Capítulo 2

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Para as amiguinhas que esquecem de votar no final do capítulo, por favor cliquem na estrelinha ⭐ agora.

Eduardo

Agora estou em minha cama tentando dormir e sei que será quase impossível. Não consigo parar de pensar no dia de hoje, não sabia que Manuella Alencar havia voltado.

Sempre achei ela linda, com aquela boca de lábios carnudos, que parecem ser muito apetitosos. “Ah como eu quero beijar aqueles lábios”, queria saber se são tão doces quanto parecem. Ela é pequena, não deve nem chegar a bater o topo da cabeça no meu queixo. Quando ela era mais nova era gordinha, me lembro que na quarta série bati em dois garotos que fizeram ela chorar, zombaram e xingaram ela de várias coisas que não quero nem repetir. Sempre teve cabelos compridos e castanhos claro e olhos grandes cor de mel, com alguns pontinhos marrom. Agora ela está linda demais, cresceu um pouco, mais não muito, emagreceu e desenvolveu curvas. Seus seios são fartos, apesar da camiseta do uniforme da para perceber. Linda, perfeita.

Sempre foi apaixonado por Manuella, mas ninguém nunca soube.

Hoje quando esbarrei com ela no corredor, fiquei sem reação, não sabia o que fazer e nem como agir, estava meio que hipnotizado com aqueles olhos tão lindos e expressivos. E aí quando à vi de novo na cantina, não me aguentei e fui falar com ela. Eu sabia que ela tinha passado o último ano em São Paulo, para um tratamento de saúde que a mãe, Dona Helena teria que fazer, mulher linda, a filha com toda certeza herdou a beleza da mãe, o mesmo tom de cabelos e olhos.

Nunca pensei em me arriscar, contando a alguém sobre meus sentimentos, nem mesmo nunca deixei que Manuella percebesse que eu sempre a observava de longe. Sempre tive medo de ser rejeitado por ela, devido a essa confusão dos nossos antepassados. Mas quando sem querer esbarrei nela, vi um brilhos em seus olhos, aquele brilho em seu olhar não eram de raiva e nem eram de medo, eram de surpresa é claro, mas posso jurar que tinha algo a mais. Por isso criei coragem e me dirigi a ela no refeitório, precisava garantir que esse sentimento que eu nutria por ela a tanto tempo, não era só da minha parte. E agora eu tenho certeza.

Quando cheguei perto dela, senti sua respiração acelerar, seus olhos brilharam e dilataram, a vi engolir em seco várias vezes.

Acho que não estou enganado, ela tem sentimentos por mim, pode parecer idiotice, mas era assim que minha irmã olhava o cara que se dizia apaixonada o ano passado.

É isso, amanhã eu vou tentar me aproximar de novo e vou descobrir se existe algum sentimento dela por mim.

Depois de um tempo o cansaço e o sono me vencem e acabo dormindo.

***

De manhã acordo com minha mãe me chamando como faz todos os dias. Já disse a ela que não é necessário me acordar, que posso colocar o celular pra despertar, mas ela disse que precisa ver seus filhos logo que acorda, pra ter certeza de que seu dia será maravilhoso. Ela é uma mãe muito carinhosa e dedicada. Às vezes até demais.

-Bom dia, meu querido! Dormiu bem? _Todos os dias é a mesma coisa,  já até me acostumei.

-Bom dia mãe! Demorei um pouco a pegar no sono, mas quando consegui dormi muito bem.

Me arrependo na mesmo hora que falei, por que ela me olha com preocupação e tenho certeza que vai me encher de perguntas.

-Mas porque? Está com algum problema? O que está te preocupando querido, é a faculdade? Esse ano você vai levar a sério os estudos, não vai? Não quero que repita de ano de novo. Você sempre foi tão estudioso, sempre tirou boas notas, não entendo o que aconteceu com você o ano passado.

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