bem, iremos fazer um show aqui para todos. – A mulher me olha com a boca aberta e começo a ver vergonha em seus olhos.

- Desde que nasci frequento a igreja, minha senhora, aprendi tudo sobre o bem e o mal, mas também aprendi sobre a minha própria escolha. A senhora não deveria se preocupar se ele está pecando ou se vai para o inferno. Isso não lhe diz respeito, nem a mim nem a ninguém aqui, apenas a ele. Se por algum momento a senhora acha que é certo o que está fazendo está enganada. Se ele vai mesmo para o inferno por estar pecando a senhora também vai. Por julgar e falar em vão o nome de Deus.

- COMO VOCÊ OUSA ME COMPARAR A ELE?

- A senhora deveria parar de gritar. A única pessoa que tem poder e direto de julgar é Deus e até o meu ver a senhora não é ele. Então ao invés de vir aqui e julgar tudo que considera errado, cuide da sua própria vida. Guarde tudo que acha para si mesma.

- Você deveria me respeitar garota, diz que foi criada na igreja e fala dessa forma com alguém mais velha? – Minha risada é inevitável.

- Respeito? A senhora está mesmo pedindo respeito? A pessoa que estava fazendo tudo, menos respeitando ao próximo. Entenda, minha senhora, que respeito não é apenas para os mais velhos, é para todos nós. Não venha me pedir o que nem mesmo a senhora tem.

Me viro para o rapaz atrás de mim e vejo seu medo, sua vulnerabilidade presente nos seus olhos, ando até ele. – Você está bem? – Ele apenas confirma com a cabeça, o puxo e o faço andar, preciso sair dali antes que faça algo pior que apenas discutir. Quando já estamos perto da porta a mulher grita novamente.

- EU IMAGINO A VERGONHA DO PAI DE VOCÊS!

- Você não cansa? Não consegue ao menos entender que está errada? Você não é obrigada a aceitar o que acha errado, apenas guarde para VOCÊ! "As pessoas como ele." – Faço aspas com as mãos. – São bem mais felizes que você. Eu sou como ele, sou como você, sou como qualquer um, o que nos diferencia é nossa capacidade de melhorar quem somos, e isso você não tem.

- Só estou mostrando para todos o pecado presente na sociedade.

- Eu prefiro fazer parte desse pecado, prefiro ser feliz e viver minha própria vida. É burrice discutir com pessoas como você. Não vai adiantar nada tentar te mostrar o certo se você já tomou sua opinião como a única.

Só percebo que estou tremendo quando me viro para sair do lugar, antes de chegar completamente a porta pessoas começam a bater palmas e gritar. Sem olhar para trás sorrio, ela eu posso não ter conseguido, mas pelo menos alguns entenderam que não temos direito de julgar nem a nós mesmos, ainda mais o próximo. 

 

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
A TréguaOnde histórias criam vida. Descubra agora