"Naiara"
Sai do banheiro enrolada numa toalha e caminhei em direção ao guarda-roupa, onde tinha as roupas que ele me comprou, já que não trouxe nada, vim de mãos a abanar. Mas assim que tive a sensação de que tinha alguém a me olhar, olhei para a porta e me assustei assim que o vi.
— podias começar a bater na porta. — falei irritada.
— para comesse showzinho, eu já tive nua — falou e depois jogou um vestido na cama — vais jantar comigo com esse vestido e eu não estou a te pedir, se te comportares bem talvez verás hoje a nossa filha — disse e depois saiu.
Caminhei em direção a cama e depois parei e comecei a observar o vestido atentamente.
Era um vestido no formato em V, rosa, curto e solto em baixo.
A minha vontade naquele momento era pegar numa tesoura e cortar aquele vestido, pedaço por pedaço. Segurei o vestido.
Maldita hora que eu fui me interessar por ele, a única coisa boa que ele me deu foi a minha filha. Eu não me arrependo de ter tido ela, mas sim de ter dado um pai como ele para ela, ele não a merece.
Começei a preparar-me, não queria discutir com ele de novo, e sinceramente, sentia medo do que ele poderia fazer se ficasse muito irritado, tinha medo de que ele me separasse da minha filha para sempre, ela é a pessoa mais importante na minha vida, eu daria a vida por ela.
Coitada da minha bebê, deve estar assustada, ela nem conhece ele, nem sabe que ele é o pai dela. Será que ele contou?eu tenho que ver ela.
Sai do quarto e caminhei em direção a escada, já no último degrau olhei para ele.
— Até que enfim, amei o vestido — fez um gesto com a mão, convidando-me a sentar.
Sentei-me na cadeira que ficava de frente para ele sem falar nada.
Ele só podia estar com algum problema, amei o vestido, claro que ele tinha que gostar foi ele que comprou.
O jantar foi horrível, não pela comida, mas sim pela companhia e aliás eu só conseguia pensar na minha filha e na raiva que eu sentia por ele, até agora não acreditava que ele mudou tanto, ele mudou da água para o vinho, não conseguia reconhecer mais ele.
Ficou um tempo a me observar até quebrar o silêncio.
— és linda — saiu do lugar dele e sentou numa cadeira ao meu lado.
Acariciou o meu rosto e logo o meu estômago embrulhou, eu detestei ter ele a tocar a minha pele. Quando ele aproximou-se mais de mim e começou a beijar o meu pescoço, eu não aguentei, empurrei ele com toda a minha força e sai a correr em direção ao quarto, tentei fechar a porta, porém não consegui porque ele estava a empurrar do outro lado.
— Abri essa porta agora sua vaca ou tu nunca mais véras a nossa filha! — gritou e no momento em que escutei aquelas últimas palavras parei de empurrar e deixei-o entrar.
— Não me teste sua vagabunda.
— deixa-me ver a minha filha, por favor — roguei.
—para com isso e tu não vais ver ela.
— não faz isso comigo, só peço um minuto.
— EU JÁ DISSE QUE NÃO! — segurou no meu pulso com força — e não penses que isso fica assim, mas não te preocupes, o que eu queria contigo outra vagabunda pode me dar hoje, mas não vai ser assim para sempre — jogou-me no chão. Levantei-me e fui na direção dele.
— EU ODEIO-TE , EU TE ODEIO, EU SINTO NOJO DE TI, SINTO NOJO QUANDO ME TOCAS, SINTO NOJO DOS TEUS BEIJOS, SINTO NOJO, NOJO! — gritei enquanto batia várias vezes no peito dele. Atirou-me na cama e saiu.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um novo eu, por você
Roman d'amourPLÁGIO É CRIME! Capa feita por mim. Wesley Stane , um rapaz calmo, sonhador e amoroso, teve que sair do seu país por causa da morte de seu avô, que trouxe consigo várias mudanças em sua vida que ele nem imaginava. No outro país ele conhece Brenda...