Monster [Joohyuk; ABO]

Forty

Me sentei na cama e me aproximei de Minhyuk devagar, me deitando atrás dele e o abraçando. Escutei ele chorar, o que fez meu coração apertar ainda mais, dei um beijo na cabeça dele e apertei o abraço um pouco mais.

— Me desculpa, eu nunca tinha perdido a cabeça com você antes. Por favor, me desculpa. — ele não me respondeu, deixei alguns beijos em sua cabeça e depois em seu ombro — Vamos tomar café, hm? Você deve estar com fome. — Minhyuk me empurrou e se sentou na cama novamente, se afastou um pouco mais e ficou alí, me encarando com uma expressão de raiva no rosto, eu não podia negar que e o achava fofo daquele jeito, mesmo preocupado.

— Eu só queria ser seu por completo, o que tem de errado nisso?

— Não é tão simples assim.

— É claro que é!

— Não Minhyuk, não é.

— Por quê?

— A marca é a coisa muito séria Minnie, nós não sabemos como vai ser o amanhã e se eu te marcasse, não teria volta. Nós estaríamos ligados pra sempre.

— Eu decidi que queria ficar com você pra sempre desde a primeira vez que te vi.

— Não é assim que as coisas funcionam, eu quero muito passar o resto da minha vida com você, mas nós não temos certeza de nada, eu não posso te marcar.

— Você me disse que é você quem tem que decidir o que é melhor pra você, então porque a mim isso se aplica diferente? É porque eu sou inconsequente? Imaturo?

— É porque eu te amo. Eu amo você, sei as consequências que isso pode trazer e não quero que você passe por isso. Isso não é uma decisão sua Minhyuk, é nossa e eu não quero. Eu jamais faria com você, algo que você possa te machucar ou fazer você se arrepender depois, por isso eu não vou te marcar. — toquei o rosto dele e me aproximei para o dar um selar, mas ele virou o rosto, eu suspirei e me afastei — Eu não deveria ter falado aquelas coisas pra você, me desculpa. Não fique com raiva de mim bebê, por favor... — ele me olhou.

— Bebê? — perguntou ao arquear uma sobrancelha e tentar esconder um sorriso, eu assenti.

— Vem se acalmar nos braços do seu alfa, hm? — ele desviou o olhar, negou com a cabeça ainda fazendo bico e eu ri — Não seja assim, vem sentir meu cheiro um pouco, vai te fazer bem. — ele me olhou novamente e eu me deitei, o puxei pela mão e ele se deitou com metade de seu corpo em cima do meu, escondeu a cabeça no meu pescoço e se aconchegou alí, nos meus braços.

— Eu ainda estou com raiva. — ele sussurrou e eu tentei segurar a risada.

— Tudo bem.

— Você tem medo de me marcar por causa de como estão suas mães agora? — ele perguntou em um tom baixo e eu assenti.

— Eu não quero que aconteça com a gente também, não quero que se as coisas ficarem difíceis e você parar de gostar de mim, você seja obrigado a ficar por perto só por causa da marca, isso é tortura, eu não quero que você passe por isso.

— Isso não vai acontecer.

— Não tem como ter certeza.

— Eu sei que não vai.

— Então nós podemos ficar juntos e conversar sobre a marca de novo daqui a uns anos, tudo bem?

— Eu só não queria que algo nos separasse de novo.

— As coisas vão acontecer como tiver que ser. Se for pra ficarmos juntos, nós vamos ficar, não se preocupe com isso, tudo bem? — ele assentiu, deu um beijo no meu pescoço e aconchegou o rosto alí de novo, o que me fez sorrir.