Capítulo 46

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Sebastian

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Sebastian

Encaro meu filho dormindo em meus braços. Sua mãozinha apertando meu polegar mesmo dormindo. Olho para a cômoda em minha frente e encaro o porta retrato com uma foto minha e de Selena, quando fomos pela primeira vez na cachoeira na fazenda.

Sorrio com a pequena lembrança, o quarto de Peter que foi todo decorado durante seus últimos meses de gestação agora são onde passo a maior parte do tempo, tudo lembra o espírito alegre e espontâneo de Selena.

- Ele está crescendo tão rápido. – Minha mãe entra no quarto e diz baixinho para que não atrapalhe o sono do meu menino. Toda a família havia vindo passar as férias conosco, inclusive os pais de Selena.

- Esses oito meses passaram muito rápido, e ele ainda sente muita falta da Selena.

- Eu sei meu filho, é normal. – Coloco Peter no berço e ligo a baba eletrônica a colocando no bolso. Encosto a porta assim que saímos do quarto e o barulho da parte externa da casa enche meus ouvidos, o riso alto de Verônica e as palhaçadas do meu pai. 

Fico um tempo conversando com todos e depois resolvo sumir para o quarto, já eram quase meio dia e logo almoçaríamos. Ando até a sacada e cruzo meus braços olhando o jardim. Logo  sinto braços me abraçarem por trás e sorrio sabendo quem é.

- Oi meu amor. – Me viro encontrando os olhos sorridentes de Selena.

- Oi estrela, não te vi entrando. – Beijo os lábios de Selena e a trago para meu peito. Selena havia voltado a estudar a algum tempo, Peter ficava metade do dia comigo e a outra metade com ela.

Beijo a cabeça de Selena e sinto seus braços me apertarem mais. Perdi Selena na sala de parto por longos e intermináveis três minutos, quando seus olhos se abriram novamente ainda tinham o mesmo brilho.

- Você está pensativo. – Sussurra ainda em meus braços.

- Apenas lembrando de quando Peter nasceu. – Ela se afasta apenas o suficiente para me olhar.

– Você estava lá. Eu senti você a todo momento, fez o mais importante. Agora vem, preciso trocar de roupa e descemos para o almoço. Como está nosso menino?

- Dormindo.

Encaro seu corpo enquanto troca de roupa, vejo seu vestido azul solto que vai até um pouco acima do joelho mostrando suas pernas, me sento na cama e reparo em seus passos enquanto cantarola alguma música. A casa agora tem música a todo momento e nosso bebe já se acostumou com isso, na maioria das vezes dorme quando cantarolamos algo a eles.

- Vai ficar ai me olhando? – Ela me pergunta olhando através do espelho.

- Sim. – Jogo meu sorriso mais sedutor, talvez ela mude de ideia e prefira ficar no quarto.

- Não me faça essa cara Sebastian Albuquerque. Nossa família está lá em baixo, se comporte.

Me levanto até onde ela está e a abraço, a olho através do espelho. Encosto minha boca em seu ouvido sentindo seu corpo estremecer em meus braços. – A noite você não vai escapar. – Sussurro.

- Eu não vou querer escapar. – Sorri me puxando para fora do quarto.

Selena

Solto da mão de Sebastian para entrar no quarto de Peter, meu pequeno está deitado brincando com os brinquedinhos pendurados no berço. Sorrio quando solta um dos seus sons ainda irreconhecíveis, o pego no colo e cheiro suas mãozinhas gordas.

- Que tal irmos almoçar bebê? Está com fome? – Pergunto e novamente ele responde com seus pequenos gritinhos. Sebastian sorri encostado na batente da porta quando me viro.

Descemos as escadas e escutamos as risadas altas de Verônica e o resmungo de Jace, nada havia mudado. A tarde passa tranquila, nossa família havia chegado a três dias e ficariam mais uma semana. Eram poucas as vezes que conseguíamos juntar todos.

Já no fim da tarde me sento no sofá ao lado de Sebastian e me recosto em seu peito. Tio Paulo e tia Clara brincam com Peter na grama, ele sorri para os avós com seu sorriso de dois dentinhos.

- Podemos ir até o quarto? Preciso falar com você. – Digo olhando para Sebastian.

- Claro estrelinha. – Se levanta me puxando junto. Passamos por uma Ju dormindo no sofá de boca aberta e Sebastian não perde a chance para um foto, para depois atormentar a irmã.

- O que quer me falar meu amor? – Pergunta quando chegamos no quarto.

- Eu não fui na faculdade hoje.

- Foi onde? - Indaga com a sobrancelha elevada.

- No hospital.

- O que está tentando me dizer Selena?

- Que em breve a família vai ficar maior. – Digo colocando a mão sobre meu ventre.

- Está falando sério? – Pergunta e respondo com um sim mudo, meus olhos já cheios de lágrimas. Sebastian sorri me puxando para seus braços.

É perda de tempo correr do amor, você pode desviar dele aqui ou ali, mas uma hora ele vai encontrar você e não terá mais jeito.

É tolice não amar, é tolice fugir do amor. 

 

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