Thirty-nine

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Eu acordei uns trinta minutos mais cedo do que Minhyuk e fiquei alí, deitado ao lado dele, apenas o admirando enquanto ele dormia. Quando acordou, abriu os olhos devagar e sorriu ao me ver, o que me fez sorrir também.

— Bom dia. — desejei e ele a abriu um sorriso mais largo enquanto se aproximava de mim, me deu um selar demorado e se sentou na cama.

— Bom dia. — ele começou a ajeitar o cabelo e eu o puxei pela cintura, fazendo com que ele se deitasse novamente, ele gargalhou e eu o abracei — Quer faltar aula hoje?

— Eu não posso, faltas vão me prejudicar, ainda mais agora que minha mãe vai me deixar por conta própria.

— Você nunca falta e precisa organizar sua casa, um dia não vai te prejudicar tanto.

— Seus pais não vão reclamar? — ele negou com a cabeça.

— Eles já foram trabalhar a essa hora. — eu não o respondi, apenas continuei o encarando, ele me selou e começou a acariciar meu rosto — Eu te amo. — eu sorri e me aproximei um pouco mais.

— Eu também te amo, muito.

— Me desculpa por ter terminado com você e por te trazer tanto problema.

— Está tudo bem, você não precisa se preocupar com isso e muito menos se desculpar. Eu já disse que não me importo com problema algum.

— Eu não queria te prejudicar, nós nem nos conhecemos a muito tempo e eu já compliquei muito você.

— Para com isso, eu gosto de cuidar de você. Eu já disse que não quero que você se preocupe com isso. — ele suspirou e desviou o olhar.

— Jooheon, eu posso te pedir uma coisa?

— Claro que sim. — ele contorceu os lábios e me encarou — O que foi?

— Me marca?

— O que? Claro que não. Você enlouqueceu de vez? — eu disse rápido e me afastei um pouco.

— Por que não?

— Minhyuk, nós somos muito novos pra isso.

— E daí? Nós nos amamos.

— Amor não basta.

— O que? É claro que basta.

— Não importa Minhyuk, eu não vou marcar você. — eu disse me um tom mais alto, me afastei ainda mais e me levantei, peguei minha cueca no chão e comecei a me vestir.

— Eu não entendo você. — ele me respondeu no mesmo tom e se sentou na cama — Você diz que me ama, que quer ficar comigo, que gosta de cuidar de mim, mas não quer me marcar?

— Como você consegue ser mais inconsequente do que eu?

— Ah, agora você vai me chamar de inconsequente?

— Você acha que pode decidir uma coisa tão importante quanto uma marca, mas sequer tem maturidade pra ser contrariado. Como quer ficar preso em mim pelo resto da vida assim? — eu disse em um tom muito mais alto e ignorante do que eu gostaria. Minhyuk não me respondeu, apenas me encarou incrédulo e furioso por alguns segundos antes de virar de costas para mim, se deitar na cama e se encolher alí. Um sentimento de culpa tomou conta do meu peito e eu logo me condenei mentalmente pelo que havia dito.

Monster [Joohyuk; ABO]Onde histórias criam vida. Descubra agora