Twenty-one

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Como o planejado, assim que o sinal para a saída tocou, fui até a sala de Minhyuk, o busquei e nós fomos para sua casa. O caminho foi tenso, o jeito como as pessoas olhavam para Minhyuk era... assustador. Os alfas o olhavam como se ele fosse um pedaço de carne e eles estivessem sem comer a semanas, já os ômegas o olhavam com desgosto, algo como raiva pelo efeito que ele causava em seus alfas ou somente por inveja mesmo. A única coisa na qual eu conseguia pensar, era em como ele havia passado a vida inteira lidando com isso sozinho, como devia ser difícil para um ômega viver com esse medo e essa perseguição e por quanta coisa Minhyuk já havia passado por causa de seu cheiro. Eu também tinha curiosidade em saber o porquê dele ser assim, seu cheiro normal podia ser comparado com o cheiro dos outros ômegas no cio, mas um pouco mais fraco.

Entrei na casa de Minhyuk e não consegui segurar uma risadinha baixa.

— Do que está rindo? — ele perguntou enquanto se dirigia até a cozinha e eu o segui

— Quando eu entrei aqui pela primeira vez eu estava tão desesperado... E quando saí, não estava muito diferente. — ele me deu um copo de água e se sentou em um dos bancos altos que haviam perto do balcão da cozinha.

— Me desculpa...

— O que? Pelo que?

— Por ter metido você em confusão, ter te deixado tão desesperado, imagino como deve ser horrível ter que tirar um ômega do cio de um lugar repleto de alfas...

— Só não faça mais. Quando sentir que está entrando no cio, não saia de casa — eu disse sério e ele assentiu.

— Não vai se repetir.

— Não mesmo — coloquei meu copo em cima da bancada e me aproximei de Minhyuk — Sabe por quê? — eu perguntei e ele negou com a cabeça, toquei sua coxa e o selei — Porque daqui a três meses eu estarei dentro daquele quarto com você, esperando seu cio chegar — toquei o rosto dele e ele fechou os olhos devagar — Você nunca mais vai sofrer no seu cio e também não vai se sentir em perigo toda vez que andar na rua, porque que não vou mais sair do seu lado — ele abriu os olhos devagar e sorriu

— A melhor coisa que eu já fiz na minha vida, foi ter me aproximado de você — toquei a cintura dele e ele grunhiu, o olhei e levantei um pouco sua camisa, vi que havia deixado uma mancha roxa de cada lado de sua cintura ao aperta-la mais cedo.

— Dói? — ele negou com a cabeça e eu arqueei uma das sobrancelhas

— Um pouco. — segurei a barra da camisa dele e a puxei para cima devagar, ele levantou os braços e eu a retirei, deslizei meus dedos levemente pelas manchas roxas e depois os deslizei para cima, até chegar em seus ombros e depois desci por seus braços, ele já havia ficado todo arrepiado e estava com os olhos fechados, apenas aproveitando e sentindo meu toques.

— Eu vou te compensar por isso, ta bom? — eu sussurrei com meus lábios rentes ao ele dele e ele assentiu, o selei, segurei sua mão e o puxei devagar até seu quarto, cômodo esse que eu já conhecia perfeitamente.

Adentramos o quarto e eu o guiei até a cama, o deitei na mesma devagar e ele parecia nervoso, mas confiava em mim, por mais estranho que isso pareça. Subi na cama e fiquei de gatinhas sobre ele.

— Se eu começar a perder o controle...

— Você não vai perder o controle Jooheon, vai ficar tudo bem.

— Você realmente quer continuar com isso depois do que aconteceu no terraço?

— Sim. — eu estava nitidamente nervoso, eu havia reagido bem a ele durante seu cio, mas depois do que ocorreu no terraço, voltei a duvidar de mim — Tem um lenço...

— O que?

— Na primeira gaveta do armário, tem um lenço. Se você está tão inseguro e com medo de me marcar, amarre lenço no meu pescoço.

— Não vai te incomodar?

— Apenas... faça.

Monster [Joohyuk; ABO]Onde histórias criam vida. Descubra agora