Cheguei em casa de quase sete horas da noite, a luz da sala estava acesa, então fui pela porta dos fundos. Quando entrei encontrei Sebastian na cozinha, ele me deu um sorriso e estendeu os braços para mim, fui até ele e me encaixei naquele abraço tão familiar e aconchegante.
- Feliz aniversário, minha menina.
Ele me deu um beijo na testa.
- Obrigada, pai.
Ele se afastou e me entregou um embrulho, uma caixinha pequena, com um papel de presente lindo.
- Você saiu tão cedo que nem deu para lhe dar parabéns de manhã.
- Eu quis aproveitar a manhã e fui caminhando para escola.
- E agora de tarde?
- Eu fui passear.
- Que bom. Queria ter aproveitado o dia com você.
- Esse abraço era tudo que eu precisava hoje.
- Você é um anjo, Kate. Não vai abrir? - perguntou ele apontando para o presente em minhas mãos.
- Ah sim.
Abri com o maior cuidado para não estragar o embrulho. Tinha uma caixa delicada preta, eu a abri e lá tinha um colar lindo com meu nome, uma pulseira e um anel.
- Que lindo pai! Obrigada!
Eu o abracei.
- Deixe eu colocar.
Eu me virei e levantei meu cabelo.
- Ficou perfeito. - disse ele satisfeito ao ver o colar pendurado em meu pescoço.
- Não devia ter se incomodado, pai, eu já ficaria muito feliz só com o abraço.
- Você merece muito mais, Kate. Muito mais.
Sorri encabulada para ele que me retribuiu com um sorriso caloroso.
- Eu te amo, pai.
Ele me deu outro abraço e beijou o topo da minha cabeça.
- Também a amo muito. Espero que saiba disso.
- Eu sei.
Conversei mais um pouco com meu pai e depois fui para meu quarto, fiquei repassando a tarde maravilhosa que tive com Diego, me permiti apenas naquela noite lembrar de forma carinhosa, depois faria o possível para esquecer, minha amiga estava certa, eu não podia cometer o erro de me apaixonar por Diego. Não podia.
Ouvi passos descendo a escada, e logo a figura do meu irmão, sorridente, surgiu.
Ele correu e pulou em cima da minha cama - em cima de mim - e me apertou em seus braços.
- Feliz aniversário!!! - disse ele ainda me amassando com seu peso.
- Obrigada! Você está me amassando! - falei rindo. Eu o empurrei e ele caiu deitado de costas ao meu lado.
- Ainda falta o abraço, leu minha carta?
- Sim, eu li. E amei! Lembrei de todas às vezes que você ficou de castigo no quarto, e eu ia e colocava uma carta por baixo da porta para te contar tudo que estava acontecendo durante o dia.
- Você é uma narradora excelente. Parecia que eu mesmo tinha visto as cenas.
Ele pegou minha mão e entrelaçou seus dedos nos meus.
Estávamos olhando para o teto - que eu tinha transformando em uma constelação com tintas e glitter.
- Eu te amo muito, Caí.
- Também te amo muito, Kate.
Virei o rosto para olhá-lo.
- Como foi a festa da sua sogra?
- Legal. Mas não é o estilo de festa que gosto. Gente falando baixo, músicas clássicas, gente com nariz empinado, enfim, o que salvaram a festa para mim foi está com Tati e a quantidade de comida. - eu ri - E seu dia, aonde foi?
- No Central Parque, foi muito bom. Foi ótimo. - só não mencionaria com quem fui - E aonde vamos domingo?
- É surpresa.
- Vai mesmo deixar sua irmã curiosa?
- Ah vou, vou sim.
Dei um tapinha nele.
Ficamos conversando por horas, sobre nossa infância, sonhos, medos, rimos muito. Eu amava nossas conversas aleatórias. Amava está com meu irmão. E foi assim, conversando que acabamos adormecendo.
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Uma Chance para Recomeçar
RomanceA felicidade nunca caminhou lado a lado com Katherina Thomson, ela podia dizer que sua infelicidade começou quando foi abandonada pela mãe. A sorte também não parecia simpatizar muito com ela, era criada pelo pai e uma madrasta que a odiava. O mundo...