Monster [Joohyuk; ABO]

Seven

— O que? Não! Você não pode fazer essas coisas, vai acabar se metendo eu outra situação como a que estava a minutos atrás.

— Você me ajudou, hoje e ontem, sinta como agradecimento, eu confio em você.

— Você claramente não sabe das notícias que rolam por aí...

— Do seu cio com o tal de Changkyun? Foi a primeira coisa que escutei quando cheguei aqui, mas mesmo assim, você me passa confiança, eu não acredito que você seja capaz de me fazer algum mal.

— Não são boatos, tudo o que falaram realmente aconteceu. Você não pode confia em mim, eu posso ser perigoso. — ele não me respondeu, apenas revirou os olhos e se aproximou mais, jogou sua cabeça para trás, um pouco inclinada para o lado e passou os dedos por seu pescoço

— Ele fica ainda mais forte por aqui. — lutar contra mim mesmo já estava se tornando impossível — Eu sei que você quer, eu quero agradecer e isso é o máximo que posso fazer por você. — eu me afastei e levantei a gola da minha blusa até meu nariz, comecei a me forçar a sentir meu próprio cheiro e tentar resistir ao de Minhyuk — O que? Ninguém... Ninguém nunca havia rejeitado sentir isso antes, até mesmo os ômegas tem essa vontade.

— Eu já disse que posso ser perigoso, eu não te colocaria nesse risco.

— Você...

— O que?

— Você é uma ótima pessoa. — ele sorriu e andou até a porta.

— Espera, onde você vai?

— A aula já vai começar.

— Sua blusa está rasgada e o seu cheiro... Você pode se meter em mais confusão.

— E o que você quer que eu faça? — eu tirei meu casaco e me aproximei, o coloquei em suas costas e ele parecia surpreso — O que é isso?

— Talvez se você estiver com algo que tenha cheiro de um alfa, você se torne pelo menos um pouco menos desejável ou sei lá, talvez alguns te respeitem mais, talvez não funcione, ainda mais pelo seu cheiro ser tão forte, mas não custa nada tentar, né? — eu disse e ele sorriu.

— Obrigado Jooheon, mais uma vez, muito obrigado.

— Não precisa agradecer. — ele sorriu novamente e se virou para sair do terraço, mas eu segurei seu pulso e então ele voltou a me olhar — Você tem mesmo que ir? Digo, nós podemos ficar aqui conversando... — eu disse e ele sorriu.

— Tudo bem.

Ele aceitou, nós matamos as últimas aulas juntos enquanto conversávamos sobre coisas aleatórias. Eu me recusei a ficar perto dele, nós conversamos com alguns metros de distância. Mesmo não tão perto, o cheiro dele me deixava maluco, eu daria tudo para poder agarra-lo alí mesmo, mas eu jamais faria algo assim, não do nada, não podendo fazê-lo algum mal.

Cada minuto que eu passava com Minhyuk faziam com que eu me interessasse ainda mais. Nós não tinhamos muita coisa em comum, mas mesmo assim, parecíamos ter sido feitos um para o outro, nossa conversa fluía tão bem que nós sequer percebiamos as horas passarem.