A Trégua

Capítulo 28

Olá pessoal, tudo bom? 

Eu me senti meio que na obrigação de vir falar com vocês. Em decorrência dos últimos capítulos começaram a surgir muitos comentários do tipo "Deixa ela ir com ele", "Leva ela Sebastian" e muitos outros parecidos. 

Eu sei que é o desejo de todos ver nosso casal juntinho e feliz logo, eu também quero. Mas, pensem comigo, se a Selena for agora e deixar tudo para trás ela vai estar desistindo de tudo que sofreu para conquistar(Como falado no primeiro capítulo). 

Eu não estou dizendo que isso não pode acontecer, no momento eu acho injusto com a ela, será que desistir de um sonho  para seguir outro fale a pena? Porém, eu não sei o que pode acontecer, eu realmente não faço ideia. Espero que Deus me ilumine e me mostre um final feliz rsrs. 

Não estranhem se amanhã eu fizer totalmente o contrario do que estou falando hoje. Bom, acho que é isso. Era apenas para vocês estenderem o porque dela não ir com ele agora. Mas nada é impossível, não é? 

Falei muito, desculpa ^-^ Vamos pro capítulo?? Espero que gostem. 

Fiquei horas andando pela cidade sem rumo, e encontrar Sebastian dormindo na minha porta quando cheguei foi no mínimo inesperado. Meu coração doía todas as vezes que lembrava que ele iria morar tão longe, são horas e horas de viagens e isso piorava tudo.

Seus braços ao meu redor me dão proteção, volto a pensar que daqui um tempo não os terei mais a todo momento, penso em como será complicado dormir sem ele de novo, me acostumar com isso novamente.

Amsterdam é incrível, mesmo a noite é possível ver sua beleza, o ar frio bate forte contra nossos rostos e me recosto mais em Sebastian, incapaz de ir para dentro e deixar essa imensidão de luzes para trás, o hotel é no centro e ficamos em um andar que nos permite ver grande parte da cidade.

- Vamos entrar? Estou congelando Selena.

- Vamos, também estou com frio. – Sebastian pega minha mão me levanto para dentro e indo direto para a cama, ficamos nos olhando quando deitamos e é inevitável não pensar que não poderemos ficar assim sempre, as lágrimas que se formam entregam meus pensamos, fazendo Sebastian me abraçar.

- Não pense nisso agora. – Ele diz quando enfio minha cabeça em seu pescoço. – Vamos dormir. Amanhã cedo iremos a empresa.

- Também vou?

- Claro Selena, vai conhecer tudo juntinho comigo. – Sorrio e o beijo. Meus olhos começam a pesar, e logo adormeço.

Os dias seguintes foram repletos de visitas a empresa e voltas pelas ruas movimentadas de Amsterdam, seria fácil morar em um lugar como esse, mas não podia. Um sonho que foi sonhado por anos, eu não conseguiria deixa-lo para trás, mesmo querendo muito. A empresa era incrível, as pessoas eram simpáticas e educadas.

Amanhã iriamos embora, e daqui alguns dias Sebastian voltaria para ficar, ontem houve a última reunião e ele havia assinado o contrato com a empresa, em um mês ele começaria a trilhar seu sonho. Eu ficava muito feliz por finalmente estar trilhando seu sonho, mas o aperto em meu coração não diminuía, ao contrário, ele aumentava.

- Selena, você está me escutando? – Sebastian me balança levemente.

- Desculpa, pode repetir o que disse? – Tento sorrir, estou fingindo desde o dia que viemos para cá, sei que se mostrar minha tristeza ele seria capaz de desistir de tudo e não posso deixar que faça isso, mesmo querendo.

- Perguntei se não quer andar pela cidade, amanhã tenho que ir até a empresa na parte da manhã e iremos embora a noite, é nossa ultima noite aqui.

- Claro, vou adorar. – Nos trocamos e descemos de mãos dadas, essa época no ano aqui era muito frio, e não estávamos acostumados com nada disso, apesar de adorar. A noite se mostrava iluminada, o céu repleto de estrelas. Outros casais como nós andavam ao nosso redor. Nos sentamos em um banco, na praça Rembrandtpein. O vento frio me fazia grudar ainda mais em Sebastian. Eu sentia que ele pensava a mesma coisa que eu, sobre a distancia que se estalaria entre nós, ainda não tínhamos sidos capazes de falar sobre qualquer coisa.

As horas se passaram com nós dois sentados no banco, já era tarde quando resolvemos voltar para o hotel. Enquanto andávamos uma menininha de olhos claros para em nossa frente nos sorrindo, olho em torno encontrando uma senhora de idade que também sorri. Pego a linda menininha no colo e levo até a senhora.

- Obrigada querida, crianças tem tanta energia e eu já não estou tendo mais. – A senhora nos diz.

- Eles são incansáveis mesmo, como é o nome dessa lindinha?

- Serena.

- Olha, temos apenas uma letra diferente em nossos nomes.  – Entrego a Serena sorrindo para a senhora. - Precisamos ir. -  Quando tentamos voltar a andar ela segura minha mão.

- Fique calma em relação a tudo minha querida, no fim tudo da certo. Se ainda não deu, é porque não é o fim.

- Vou levar isso comigo, obrigada. – Sorrio mesmo não entendo o porque da frase.

Ando diretamente para a sacada que vem me tirando suspiros desde o dia em que chegamos, todas as noites eu me encontro perdida por sua beleza, Sebastian sempre vem para me fazer companhia, seus braços sempre rodeiam minha cintura.

Os beijos de Sebastian descem por meu pescoço, me causando arrepios bons. Me viro para olha-lo, minhas mãos em seus cabelos e as suas em minha cintura, nossos lábios se encontram aquecendo meu corpo. Nossos corpos se grudam e ele me pega no colo andando para dentro do quarto.

Minhas costas vão de encontro a manta fofa, seus olhos não desviam dos meus, diferente de outras vezes nós não temos pressa, seus movimentos são lentos e cheios de carinho, seus beijos cobrem todo meu corpo, minha pele queima em cada parte que toca, tudo em mim está em chamas.

Não percebo quando ou como nossas roupas se vão, mas de alguma forma elas desaparecem. Nossos corpos se movimentam em sincronia. – Sebastian. – Seu nome sai de minha boca entre um gemido e outro, queria ser capaz de dizer que o amo, mas tudo se perde entre suspiros. – Selena. – Sua voz sai roca como a minha. – Quero que olhe para mim. – Fixo meu olhar no seu, e então somos um só novamente. Seus braços são o meu lugar, não a mais duvida disso.