Fifteen

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Subi as escadas correndo e assim que cheguei em meu quarto, eu já não era mais eu mesmo. Fechei a porta com força e comecei a destruir tudo o que aparecia em minha frente, joguei tudo o que estava na minha estante no chão, meu computador foi de encontro à parede, meu armário quebrado com socos e chutes, minhas mãos sangravam por causa dos cortes causados pelos múltiplos socos no espelho, roupas de camas rasgadas, roupas jogadas no chão, eu destruí cada canto do meu quarto.

Assim que me me acalmei e voltei a mim, me sentei na cama e observei o quarto completamente destruído. Me levantei e me sentei no chão, ao lado da caixa de primeiros socorros que eu havia derrubado e comecei a cuidar dos machucados em minhas mãos.

Eu estava prestes a chorar quando escutei que alguém já estava chorando no quarto ao lado, me levantei e fui até o quarto minhas mães, onde minha mãe ômega chorava encolhida na cama, ela não havia fechado a porta, então entrei assim que a vi, sem bater. Me sentei ao dela e ela me olhou.

— Surtou de novo? — ela perguntou enquanto tentava secar seu rosto com as costas das mãos.

— Você sabe que sim, deve ter escutado. — ela se levantou, se aproximou de mim e tocou meu rosto.

— Você sabe que a sua mãe te ama, certo?

— Você? Sim.

— Não, você me entendeu. Ela só quer que você tome jeito, ela se preocupa com você.

— Não. Ela se preocupa com você e com ele mesma, ela já desistiu de mim faz tempo. — suspirei — Ela está certa, eu tenho trazido muitos problemas a vocês.

— Talvez tendo responsabilidade sobre você mesmo, você mude um pouco.

— Se eu tiver responsabilidade sobre mim mesmo eu vou passar o resto da minha vida em um cadeia — a respondi de forma grosseira, mas me arrependi logo em seguida — Você sabe que eu não controlo isso, eu não sou assim porque eu quero, eu não sei o que fazer. Eu deveria ficar preso em uma jaula.

— Não diga isso, nós vamos conseguir mudar esse seu jeito.

— Não tem como. Nós já fomos em todos os médicos e especialistas dessa cidade inteira, eu não aguento mais escutar os médicos dizendo que eu não tenho jeito ou coisas assim.

— Talvez você precise achar um ômega que te acalme, alguém que faça você querer ter paciência — ela disse eu imediatamente me lembrei de Minhyuk, o jeito como o cheiro dele me acalmava e como eu lutei contra mim todas as vezes em que quase perdi controle durante seu cio, eu fiquei tão preocupado em cuidar dele, aproveita-lo e satisfaze-lo, que nem mesmo meu lobo me atrapalhava. Acabei dando um sorriso involuntário ao lembrar do jeitinho manhoso dele durante o cio. — Esse sorriso... Já existe alguém, não é? Me conte! — ela pediu animada e eu acabei deixando um sorriso mais largo escapar — É o menino de quem você cuidou durante o cio? Claro que é! Você mesmo disse que ele estava bem, significa que se controlou.

— Eu... eu pensei que ele gostasse de mim, mas na verdade ele só queria que alguém passasse o cio com ele, eu me iludi atoa.

— O que? Jooheon, é difícil para um ômega se entregar a alguém durante o cio. Nós ficamos vulneráveis e completamente entregues ao alfa presente, nós precisamos ter certeza de estar com alguém que não nos machucaria, se esse menino quis passar o cio com você, significa que você o passa confiança. E... levando em consideração sua fama e o seu jeito, para te ver como uma pessoa confiável, é preciso gostar muito de você.

— Mas nós nem nos conhecemos direito.

— Não existe tempo mínimo para se apaixonar, Jooheon. Você mesmo gosta dele, por que ele não poderia gostar também? Não fique zangado com ele, tente conversar e resolver isso, ele pode ser sua única saída. — ela disse enquanto acariciava meu cabelo e eu a abracei.

Monster [Joohyuk; ABO]Onde histórias criam vida. Descubra agora