Acordei com dores no pescoço e nas costa.
Já estava atrasado, tomei um banho rápido e depois me lembrei dos outros e percebi que eles ainda não tinham acordado, então fui acordando todos eles e todos disseram a mesma coisa:
" Estou com sono, hoje não vou a escola"Todos estavam mal.
Isso é que dá sair a noite quando sabes bem que no dia seguinte tem aula.
Cheguei 30 minutos atrasado, corri em direção a sala e por sorte o professor desse tempo ainda não tinha chegado.
Olhei em volta e percebi que a Brenda não estava presente, o que era estranho.
Não demorou muito para o professor chegar e começar a aula.
Tinha acabado de tocar o sino da saída, estava a deixar a sala quando sou parado por quem mais e por quem menos? a Ariana.
O que me surpreendeu completamente.
— Wesley, eu sei que não sou muito amigável contigo, porém preciso te pedir uma coisa, quero te pedir para ires ver a Brenda, ela precisa de ti.
— aconteceu algo com ela ? — perguntei preocupado.
— parece que ela não andou a comere acabou por desmaiar.
Bem que ela ontem não me pareceu muito bem.
Sem pensar duas vezes, já estava a caminho da casa dela, todo preocupado.
Fui atendido por uma senhora já de idade, e por acaso muito simpática que me em caminhou até o quarto dela.
Bati à porta
— não estou com vontade de ver ninguém — disse.
Entrei mesmo depois do que ela disse, ela estava deitada na cama, de costas para mim.
Quando ela virou-se para mim, senti um baque enorme. A Brenda estava diferente, era estranho ver ela assim, tão frágil. Isso me quebrou por completo.
— Wesley... — falou e depois sorriu para mim.
— Oi — aproximei-me dela. Sentei na poltrona que estava ao lado da cama dela — estás bem? perguntei o óbvio.
— agora estou bem melhor — sorriu fraco.
— Bom, tenho aqui alguns cadernos —tirei-os da minha mochila — como faltaste... pensei que irias precisar de passar a matéria.
— obrigada, és demais — sua voz mostrava cansaço.
— eu sei que sou demais — tentei amenizar o clima entre nós, que estava muito tenso.
Ela riu.
— obrigada, todava estou sem vontade de ver cadernos e principalmente matérias — rimos.
— tens razão, que ideia a minha.
— deita aqui comigo.
Não consegui dizer que não. Aproximei-me e deitei do lado dela. Abraçou-me pela cintura de lado e deitou a cabeça no meu peito. Abracei-a e ela encolheu-se mais. Comecei a acariciar o seu cabelo.
A sensação era tão boa que se fosse por mim duraria para sempre.
— desculpa — sussurrou. E senti que ela foi sincera.
— não pensa mais nisso, aliás, antes de pedires desculpas eu já tinha te perdoado. Te perdoei em todos os momentos — ela abraçou-me ainda mais forte.
Eu não conseguia sentir raiva dela, só conseguia sentir raiva de mim, por não conseguir odia-la.
Por não conseguir arrancar esse sentimento dentro de mim.
〰️ ❤️ 〰️
"Brenda"
Sentia-me tão mal e o que mais me machucava era tudo o que eu fiz e disse.
Sou uma idiota, racista.
Eu nunca mereci nada dele, por que uma coisa eu tenho que admitir, ele erabem melhor que eu.
Esses últimos dias estavam a ser tão negros, sentia-me uma morta viva, não tinha vontade de nada. É inacreditável isso. Mas o que sentia agora era pior do que todas as vezes que me senti desprezada pelos meus pais ou pelo mundo.
A dor era mil vezes pior, era incomparável por que só agora percebia o mal que fiz.
Fiuei felizr quando o vi na porta do meu quarto. Eu nem acreditava que ele estava ali.
Nesse momento eu estava abraçada a ele, acho que a cada minuto eu apertava ele com mais força, apenas para garantir que ele não me deixaria.
— Wesley...
—hummm
— obrigada
— pelo quê?
— por me perdoares, por seres desse jeito e... — desgrudei dele e sentei-me na cama. Ele fez o mesmo. Aproximei-me dele e comecei a acariciar o seu rosto, com delicadeza, enquanto olhava fixamente os seus olhos — por me dares a chance de mostrar que eu posso ser uma pessoa melhor, mesmo depois de tudo que eu já te disse, não sabes o quanto me doeu pensar na ideia de me odeiares. Perdoa-me por eu ser uma imbecil — ele fez menção de me interromper, mas eu não o deixei — por achar que a cor da tua pele muda alguma coisa, eu sou uma...
Escutei batidas na porta
— sim — falei.
— posso entrar? — perguntou a Gina.
— Claro — Respondi.
— Trouxe algo para vocês comerem — deixou uma bandeja na cama — ainda não comeste nada, tens que comer tudo.
— Não te preocupes, ela vai comer — afirmou. Fechei a cara e ela retirou-se.
— Estou sem fome — Não estava com vontade de comer nada.
— Brenda, você tens que comer e vais comer.
E fui obrigada a comer tudo, não sabia que ele era tão chato assim.
Depois voltamos a mesma posição, era bom saber que ele estava a me dar uma chance, por que é o que eu entendi. Ele não falou nada, mas conjecturei.
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Um novo eu, por você
RomancePLÁGIO É CRIME! Capa feita por mim. Wesley Stane , um rapaz calmo, sonhador e amoroso, teve que sair do seu país por causa da morte de seu avô, que trouxe consigo várias mudanças em sua vida que ele nem imaginava. No outro país ele conhece Brenda...