Capítulo 29

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- Ainda está acordada? – Sebastian sussurra quando nos deitamos eu com a cabeça em seu peito.

- Sim.

- Selena... – Ele para de falar antes de terminar a frase o que me faz erguer a cabeça para olha-lo, colocando meu queixo em seu peito.

- Continue. – Sorrio, suas mãos entram por meus cabelos e ele me olha durante um longo tempo, depois balança a cabeça.

- Não era nada, só queria dizer como é linda. – Ele me puxa pela nuca para dar lhe dar um beijo. Depois volto a me deitar e durmo ouvindo seu coração.

- Ei estrelinha, acorda. – Me remexo na cama e abro os olhos encontrando Sebastian já vestido de terno.

- Onde vai?

- Preciso ir a empresa, lembra? Para arrumar as ultimas coisas, me encontre lá mais tarde, tudo bem?

- Tudo bem, posso dormir mais um pouquinho?

- Claro estrelinha, até mais tarde. – Beija meus lábios e sai pela porta. Tento voltar a dormir, mas não consigo. Me levanto e começo a arrumar nossas coisas, nossas malas estão todas abertas com roupas transbordando. Levo mais de hora para arrumar tudo, depois de terminar tomo banho e me visto. Resolvo andar até a empresa, é perto e fizemos esse percurso diversas vezes durante esses dias.

- Olá Selena, quer que chame Sebastian ou você vai subir? – Cintia, a secretaria de Edmundo, me pergunta quando chego na empresa. Ela é uma moça muito simpática e que se tornou uma amiga.

- Vou subir Cintia.

- Ele está no terceiro andar, primeira sala a direita. – Agradeço andando até o elevador, o prédio tem cinco andares, chego ao terceiro rapidamente e começo andar até a primeira porta, percebo que ela não está completamente fechada e ouço vozes vindo de dentro.

- Sua família aceitou sua namorada quando a apresentou? – Um senhor com cabelos brancos pergunta, ele provavelmente é o outro sócio da empresa, Edmundo havia falado dele, mas ele trabalhava em outro país. Cuidando da empresa de lá, quase não vinha.

- Sim, aceitaram muito bem. Ela era amiga de minha irmã quando nos conhecemos, grande parte da família já a conhecia. – Sebastian sorri e acabo por sorrir feito uma boba, queria entrar na sala, mas minha curiosidade fala mais alto, quero ouvir o final da conversa.

- Você a acha a pessoa certa para você Sebastian?

- Sim senhor, eu acho. Não estou entendo onde quer chegar com isso, o que isso tem a ver com meu trabalho?

- Se você for trabalhar conosco, precisara ir em alguns jantares que a empresa precisa comparecer, ela não parece ser mulher para esses compromissos. Isso pode lhe prejudicar.

- Senhor...

- E além do mais, seria bom ter alguém do mesmo meio que nós. Posso lhe apresentar minha filha, ela é advogada como você e tenho certeza que se darão muito bem. Alias, sua namorada nem poderá morar aqui não é mesmo? Ela não faz faculdade em uma faculdade pública? – Sua ultima palavra é dita com nojo, parece ser algo repugnante ele dizer pública. Queria ser a mulher capaz de entrar na sala e gritar com aquele senhor e que me orgulhava de estudar em uma instituição pública, mas eu não podia. Isso acabaria com todo o futuro de Sebastian. Me viro e corro até o elevador com as lágrimas embaçando minha visão, as pessoas no elevador me encaram curiosas, mas não consigo segurar o choro. Passo pela portaria correndo, deixando Cintia gritando, entro no taxi correndo dando o endereço do hotel.

Tenho vontade de cair na cama e chorar até não aguentar mais, mas não posso. Procuro um papel dentro da pasta de Sebastian e me sento tentando parar de chorar.

Sebastian

Primeiro quero que saiba que te desejo todo sucesso e amor que a vida possa lhe dar, mas não serei eu a lhe dar isso. Me doí escrever isso, mas não podemos ficar juntos.

Ouvi toda a conversa que teve hoje de manhã e só de pensar que posso estragar seu sonho de alguma forma isso me destrói, eu sei o quanto é duro lutar por um sonho e o quanto é doloroso não conseguir alcança-lo, então eu não posso.

Foram dias incríveis os dias que passamos juntos nesse lugar incrível, vou levar eles sempre comigo, nem se quisesse seria capaz de esquece-los. Não me procure Sebastian, você não ira me encontrar, dessa vez não vai adiantar dormir na porta do meu apartamento pois eu não estarei lá.

Você logo ira se mudar e logo me esquecerá, não me procure.

Para sempre,

sua estrelinha.

As lagrimas molham o papel quando termino de escrever, meu coração doí, doí mais do que achava possível doer. Dobro o papel e deixo sobre a cama, me levanto e pego minhas malas. O táxi ainda me espera quando chego no saguão.

- Para onde senhora?

- Aeroporto, por favor. – São as únicas palavras que trocamos durante todo o trajeto, minha garganta trava e só consigo chorar. Consigo adiantar o voo de a noite para um que sai em 15 minutos, faço tudo correndo e consigo embarcar, deixando para trás toda a história que mais amei viver. 


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Para tudo tem um porque pessoal, lembrem-se disso. 

Não queiram me matar, eu amo todos vocês ^-^

Não queiram me matar, eu amo todos vocês ^-^

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