Capítulo 34

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A porta se abre de novo algum tempo depois, é impossível saber quanto tempo depois, as horas se perdem dentro daquele lugar, meu estômago reclama.

- Sentiu minha falta princesa? – Me mantenho em silencio. – Não preciso que me responda, acho que está na hora de ligarmos para seu namorado o que acha? – Ele pega o telefone e disca os números.

- Quem fala? – Sua voz me faz encher os olhos de lágrimas.

- Olá Sebastian, não tem muita necessidade você saber quem eu sou. Mas acho que você vai querer saber quem está comigo. Da oi pra ele princesa.

- Sebastian...

- Selena? Selena o que está acontecendo? – Ele grita, e vejo os olhos risonhos do monstro em minha frente, ele quer isso. Gosta de ver isso acontecer.

- Bom, pelo visto você está preocupado com sua garota. Eu o sinto informar Sebastian, mas você não a verá mais.

- Seu desgraçado, eu vou encontrar você. Não encoste nela, eu juro que acabo com você. – A sua risada ecoa pelo espaço onde estamos, um arrepio percorre meu corpo.

- Você ainda é capaz de me ameaçar? Você é bom corajoso, mas você ao menos já descobriu quem eu sou? Vou te dar uma dica, bosque na fazenda.

- Vou acabar com você, já fiz isso uma vez e vou fazer de novo. Não tente encostar nela. – Novamente ele grita.

- Ligo mais tarde com mais notícias de sua namorada, aproveite Sebastian. – E assim ele encerra a ligação me olhando divertido.

- Tivemos uma boa conversa, não é? Não chore, não ainda. Tudo vai ficar ainda pior, deixe para chorar quando isso acontecer princesa. – Passa a mão por meu rosto e tento virar meu rosto, mas sua mão o aperta me fazendo olhar para ele. Sorri e logo depois sai da sala, minha cabeça pende para frente, me sinto fraca, fome e dor em meus braços e pernas, não aguentarei muito tempo assim.

Em algum momento em pego no sono ou desmaio, não consigo distinguir. Acordo quando mais uma vez o clarão invade a sala. Continuo com minha cabeça baixa fingindo dormir, para ver se ele volta a sair da sala, triste engano.

- Acorda, come isso. Quero que morra, mas tem que demorar algum tempo. – Seu tom irônico é visível. Continuo em silêncio. – Vou soltar você, mas sem gracinhas ou tudo ficará pior.

Assim que as correntes que prendem minhas mãos são soltas, tenho vontade de gritar de dor, meus braços andem quando os mexo. O local onde as correntes estavam tem marcas vermelhas, ele me estende um pão e água.

- Coma logo, precisamos ligar para seu namoradinho. – O copo de agua foi embora no primeira instante, minha garganta doía por tanto tempo sem algum liquido. Ele pega seu telefone quando ainda estou comendo.

- Como fez tudo isso? Como sabia que eu estava em casa?

- Você não reparou em alguns caras de olhando ultimamente? Bem, fui eu que coloquei minha querida. Agora vamos ligar para seu namoradinho. – Os homens estranhos me vem a mente, me lembro de algumas vezes os ver.

- Você provavelmente já chamou a polícia não é Sebastian? Se não fez isso eu sugiro que faça. – Ele continua com seu tom irônico.

- Sebastian não está aqui, quem fala é Paulo.

- O papai? Pois trate de acha-lo, se não colocar Sebastian na linha em 10 segundos eu desligo e mando o corpo da sua amada nora embalado para presente, agora são 5 segundos.

- Estou aqui. O que quer?

- Fazer você sofrer, eu fiquei pouco tempo naquele lugar, a justiça brasileira está do meu lado. Mas foram os piores dias da minha vida, eu apanhei muito lá dentro e você vai pagar caro por isso. – Ele me olhar com raiva.

- Você quer dinheiro? Quanto?

- Não quero seu dinheiro Sebastian, tenho o bastante. Eu quero a sua dor.

- Então me troque de lugar com ela. Você tem raiva de mim e não dela.

- Não, ela é a principal culpada disso, não deveria ter gritado tanto. Agora vai pagar juntinho com você. E então, já deu o tempo de vocês tentarem me rastrear ou preciso ficar mais? – Mas uma vez sua risada me assusta.

- Vou mandar um presente para você, ele chegara em alguns segundos, até mais Sebastian. – Ele desliga e vem em minha direção, prende meus braços novamente. Pega o telefone e o vira em minha direção. O flash ou a lanterna do telefone é ligada.

- Levante o rosto princesa, vamos gravar um vídeo para seu namorado. – Queria ser forte o suficiente para não chorar para mantê-los calmos, mas não consigo.

- Fale com ele princesa, ou será pior.

- Sebastian, me tira daqui. – Minha voz sai fraca, preciso dizer que o amo, não sei se conseguirei sair daqui viva. – Eu..eu te...

- Já chega, sinto dizer que não será possível tira-la daqui querida. Mas deixe seu namorado tentar. – A luz se apaga dando sinal que o vídeo acabou, ele se vira saindo da sala, o choro me invade por inteira, soluço alto pela dor corporal e sentimental, ele nunca me deixará sair daqui viva, ele nunca vai permitir.

Barulhos altos me acordam, consigo ouvir vozes e passos rápidos do lado de fora. Um estrondo alto ecoa pela sala, o que parece ser uma porta sendo quebrada. Então uma gritaria começa, tento aguçar meus ouvidos para ouvir o que está acontecendo.

- Onde ela está? Fala! Vou matar você. – Sebastian, sua voz chega em meus ouvidos, tento gritar mais não sai mais que um sussurro.

- Chegou tarde, acabei de mata-la. – Choro sem poder fazer nada, tento me soltar o que só me faz sentir mais dor. – E agora vou matar você.

O barulho do tiro ecoa por todos os cantos, todos os momentos que vivi com Sebastian me vêem a mente, não fui capaz de dizer que o amava e agora ele se foi.  


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