Capítulo 15

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Eduardo

Fiquei desesperado quando soube do acidente de Manuella. Não me importei com o que iriam dizer, ou o que iriam pensar e fui ao hospital.

Quando chego lá, vejo que estão na sala de espera os pais dela, Júnior, Marisa e Michell. Fico de longe, afastado de todos só observando, percebo que Dona Helena está muito nervosa e que Seu Antônio tenta acalmá-la, à abraçando e dizendo algo que somente eles podem ouvir. Júnior está ao telefone, visivelmente nervoso, falando com alguém. Marisa e Michell estão sentados de mãos dadas aparentemente rezando.

Meu nervosismo só aumenta a cada minuto sem ter notícias. Chegam ao hospital duas colegas que eram da classe de Manuella e logo que me vêem se aproximam.

-Oi Edu, ficamos sabendo do atropelamento agora e corremos pra cá para saber como ela está. Já falaram alguma coisa? Ela está bem? _Tento parecer um pouco indiferente e aponto em direção aos pais dela, sugerindo perguntar a eles.

-Os pais de Manuella estão bem ali, por que não vamos lá perguntar? _Nos aproximamos e Júnior que está visivelmente mais alterado já me encara todo arredio. Não falo nada, apenas me aproximo junto com as meninas que pra falar a verdade nem me lembro seus nomes. Uma delas resolve falar:

-Oi boa tarde, somos colegas da escola de Manu, ficamos sabendo do acidente e viemos saber como ela está? _Continuo calado, mas me mantenho perto. Dona Helena, muito carinhosamente, vem até nós, dá um abraço em cada um, inclusive em mim e quando vai falar, Júnior resolve me questionar.

-O que faz aqui Eduardo? Veio terminar o serviço? _O encaro, pronto para revidar com um soco, mas Michell me segura e cochicha em meu ouvido para não falar nada, pois ele está muito nervoso. Concordo com a cabeça e ele me solta.

-Ainda estamos aguardando noticias, muito obrigada por terem vindo, viu? _Diz Dona Helena, repreendendo Júnior com o olhar.

-Alguém sabe o que aconteceu ou viu alguma coisa? _Pergunto diretamente a Dona Helena.

-Nós estávamos saindo da lanchonete, Manuella saiu na frente porque passou mal devido ao cheiro dos lanches, enquanto eu fui pegar uma casquinha. Foi tudo muito rápido, quando eu saí só vi uma moto preta parada, com o motoqueiro olhando para trás e aí depois ele arrancou a toda velocidade. Olhei na direção em que ele olhava e só então percebi que era Manu quem estava jogada e já desacordada no chão. _Marisa responde muita nervosa.

-Você conseguiu ver quem era o piloto, sabe qual o modelo ou a placa da moto? _Pergunto a ela.

-Qual seu interesse nisso Eduardo? Se você quer saber, o primeiro suspeito pra mim é você e seu pai. _Tento atacar Júnior por estar me acusando injustamente, mas Michell me segura mais uma vez, enquanto Seu Antônio segura Júnior.

-Júnior você não deve fazer acusações dessa maneira, a polícia já está investigando, não podemos fazer com eles o mesmo que fizeram com meu pai. Pode ter sido realmente um acidente. Vamos esperar o resultado das investigações. _Diz o pai de Manu, aparentemente o mais calmo de todos aqui.

-Seu Antônio, eu juro para o senhor que eu não tenho nada a ver com esse atropelamento. Esse problema entre nossas famílias é passado e não vejo nenhum motivo para hoje em dia vivemos com essas desavenças. _Digo.

-Concordo com você Eduardo, por mim já teríamos acabado com isso a muito tempo, mas sei pai não pensa da mesma forma. Mesmo assim agradeço sua preocupação com minha filha. _Ele me dá dois tapinhas no ombro e vai até sua esposa, beija sua cabeça e a abraça.

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