Monster [Joohyuk; ABO]

Twenty-six

Após nossa conversa, nós quatro ficamos em silêncio. O clima ficou tenso, então nós apenas mexemos no celular ou ficamos olhando para o nada. Assim que o sinal para voltarmos às aulas tocou, me levantei com Minhyuk e andei com ele até sua sala.

— Seus amigos são... legais.

— Legais? Você gostou deles? Não acho que a situação tenha sido boa, eu imaginava algo diferente.

— Eu não culpo o ômega, eu faria o mesmo no lugar dele, por mais que o alfa o ame, meu cheiro o atrai, me ter por perto pode ser perigoso para a relação dos dois, eu não o culpo.

— Pensando por esse lado, é compreensível... Mas o Shownu se controlou bem, não pareceu ter sido tão atingido pelo cheiro...

— No início deu pra ver que ele teve que ser bem forte, talvez se seu ômega não estivesse alí, ele poderia não ter conseguido se conter. Quando o alfa consegue se controlar ao sentir meu cheiro, ele meio que se acostuma um pouco depois de um tempo, o meu cheiro não continua sendo tão absurdo pra eles.

— Isso é sério? — ele assentiu

— O problema é que são poucas as situações em que eles tentam. — eu assenti e nós ficamos uns vinte segundos em silêncio — Sabe... Jooheon?

— Sim?

— Eu escutei muitas coisas sobre você quando cheguei aqui, principalmente sobre o que aconteceu com Changkyun... — ele começou a dizer e eu gelei, não estava gostando do rumo daquela conversa — Mas, eu nunca soube como era a relação de vocês dois, digo, pra ele aceitar passar o cio com você, ele... ele devia gostar muito de você, certo?

— Na verdade, não muito. Ele tentava gostar de mim, mas mesmo assim ele tinha medo.

— Se ele tinha medo, por que tentava algo com você?

— Porque ele tinha pena de mim, assim como Shownu. Changkyun sempre foi uma pessoa boa e caridosa, ele via como as pessoas me tratavam e tentava fazer com que eu não ficasse mal, quando meu cio estava chegando e eu o contei porque tenho tanto pavor, ele sentiu ainda mais pena e disse que me ajudaria. Ele não gostava de como me tratavam e depois do cio, confirmou tudo o que os outros falavam e... começou a me julgar também. — nós chegamos na sala dele, ele se virou para mim e me selou

— Você não é o que dizem por aí, Jooheonie. — eu sorri e ajeitei a franja dele — Eu... posso te fazer outra pergunta?

— Não acha que está me interrogando muito, rapaz? — eu perguntei em um tom brincalhão e ele riu — Tudo bem, mas a última, tenho que ir para a minha sala.

— Jooheon...

— Pode falar

— Quando o seu cio vai chegar?