Prólogo

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Lucas Soure era um rapaz apaixonado pela namorada. Sua vida estava perfeita, nunca estivera tão feliz, porém, sua vida espiritual estava morrendo aos poucos. O centro de sua vida tornou-se Briana.

Em um belo dia, Lucas chegou na escola na qual cursou o terceiro ano do ensino médio. Para ele era como qualquer outro dia de aula,  Lucas jamais imaginou que o rumo de sua vida mudaria tão drasticamente.

Adentrando o pátio da escola, começou a procurar seus amigos, ao avistá-los caminhou até eles.

— Bom dia, galera — cumprimentou.

— Bom dia, irmão — saudou Issac fazendo um joinha, sorrindo para o amigo.

— Fala, brother. — Tadeu ergueu as mãos e os dois fizeram um toque.

— Bom dia. —  Rômulo, o mais alto de todos responde, enquanto mexe no celular.

— Vocês viram a Briana?

Os meninos se entreolharam, fazia algumas semanas que eles descobriram que a namorada que Lucas achava ser o amor de sua vida, uma cristã exemplo, na verdade estava enganando-o.

— Acho melhor contarmos — Zac disse trocando olhares com os demais.

— Contar o que Isaac? — Lucas indagou desconfiado.

— Cara, essa garota não é o que você pensa. — Rômulo soltou. Lucas começou a odiar o rumo da conversa. Ele odiava que falassem mal de sua namorada.

— Vocês não a conhecem, nem procuram conhecer, ao menos se aproximar, agora querem falar da integridade dela? — Lucas questionou irritado ao cruzar os braços.

— Mano, acredita porque é a mais pura verdade, já vimos ela com vários garotos, ela se faz de Santa, mas é uma... — Tadeu foi interrompido pelos punhos de Lucas em seu rosto.

Desde que começou a namorar Briana, Lucas deixou de dedica-se em seu relacionamento com Deus, dedicando-se exclusivamente ao namoro. Ocasionando a perda do autocontrole, começando a agir por impulso. Abandonando os frutos do Espírito.
Os rapazes assustados e indignados, levaram Tadeu para o banheiro masculino, o qual ligou a torneira para lavar a boca suja de sangue assim que chegou.

O sangue de Lucas fervia, nem ele mesmo se reconheceu com aquele sentimento tão ruim. No entanto, não poderia ouvir falar aquelas coisas sobre Briana e ficar sem fazer nada.
Percorreu os corredores da escola, perguntando por Briana. Ao avistar Katherine, a amiga dela, inquiriu:

— Katherine, você sabe onde a Ana está? — perguntou nervoso.

— Sei, mas você não vai querer saber — respondeu começando a rir, junto com algumas pessoas que assistiam o diálogo.

A escola toda conhecia quem realmente era Briana, a jovem possuía certa fama pelos seus feitos, porém, Lucas era tão apaixonada que se fez de cego diante das evidências contra a garota.

— Do que vocês estão rindo? — disse irritado e um pouco alto demais. Os alunos continuaram os cochichos e risadinhas. Katherine respondendo a pergunta anterior do rapaz, declarou:

— Está na quadra, panacão — disse zombando do rapaz, não gostou do jeito alterado que falou com seus colegas.

Lucas ignorando o comentário, seguiu na direção indicada. Ele não percebeu, mas assim que seguiu para a quadra, Katherine e seus colegas o seguiram, todos torciam pela humilhação do rapaz.

Muitos não gostam dele por ser cristão e por ser certinho demais. Então, sentiam prazer ao imaginar a reação dele ao descobrir o que Briana estava fazendo na quadra.

Dias de quinta-feira a quadra não funcionava e alunos não podiam estar nela. Lucas se corroendo por dentro, ansiava encontrar sua amada e declarar fim a todo o mal entendido sobre ela. Ela me ama, é o que mentalizava.

Não custiu nem três minutos, ele chegou na quadra, encontrando a porta entreaberta. Lucas respirou fundo antes de abrir.

Ele abriu a porta e não viu ninguém. Percorreu a quadra até o vestuário feminino e não a encontrou; porém, no masculino seu coração foi destroçado por um martelo gigantesco sem dó nem piedade.

Briana encontrava-se de calcinha e sutiã em cima de um dos
jogadores de vôlei da escola. Quando o rapaz iria tirar o sutiã dela, Lucas gritou: — BRIANA?

Os olhos dele encheram-se de lágrimas, decepção e dor. O ódio percorreu cada canto do seu corpo.

Ela se assustou e saiu de cima do rapaz que permaneceu deitado no chão.
Briana não teve tempo de falar nada, pois os outros alunos que estavam com Katherine entraram no vestiário e começaram a gargalhar da situação, zombando de Lucas.

— Além de crente, é chifrudo. — Ketherine gargalhou alto e os demais começaram a fazer o mesmo.

Lucas saiu daquele vestiário sendo vaiado e chamado de chifrudo, corno manso, crente de meia tigela, planta, lixo, Zé ninguém, idiota, entre outras coisas. Todos riam e jogavam papel nele.

Pelo mesmo caminho que foi para a escola, voltou para casa com o coração corrompido pelo ódio e a sede de vingança.

 Sempre Foi Você 💕(concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora