Capítulo 6

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Sebastian

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Sebastian

Quando soube do acidente, eu ainda sentia seu perfume em mim. E o medo de nunca mais senti-lo era gigantesco, o medo de não ver seus olhos escuros e tão expressivos era ainda pior. Quando fui ver minha irmã no hospital, sem que ninguém soubesse entrei no quarto de Selena e reparei no quanto estava sem cor, seus lábios já não tinham mais o vermelho de sempre, mas ainda sim era linda. Fiquei horas ali sem que ninguém soubesse, pedindo pra qualquer ser que me ouvisse que a trouxesse de volta.

Quando ela acordou queria pôr tudo ir vê-la, mas não podia. O alivio era gigantesco por ela estar de volta, e eu ainda não havia descoberto porque isso era tão bom. A ideia de perde-la era dolorosa. Passo a mão no cabelo sentado em minha cadeira no escritório, a essa hora seus pais já estão no aeroporto para irem embora, são pessoas simpáticas e só me faz por ainda mais em duvida se ele é realmente igual a Megan. Mas, eu ainda não consigo, não posso confiar em alguém, o meu medo e dor falam mais alto.

Meu celular apita com a chegada de uma nova mensagem "Selena ficara aqui em casa ate se recuperar totalmente, não seja grosseiro se a vir aqui.'' Desde nossa briga no escritório mamãe tomou certo trauma daquilo acontecer novamente.

Chego em casa já passam das onze da noite, tomo banho e me deito, assim que fecho os olhos, sua imagem vem a minha mente, tem sido assim desde a noite da boate. Todas as vezes que fecho os olhos ela aparece e vem me tirando o sono desde então. Quando olho para o relógio de novo já são uma da manhã, desisto de tentar dormir e resolvo ir à cozinha procurar um remédio que me ajude dormir. Quando estou voltando para o quarto escuto alguém descendo as escadas no escuro e espero na curva da escada para ver quem é. Antes de dar sequer um passo, sinto a pessoa bater de frente comigo e enquanto impeço quem quer que seja de cair, seu perfume me invade e já tenho certeza de quem é. Ficamos ali em silencio no escuro com apenas nossas respirações sendo ouvidas. Sinto seu corpo grudado ao meu e a vontade de beija-la me volta com tudo.

Havia se passado segundos, minutos ou horas. Eu não sabia, meus olhos não eram capazes de desviar dos seus. Meus olhos haviam se acostumado com a escuridão então já conseguia ver o contraste de seu rosto. Minhas mãos saem da sua cintura e sobem para sua nuca, acariciando a mesma e sinto seu corpo todo arrepiar e gosto, não sou só eu que sinto algo. Não sei se por impulso ou qualquer outra coisa eu desço minha boca em direção a sua, apesar do escuro vejo todas as suas reações, o fechar dos olhos e o abrir lento de seus lábios para receber os meus, pedi a Deus que ele nunca permitisse esquecer aquela cena, ela parecia uma sereia de tão bonita. Os cabelos espalhados pelo rosto e a boca entreaberta. Sem conseguir me conter junto nossos lábios, ela solta um gemido parecido com um ronronar o que me faz colar nossos corpos ainda mais. Seus lábios são doces, ela os abre ainda mais dando permissão para que minha língua entre e assim o faço. Nos separamos por falta de ar, os dois ofegantes e não consigo fazer nada além de olha-la, a boca inchada e avermelhada pelo beijo de segundos atrás, a puxo e mais uma vez nos beijamos, nos separamos e ela abaixa a cabeça.

A TréguaOnde histórias criam vida. Descubra agora