Capítulo 12

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Meu coração doía ao olhar Sebastian daquela forma, sua dor era visível e não era para menos. Perde um filho e descobrir que a pessoa que amava não o amava da mesma forma não deveria ser fácil. Toda sua raiva e seu rancor agora faziam sentido, ele aguentou isso tudo sozinho, guardou tudo para si mesmo.

O abraço forte, sentindo as mãos de Sebastian apertar mais envolta de mim, é estranho e ao mesmo tempo bom. Nos conhecemos a tão pouco tempo, namoramos a algumas horas e confio tanto nele. E agora vejo que ele em mim. Sebastian levanta a cabeça e me encara com seus olhos vermelhos pelo choro, minha mão sobe para seu rosto como já fiz dezenas de vezes e não me canso de fazer.

- Está melhor?

- Sim. – Ele tenta sorrir, mas vejo tanta dor em seus olhos.

- Quer ficar sozinho? Vou entender se não me quiser aqui.

- Não, quero você aqui comigo, dorme aqui?

- Dormir aqui?

- É não se preocupe. Vai ser só dormir mesmo, ou talvez não. – Agora ele sorri de lado, com seu sorriso de conquistador barato.

- há há engraçadinho. Durmo aqui com você. Mas só dormir.

- Que pena. – Minha mão continua em seu rosto fazendo carinho levemente. Nossos olhares se encontram e se fixam um no outro, apesar da dor presente neles também vejo carinho.

- Está com fome?

- Eu não ia dizer nada não, mas estou sim Sebastian.

- Então vem, vou pedir alguma coisa pra gente comer.

- Tá bem.

O restante da noite passa devagar, pedimos pizza e depois continuamos namorando no sofá, não era tarde quando fomos dormir, amanhã nos dois acordaríamos muito cedo, eu iria para a faculdade e ele para a empresa. Mas uma vez durmo sentindo suas mãos ao meu redor, iria sentir saudades disso quando dormisse sozinha em casa.

Quando o despertador toca na manhã seguinte, tento levantar, mas sinto as mãos de Sebastian apertar minha cintura me impedindo de tal coisa. – Precisamos levantar.

- Eu sei, mas pode me dar um beijo antes?

- Até dois. – O beijo e depois nos levantamos, o espero se arrumar para me levar em meu apartamento, mesmo insistindo que não precisava ele me espera arrumar e me leva na faculdade.

- Sai comigo hoje a noite depois do trabalho? – Pergunta quando chegamos em frente a faculdade.

- Sim, adoraria. – Sorrio e o beijo saindo do carro logo em seguida.

A segunda como todas as outras é cheia de coisas para fazer, tenho que fazer alguns trabalhos para entregar antes que as provas finais comecem. Faltavam menos de 3 semanas para minhas férias começarem, então teria uma semana para entregar os trabalhos e logo depois provas. Na saída da faculdade vejo um homem do outro lado da rua olhando em minha direção, um arrepio passa por todo meu corpo, um ônibus passa e quando olho novamente ele não está mais lá. Balanço minha cabeça para tirar todos esses pensamentos e ando para um restaurante pequeno que tem do lado da faculdade e depois para o ponto de ônibus para ir para ao trabalho.

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