Capítulo 4 - Lucas ✓

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“Ser amigo é ver no outro o que ninguém mais é capaz de ver”. — Samy Souza.

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— Ainda não acredito que você está aqui, cara você é muito doida. Foi a melhor surpresa que poderia me fazer. — Assim que me recompus do susto ao vê-la na mesa do café com meus pais a envolvo em meus braços.

Samantha é minha melhor amiga a quatro anos, ela é um pouco doidinha mas é uma boa pessoa. A mais incrível que eu conheço.

— Se você atendesse minhas ligações isso não teria acontecido — se referiu ao fato de não saber de sua vinda —, tentei fala com você, mas não me respondeu — rebate e dei de ombros fingindo não me importar.

Ela sabia meu endereço, em uma das muitas viagem nas quais trabalhamos juntos, teve uma que tivemos que passa pelo Brasil. Então conheceu meus pais e minha casa. É a única mulher que não caiu aos meus pés, sempre me tratou de forma firme e profissional, em um belo dia ela baixou a guarda e nos tornamos amigos. Ela me apresentava as mulheres e eu a ajudava com meus "amigos". Aonde íamos todos pensavam que éramos irmãos.

— Não sabia que iria tirar férias Sandy — comento. Ela revira os olhos quando a chamo assim.

— Já disse que não quero que me chame assim — diz irritada.

— Você precisa superar isso Sam. — Ela bate no meu ombro.

— Olha quem fala, Brianna. — Sorrir ao perceber que conseguiu atingir minha ferida.

Um bêbado em uma festa começou a dar em cima dela a chamando de Sandy. Sempre a chamo assim quando quero irritá-la.

Mamãe nos interrompe e pede para tomarmos café invés de ficarmos nos alfinetando. O café da manhã foi tranquilo depois disso. Em seguida, levei Sam para o quarto de hóspedes e deixei que ela descansasse. Como seu melhor amigo, apesar de sempre viver sorrindo, a conheço tão bem que seus inúmeros sorrisos não me enganam mais, sei que algo ruim está acontecendo.

Deito na cama e volto a dormi, logo as férias vão acabar e sentirei saudades de dormir tanto assim.

Acordo com batidas fortes na porta, é Samantha chamando por mim.

— Criatura me deixe dormir em paz
— grito, em seguida ponho o travesseiro no rosto.

Ela continua batendo, até que me levanto e pego um copo de água que está na mesinha perto da cama. Abro a porta e jogo a água na cabeça dela.

— Lucas Soure, isso não é real, você não fez isso — fala ficando vermelha que nem um pimentão. Respira fundo e se retira a passos firmes descendo as escadas. Me arrependo do que fiz e sigo ela até a cozinha. A mesma abre a geladeira e tira de lá um vidro cheio de catchup, percebendo minha aproximação ela fica de frente para mim com o catchup na mão.

— O que você vai fazer com isso?... Desculpa, mana exagerei na brincadeira. — pergunto e ela sorri maliciosamente antes de começar a me atingir com catchup, tento correr mas ela é mais rápida, quando piso no tapete ela o puxa me fazendo cair e pula em cima de mim. Fecho os meus olhos quando suas mãos passam por toda a região do meu rosto me sujando com catchup.

— Esqueceu que eu faço karatê, não ouse nunca mais fazer aquilo entendeu? — esbraveja assim que tirei ela de cima de mim.

— O que vocês pensam que estão fazendo, Lucas por que você está todo sujo assim? Sam por que está com os cabelos molhados minha filha? Podem arrumar agora mesmo essa bagunça e vão tomar banho. —
Mamãe faz várias perguntas, nos diz o que fazer e sai sem ao menos esperar nossas respostas.

 Sempre Foi Você 💕(concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora