Fifity-Two

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Uma semana depois.

Abri os olhos devagar ao acordar, respirei fundo e me virei hesitante, eu estava com medo de ver Minhyuk, sabia que haviam chances de ter dado tudo certo, mas sabia também que o ocorrido dos meus últimos dois cios poderia se repetir, era isso que me desesperava.

Quando me virei e olhei para o lado, não encontrei Minhyuk alí, o que me deixou ainda mais nervoso. Me sentei na cama e pude ver um pouco de sangue no chão, me levantei rapidamente e então escutei a porta abrir.

— Você já acordou... — Minhyuk disse em um tom doce e calmo e eu o olhei.

— Minnie?

— Eu fui buscar algo pra você comer quando acordasse, não consegui te fazer comer ontem a noite e imaginei que você acordaria com fome. — explicou ao colocar a bandeja que segurava em cima do roupeiro.

— Você está bem?

— Claro que sim. — ele sorriu e se aproximou.

— O sangue no chão...

— Ah, tem um parafuso solto na cama, temos que resolver isso, eu acabei me cortando e esqueci de limpar, mas não foi nada demais. — suspirei aliviado e o abracei — O que foi?

— Você me assustou. — comecei a chorar de repente e Minhyuk apertou o abraço — Você está bem mesmo?

— Claro que sim. — ele se afastou um pouco, me selou e me olhou — Você foi incrível.

— Finalmente acabou? — falei sentindo meu choro se intensificar e percebi que os olhos alheios também se encheram de lágrimas, ele tocou meu rosto e assentiu.

— Sim — ele disse e me selou — Está tudo bem agora.

— Eu estou tão aliviado... — o abracei novamente e ele apertou o abraço.

— Eu sei, eu também. — suas mãos deslizaram até minha nuca e ele acariciou os fios da mesma, se afastou novamente e me olhou — Eu nunca mais vou deixar você passar o cio sozinho, você nunca mais vai passar por aquilo. — sorri sem mostrar os dentes e ele me retribuiu com um sorriso largo.

— Eu amo você. — eu sussurrei e ele me beijou. Foi um beijo rápido, porém calmo e apaixonado. Nós afastamos nossos lábios e então encostamos nossas testas.

— Eu também amo você. — sorri em resposta e ele me selou.

— Se arrume, quero te levar em um lugar.

— O que? Agora? Mas já está de noite, não quer terminar de pôr seu sono em dia e me levar amanhã?

— Não, eu quero ir agora.

— Eu não vou deixar você sair sem ao menos comer. — ele cruzou os braços e ri.

— Sim senhor. — ele riu também e eu o beijei.

Nós comemos e então nos arrumamos, não muito, apenas colocamos uma calça confortável e uma blusa. Levei Minhyuk para onde eu queria, a casa das minhas mães. Assim que chegamos, tocamos a campainha duas vezes, até que a porta foi aberta pela minha mãe ômega, que estava muito bem arrumada.

— Jooheon... — ela falou sorrindo e eu a abracei. Nós entramos na casa e eu logo avistei minha mãe alfa descendo as escadas.

— O que aconteceu? — ela perguntou.

— Gente, esse aqui é o Minhyuk. — falei e olhei para o ômega ao meu lado —  Minhyuk, essas são minhas mães.

— É um prazer. — ele falou sorrindo.

— O Jooheon me falou sobre você. — a ômega disse, me deixando sem graça.

— Espera, você não é o garoto do hospital? — Minhyuk assentiu devagar e me olhou — O que? Jooheon por que ele está marcado? Você marcou ele? Qual é o seu problema? Vocês são novos demais pra isso e depois do que você fez, você não podia ter o marcado, agora...

— Eu estou bem. — meu ômega falou, a interrompendo — Eu passei o cio do Jooheon com ele e fiquei bem, ele cuida de mim e a melhor coisa que eu fiz foi permitir que ele me marcasse.

— Você não machucou ele? — ela me perguntou e eu neguei com a cabeça — Como você conseguiu resolver aquilo? Nós já tentamos de tudo.

— É uma longa história...

— Nós queremos escutar, eu vou cancelar a reserva no restaurante e...

— Não, não precisam fazer isso. Se vocês nos deixarem dormir aqui, amanhã nós almoçamos juntos e eu explico tudo, não quero atrapalhar a noite de vocês. — minha mãe ômega me deu um abraço apertado e eu retribuí.

— Eu sabia que você só precisava de um ômega especial pra te acalmar. — ela sussurrou no meu ouvido antes de se afastar e eu dei um sorriso largo.

As duas foram embora e então eu levei Minhyuk para o meu quarto. O puxei pela cintura após fechar a porta e ele riu, surpreso pelo movimento repentino.

○●○

Esse foi o penúltimo capítulo a, vou postar o último amanhã e o especial junto com os das outras fanfics!

Espero que tenham gostado...

Monster [Joohyuk; ABO]Onde histórias criam vida. Descubra agora