Capítulo 25

2.4K 253 180
                                    


    Acampainha toca e tento secar meu rosto molhado pelas lágrimas que aindainsistem em descer

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

    Acampainha toca e tento secar meu rosto molhado pelas lágrimas que aindainsistem em descer. Abro a porta e me surpreendo com Sebastian parado. 

- Me perdoa, eu deixei meu ciúme e minha insegurança falarem mais alto e te tratei muito mal. Me perdoe, por favor. – Me abraço a ele, não quero tornar isso maior do que é, ele me aperta em seus braços e beija meu pescoço.

- Não chora, me perdoou? – Ele pergunta quando nos sentamos no sofá.

- Sou chorona, perdoei.

- Desculpe desconfiar de você, esses dias foram tão bons e eu tinha que estragar tudo.

- Doeu ver você falando daquele jeito. – Minhas lágrimas voltam a descer ele beija meu rosto e depois meus lábios. – Mas não estragou nada, não tem como estragar aqueles dias.

- Posso dormir aqui? – Pergunta.

- Claro. Precisamos tomar banho, vem. – O banho é repleto de beijos e caricias, não passamos disso. Quando nos deitamos lembro que havia prometido ligar para minha mãe e pego o telefone, Sebastian tem a mão entre meus cabelos me fazendo ficar com sono.

- Oi mãe! – Ela atende no segundo toque.

- Oi filha, espera vou colocar no viva voz, estão todos aqui.

- Oi Sel – Um coro de vozes conhecidas que me causam saudades fala.

- Oi família, saudades se todos vocês. – Coloco viva voz para que Sebastian também ouça a conversa. – Tenho uma novidade.

- Boa filha?

- Sim, muito boa.

- Conta logo Selena. – Veronica grita do outro lado da linha.

- Eu meio que estou namorando família.

- O QUE?... Isso lá é noticia boa?... Com quem Selena? – Todos dizem ao mesmo tempo e começo a rir da cara assustada de Sebastian.

- Vamos com calma pessoal. É noticia boa sim pai, com Sebastian, irmão da Ju.

- Escolheu bem mana, ele é todo bonitão, vi pela foto que Ju postou. – Veronica fala, me fazendo rir.

- Obrigada Cunhada. – Sebastian resolve entrar na conversa o que me faz rir ainda mais.

- Olá Sebastian, trate bem minha filha. – Mamãe fala.

- Pode deixar. – Agora ele me olha e sorri. A conversa rende e ficamos mais de hora conversando com eles, papai e Jace no final acabaram gostando de Sebastian. Eles sempre foram ciumentos, mas nunca demos muita bola.

Quando acordo no dia seguinte Sebastian não estava mais na cama, um bilhete do lado da cama dizia que foi para o trabalho mais cedo, surgiu alguns problemas e teve que ir, me pede para encontra-lo em seu apartamento.

Desço para a porta do prédio para esperar o Uber que deve chegar a qualquer momento, sinto um calafrio me percorrer e olho em volta à procura de alguém, mas não encontro nada, mesmo assim eu ainda sinto que alguém me observa. O Uber chega, entro e acabo deixando isso de lado.

Bato na porta do apartamento de Sebastian e ele logo abre ainda com seu terno que sempre usa no trabalho.

- Oi estrelinha. – Diz quando me puxa para ele me beijando. – Oi, tudo bem lá no trabalho?

- Sim, tudo bem, porque? – Pergunta confuso.

- Ue, você disse no bilhete que tinha dado algum problema em algo no trabalho.

-Ah, é verdade. Sim, tudo resolvido. – Sorri e desvia o olhar. Parece mentir, mas resolvo não falar nada.

- Vou tomar um banho e já volto, tudo bem?

- Claro, te espero aqui. – Sorrio e ele sai em direção ao quarto, resolvo ficar ali na sala mesmo, depois de alguns minutos seu telefone toca e resolvo não atender. Alguns minutos se passam e  ele volta a tocar, vejo que o número é desconhecido e resolvo atender.

- Alô?

- Olá, esse telefone pertence a Sebastian Albuquerque? – Uma voz feminina me responde do outro lado e meu coração se aperta.

- Sim, pertence. Ele só não pode atender agora. Pode ligar daqui a alguns minutos ou deixar algum recado se quiser.

- Sou a secretaria pessoal do senhor Edmundo Monteiro. O senhor  Eduardo pede que ele responda sobre a vinda para Amsterdam logo, a proposta foi feita a uma semana e meia e precisamos da resposta. Nos falamos hoje durante a manhã e ele disse que responderia hoje á tarde. – Meus olhos se enchem de lágrimas e respiro fundo para não chorar.

- Claro, eu passo o recado.

- Agradeço pela atenção. – A ligação é encerrada no mesmo momento que Sebastian saia do quarto, seu olhar alterna entre meu rosto que a essa hora já está banhado por lágrimas e seu celular em minha mão.

- Quando pretendia me contar? – Minha pergunta sai como um sussurro.

- Do que está falando? – Ele anda até onde estou e se senta ao meu lado.

- O que estava fazendo hoje de manhã, Sebastian? Tome cuidado com sua resposta. – Seu olhar desvia do meu como alguns minutos atrás, e sei que mentiu para mim.

- Eu não estava trabalhando, estava em uma reunião com Edmundo Monteiro. Nada demais.

- Não era nada demais, então porque mentiu para mim? – Me levanto do sofá.

- Eu ia te contar Selena, só estava esperando o momento certo.

- O momento certo seria quando Sebastian? Você iria mesmo me contar? Você pretende ir para Amsterdam por quanto tempo?

- Selena...

- Quanto tempo Sebastian?

- Eu iria morar lá. – Meu coração se contorce, mas não me permito chorar, encaro o homem de cabeça baixa em minha frente sem poder acreditar que realmente me escondeu isso.

- Pode pegar um copo de água para mim, por favor? – Minha pergunta o surpreende, ele assente e se levanta. Aproveito para pegar minha bolsa e correr porta a fora, o elevador se fecha quando Sebastian saia correndo pela porta do apartamento. Eu sempre odiei mentiras, elas machucam e destroem as pessoas. Não podia ficar perto dele, não agora.

Um homem desce do táxi assim que chego ao terraço, corro e consigo entrar no mesmo. Encosto minha cabeça no vidro do carro quando o carro entra em movimento, o choro é inevitável.

- Tudo bem moça? – O motorista me pergunta, me olhando pelo retrovisor.

- Eu espero que fique, obrigado pela preocupação. – Tento sorrir, mas acho que só consigo fazer uma careta, o senhor assente e volta sua atenção ao trânsito. 


-----------

O que acharam desta viagem? Acham que ela realmente vai acontecer?

 Será o fim do nosso casal? 

 Será o fim do nosso casal? 

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
A TréguaOnde histórias criam vida. Descubra agora