Capítulo 35

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{ Escutem a musica enquanto estão lendo, li muito essa musica enquanto escrevia esse capítulo. Boa leitura pessoal!} 

 Boa leitura pessoal!} 

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O choro e a dor me dominam por inteira, a porta da sala é aberta mas não consigo levantar minha cabeça, quem quer que seja anda com passos rápidos até mim.

- Selena? Precisa aguentar, precisa estar viva. – Tio Paulo, me sinto aliviada, ele começa a soltar as correntes apressadamente. – Achei ela, ela está aqui. – Grita e algumas pessoas começam a entrar na sala, mas ele não.

- Selena, cadê ela? – E então ele aparece, e meu coração salta risonho, vivo, Sebastian está aqui. Tio Paulo termina de me soltar assim que Sebastian chega até mim, seus braços me apertam, casa, Sebastian é minha casa. Levanto meu rosto para olha-lo e ele também chora, beija meus lábios e eu percebo o quanto senti saudade e precisava disso.

- Senhor, precisa leva-la para a ambulância. – Um policial diz, Sebastian me pega no colo e só consigo me grudar mais a ele.

- Como eu rezei para que estivesse viva. – Queria dizer que o amo, mas não tenho forças, minha garganta doí como todo o restante do meu corpo.

Quando saímos o lugar é completamente estranho, no meio do nada. É apenas uma casinha, parece uma cabana ou algo assim, um corpo tampado com plástico me chama a atenção. Procuro os olhos de Sebastian e ele confirma.

- Não fui eu Selena, sei que está pensando isso. Um policia chegou no momento em que ele iria me matar e atirou primeiro. Alivio, alivio me domina. Ele entra na ambulância comigo ainda em seu colo e me coloca na maca, dois enfermeiros começam a me examinar, sua mão presa a minha a todo momento.

Uma máscara de oxigênio é coloca em mim, aos poucos meus olhos vão pesando, aperto a mão de Sebastian antes de adormecer, a última coisa que sinto é o beijo casto em minha testa, agora posso dormir, sei que ele estará ao meu lado quando acordar.

Sinto o calor de sua mão presa a minha antes de abrir os olhos, parece ser a noite, Sebastian dorme em uma cadeira do lado da cama de hospital. Minha garganta está arranhando, aperto sua mão e ele se mexe. Abre os olhos e eles demonstram certo susto, quando olha para mim eu o vejo se acalmar. Se levanta e vem até mim.

- Pensei que não acordaria mais estrelinha. Quer água? – Afirmo com a cabeça e ele se vira para pegar.

- Obrigada. – Ele sorri me observando e não consigo controlar o choro, choro de alivio, de saudade, de amor não dito.

- Não chora, está sentindo dor?

- Não, pode me abraçar? – Ele me abraça e eu me recosto em seus braços.

- Ele está mesmo morto?

- Sim, um policia chegou na hora que ele estava para me matar, e o matou. – Me sinto aliviada de certa forma, nunca viveria tranquila de novo, apesar que ele seria preso. Um dia ele poderia sair e vir atrás de algum de nós, isso me causava arrepios.

O medico entra no quarto e me diz que está tudo bem, não sofri ferimentos graves, não fisicamente, apenas as marcas em meus pulsos e tornozelos que sumiriam com o tempo. Ele me daria alta no dia seguinte se nada mudasse. Minha família não estava sabendo de nada que tinha acontecido, eles acharam melhor assim. Quando tudo já estava mais calmo no hospital eu liguei para eles e contei tudo, mamãe chorou e papai queria vir para cá, os convenci de que não era necessário, tudo já estava bem.

Na manhã seguinte sou liberada pelo médico, a família de Sebastian queria vir me ver mais resolvemos marcar algo mais tarde e assim seria melhor. O caminho até meu apartamento é feito em completo silêncio, Sebastian está pensativo e imagino no que esteja pensando.

- Quer me contar o que está pensando? – Pergunto assim que entramos no apartamento.

- Porque veio embora daquele jeito?

- Eu não podia ficar, ouvi toda a conversa, sem querer, mas ouvi.

- E porque não invadiu a sala gritando ou qualquer coisa assim, tudo menos voltar daquele jeito.

- Você sabe que nunca faria algo desse jeito. – Desvio meus olhos.

- Porque não me pede para ficar, é só pedir que desisto de tudo.

- Não coloque essa decisão em minhas mãos, não ouse fazer isso Sebastian.

- Você aguentará Selena, um namoro a distância? Eu sou capaz de desistir de tudo se disser que não.

- É claro que sim Sebastian, mas e você, aguentará?

- Essa é a única certeza que tenho no momento. – Ele anda até mim e gruda seu corpo ao meu, seu beijo é calmo no começo, depois ganha força. Nossas roupas ficam no caminho até o quarto, só percebo isso quando minhas costas vão de encontro a cama quente, nossas peles estão coladas e só consigo sentir o nosso desejo.

Sebastian vagueia suas mãos pelo meu corpo e tento dizer que o amo, mas todo raciocínio se perde quando nossos corpos se conectam, nossos suspiros e gemidos se misturam e só consigo sentir, nossos olhos grudados, sem conseguir desviar, beijo seus lábios.

O restante das férias passa mais rápido que o necessário, nossos dias são cheios de passeios de mãos dadas pelas cidades e incontáveis noites olhando para o céu.

- Quero que sempre que sentir saudade ou se sentir sozinha, olhe para o céu a noite, encare as estrelas e tenha absoluta que estarei fazendo a mesma coisa. – Sebastian indaga na ultima noite que passaremos juntos, amanhã viajará e todas as vezes que lembro meu peito se aperta. – Vou fazer isso todas as noites. – Durmo em seus braços mais uma vez, talvez será uma das partes mais difícil, aprender a dormir sozinha novamente. 


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