Ten

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Eu fiquei tão surpreso, que não consegui dizer nada. Tentei segurar a respiração e não sentir seu cheiro, tentei resistir à vontade de beija-lo, pois eu não sabia que fim isso levaria, eu não sabia até onde eu conseguiria manter minha sanidade. Não respondi nada, eu não consegui, eu queria que ele fosse meu, isso era tudo o que eu mais queria naquele momento, mas o medo que eu tinha de mim mesmo, me deixava hesitante.

— V-Você não... quer? — ele perguntou e abaixou a cabeça, soltando minha mão logo depois — Primeiro você rejeita me cheirar e agora isso... — ele deu uma risadinha forçada, claramente na intenção de mascarar sua tristeza — Tudo bem, eu acho que me precipitei um pouco. — eu não sabia o que dizer, eu queria ele, mas não queria fazê-lo mal. Olhei seu rosto aparentemente triste e aquilo fez com que eu chegasse ao meu limite.

Minhyuk se virou para ir embora, mas eu o puxei pela cintura e o beijei.  Nosso beijo era lento, era com ose nós nos encaixassemos perfeitamente. Abracei a cintura dele, colando ainda mais nossos corpos e ele abraçou meu pescoço, comecei a apalpar seu corpo.

Não era só o cheiro de Minhyuk que era bom e viciante, seu beijo conseguia ser tão bom quanto.

Eu sentia como se o cheiro dele invadisse minha mente, então eu logo comecei a sentir que estava prestes a me excitar e o interrompi. Eu não queria levar aquele beijo para além do que deveria ser, não podia me deixar perder o controle.

Olhei para Minhyuk e seus olhos ainda estavam fechados, seus lábios estavam entreabertos e suas mãos já haviam descido para o meu peito.

— Você conseguiu parar — ele disse com uma voz suave, abriu os olhos devagar — Viu? Eu sei que posso confiar você. — ele sorriu e eu acabei por sorrir também. Minhyuk me passava tanta confiança, que eu estava começando a me sentir confiante também — Isso... Isso significa um sim? Digo, pro que eu disse, é... — ele parou de dizer assim que passei meu polegar lo seu lábio inferior.

— Meu ômega. — ele deu o sorriso mais lindo que eu já havia visto até então e me abraçou, ele parecia aliviado. Minhyuk sofria com seu cheiro exagerado, era nítido que ele não aguentava mais suas condições e precisava que alguém o protegesse e o mimasse, ele precisava que alguém cuidasse dele, e eu estava disposto a ser esse alguém.

Senti o cheiro de Minhyuk ficar ainda mais forte e doce, fazendo com que eu ficasse um pouco desnorteado. Minhyuk tremia um pouco e fraquejou em meus braços, ele teria caído se eu não o segurasse. Seu corpo estava quente, ele soava e seu membro estava duro e marcado pela calça.

Minhyuk havia entrado no cio, com seu cheiro absurdamente forte, nos braços de um alfa incapaz de controlar seu próprio lobo até mesmo em momentos normais.

Comecei a segurar a respiração pelo tempo que eu conseguia, quando chegava ao meu limite, soltava o ar, puxca pela boca pe prendia novamente, para evitar sentir sentir o cheiro de Minhyuk e conseguir me manter controlado.

Nós precisavamos sair dalí o quanto antes, eu já sabia onde Minhyuk morava, então sabia para onde ir, o problema era chegar lá.

Peguei Minhyuk no colo e continuei tentando prender a respiração enquanto descia as escadas do terraço. Quando cheguei até os corredores, fiquei aliviado por ver que estavam vazios, pois todos os alunos estavam já estavam em aula. Comecei a correr em direção à saída enquanto Minhyuk piorava minha situação ao distribuir beijos, mordiscadas e até chupões em meu pescoço e apalpava todas as partes do meu corpo que conseguia alcançar, ao mesmo tempo em que gemia de dor próximo ao meu ouvido. Céus, eu estava prestes a ficar maluco.

Escutei portas se abrindo de forma agressiva e torço para que não fosse o que eu imaginava, olhei para trás e vi que sim. O cheiro de Minhyuk chamou atenção dos alfas que estavam na sala e claro, eles foram atrás dele. Aumentei a velocidade em que corria até a saída enquanto era perseguido por cerca de uns quarenta, cinquenta ou até mais alfas.

Cheguei até a porta da escola e tive a surpresa mais desagradável que eu poderia ter naquele momento: como estávamos em horário de aula, as portas estavam trancadas.

Coloquei Minhyuk no chão e comecei a olhar ao redor, na intenção de encontrar alguma saída, mas não havia nenhuma. Segurei meu cabelo para trás e senti o desespero e a raiva tomar conta mim, eu não sabia o que fazer, eu sentia como se meu coração fosse sair pela boca. Arrisquei olhar para trás e vi que todos aqueles alfas estavam parados a apenas uns dois ou três metros de distância de nós, rosnando e se preparando para avançar, o que me deixou ainda mais desesperado. Olhei para Minhyuk  agoniado, gemendo de dor e se contorcendo no chão e senti o mesmo que sentia quando tinha vontade de gritar ou agredir algo ou alguém, senti meu lobo tentando tomar conta da situação e não consegui ver outra opção a não ser deixar que ele me transformasse no monstro que eu tanto evitava deixar aparecer.

Monster [Joohyuk; ABO]Onde histórias criam vida. Descubra agora