Capítulo 18

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O rapaz treme e chora enquanto andamos até o lado de fora. Sinto pena, por não fazer mais nada por ele, sua dor é tão transparente.

- Obrigada, eu não sabia o que fazer. – Diz quando nos sentamos em um banco do lado de fora. – Posso te dar um abraço?

- Não tem porque agradecer. Claro que sim. – Ele deve ter uns 17 anos e chora quando me abraça. A porta do restaurante abre e Sebastian, Ju e Joaquim saem de lá com algumas sacolas em mãos.

- Tudo bem com vocês? – Ju pergunta quando chega até nós.

- Vai ficar. Sou Pedro, é um prazer conhecer vocês, mesmo que num momento como esses.

- Igualmente Pedro, sou Selena, este é Sebastian meu namorado, Juliana e Joaquim. – Todos acenam para Pedro que ainda treme.

- Eu agradeço muito mesmo, mas preciso ir para casa, minha mãe pediu para comprar o almoço e quando cheguei começou aquilo tudo, já deveria estar em casa.

- Quer que leve você em casa? – Joaquim pergunta.

- Não, moro na rua de trás, não tem necessidade. Obrigada.

- Sua mãe não irá fazer o mesmo que ela? Desculpe perguntar. – Agora Ju indaga preocupada.

- Não, minha mãe já sabe e entende. Me ama como sou.

- Que alivio!

- Bom, mais uma vez obrigada! Eu não sei o que faria se você não tivesse chegado, muito obrigada mesmo. – Ele me abraça mais uma vez e sai andando.

- Você ainda está tremendo. – Sebastian fala quando me abraça, e eu realmente estou. Meu sangue ainda esta quente.

- Ainda estou nervosa, nunca tinha feito isso. Mas senti tanta raiva quando vi aquilo, Pedro estava prestes a chorar e ela continuava falando como se fosse a dona do mundo. Não podia deixar aquilo acontecer, quando vi já estava na frente dela.

- Estou orgulhoso de você estrelinha. – Sorrio e passo meus braços por seu pescoço quando sua boca desce sobre a minha.

- Ta bom, já chega, que eu estou com fome.

- Larga de ser chata Juliana. – Sebastian resmunga.

- Podemos andar mais uns 3km e parar no morro que tem, lá seria um bom lugar para comer. Aqui ficou com um ar meio pesado. Já compramos a comida, então podemos levar para lá. – Joaquim indaga.

- Boa cara, já estivemos lá uma vez. É bem bonita a vista. Se quiserem podemos ir. – Sebastian fala e todos confirmamos, poucos minutos depois já estávamos chegando no tal morro. Era realmente muito bonito, tinham algumas mesas de madeira espalhadas pelo local como se fosse um parque. Nos sentamos e comemos, depois de algum tempo resolvemos seguir viagem.

É fácil descobrir porque é tão fácil amar as motos, a sensação do vento em seu rosto e as paisagens que passam rápidos encantam qualquer um. Um tempo depois entramos em uma estrada de terra e a vista muda completamente, morros e pastos que se perdem de vista começam a surgir. Em certo momento entramos em uma floresta fechada, demoramos algum tempo dentro dela, mas quando saímos a vista é de perder o ar. A casa é totalmente branca e amarela, com dois ou três andares, é difícil dizer. Uma árvore enorme nos recebe enfrente a casa, fazendo uma sobra, também é possível ver um lago do lado direito da casa.

Descemos das motos e Sebastian pega minha mão me fazendo andar para dentro da casa, por dentro é ainda mais bonito, tudo tem aquele cheirinho de novo, de coisa que acabou de ser lavada. Chegamos na cozinha e encontramos tia Clara e tio Paulo cozinhando, nos sentamos e os meninos contam do ocorrido no restaurante.

- Quando estávamos vindo resolvemos passar na casa dos Almeida, do outro lado do lago, eles darão uma festa hoje a noite e nos convidaram para ir. – Tio Paulo conta.

- Eu quero, eles sempre dão as melhores festas.

- Quer ir? – Sebastian me pergunta. – Quero.

- Ótimo, então iremos todos. – Tia Clara constata.

- Vocês querem almoçar?

- Não mãe, comemos no caminho. Vem, vou te mostrar os quartos. – Sebastian diz se levantando. Seguimos para a parte de cima da casa, entramos em um quarto com cores foscas, tenho absoluta certeza que é o dele. É idêntico ao apartamento.

- Esse quarto é tão a sua cara.

- Eu sei, agora deita aqui comigo. – Ando até a cama e faço como pede, suas mãos acariciam minhas contas, a ponta de seus dedos sobe e desce na extensão das minhas costas, acabo pegando no sono.


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Se preparem, temos treta no próximo capítulo!!

Se preparem, temos treta no próximo capítulo!!

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