Monster [Joohyuk; ABO]

Twenty-three

Quando acordei no dia seguinte, Minhyuk ainda dormia, abraçado com meu tronco e sua cabeça deitada em meu peito, ele parecia relaxado, como se não dormisse direito a dias, e assim como eu teve a primeira noite calma e bem dormida em muito tempo. Acariciei o rosto dele e tentei tomar coragem para acorda-lo, eu não podia faltar aula ou me atrasar, já que minha fama naquela escola já não era das melhores, eu deveria pelo menos fingir ser um bom aluno.

— Minnie... — eu o chamei em um sussurro — Acorda — dei uma leve e delicada balançada nele e ele logo acordou devagar, abriu os olhos e se espreguiçou.

— Bom dia... — sua voz baixa que quase não saiu, seu rosto levemente inchado por ter acabado de acordar e os olhos quase fechados tentando se manter abertos, aquela era a cena mais fofa e bonita que eu já havia visto.

— Bom dia. — ele se sentou na cama e me olhou.

— Vou tomar meu banho primeiro e aí preparo algo pra gente comer enquanto você estiver no seu, tudo bem? — eu assenti e ele se levantou.

Minhyuk não demorou muito no banho, enquanto ele estava lá, apenas observei o quarto. Ele saiu do banheiro já de uniforme, com um lenço de uma das cores da blusa, azul escuro, em seu pescoço.

— Gostou? Esse combina com o uniforme — ele disse sorrindo e eu me aproximei.

— Me desculpa por você ter que fazer isso...

— Não precisa se desculpar, a ideia foi minha. Meu pai é dono de uma loja de tecidos e me deu esses lenços porque acha eles bonitos, vai ficar feliz em saber que eu estou usando — eu o dei um selar demorado e ele sorriu — Vá tomar seu banho — ele disse e eu assenti, peguei meu uniforme e entrei no banheiro.

Eu também não demorei muito no banho e assim que saí, senti um cheiro ótimo de café, fazia muito tempo que eu não sentia um cheiro assim, já que o mãe alfa tomava café fora e minha mãe ômega não gostava. Saí do quarto e segui o cheiro até a cozinha, Minhyuk estava colocando uma garrafa térmica na mesa, onde havia bolo e pães.

— Você gosta? — ele perguntou apontando para o bolo e eu assenti — Meu pai e eu fizemos juntos, ele gosta muito de cozinhar e me ensina algumas coisas...

— Faz muito tempo que eu não como um bolo caseiro...

— Espero que você goste! — ele disse em um tom animado enquanto se sentava, me sentei do outro lado da mesa, na frente dele, pensei em sentar ao seu lado, mas em sua frente poderia o ver melhor.

Passar o dia con Minhyuk, vê-lo acordar e tomar café da manhã com ele, era como se fôssemos um casal normal, pela primeira vez eu estava vivendo a vida que eu sempre sonhei em ter, e sempre achei que seria impossível para alguém como eu.

— O que foi? — ele perguntou e eu sequer reparei que o encarava.

— Nada...

— Você está sorrindo que nem um bobo.

— Minhyuk...

— Sim?

— Está cedo pra dizer que te amo?