✳ Capítulo 7 - A DOR DO AUSTIN ✳

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— Até agora não consegui processar tudo — olhei para um ponto incerto — voltarmos — dei um gole grande na minha bebida — não sabes como é que eu me senti.


                  💫🕦💫

Algumas horas atrás...

Consegui, isso é demais!

Hoje iria fazer uma prova importantíssima, com muito esforço e com ajuda de algumas pessoas, havia conseguido ser selecionado, as vagas eram poucas e eu consegui uma delas, agora  só precisava fazer uma prova de leve, porque o difícil mesmo era conseguir a vaga para conseguir testar para uma bolsa de estudos em uma universidade de Londres. A última vez que consegui uma bolsa foi quando estava com a Lucy, perdia-a porque não conseguia pensar em mais nada, a não ser no que ela me fez.

Fui um tapado por ter desistido da bolsa!

— Boa sorte, cara —desejou-me o Feliks, enquanto caminhávamos pelo campus em direção à saída da faculdade.

— Obrigado, cara e tchau —Despeço-me dele.  Andei até o meu carro.

— Austin! — escutei uma voz feminina gritar pelo meu nome e logo a reconheci, mesmo que passasse anos eu sempre a reconheceria. Paro imediatamente. Meu corpo imóvel. Poderia dizer que por algumas frações de tempo eu fiquei sem respirar. Virei-me de vagar para ela em modo robô. Ficamos cara a cara, por alguns segundos nos fitando em silêncio.

— Lucy — o seu nome escapou baixinho pelos meus lábios, quase como um sussurro. Pensei que nunca mais voltaria a vê-la. Seus cabelos ruivos agora pretos mais compridos ondulados. Seus olhos castanhos estavam sobre mim e um sorriso fraco em seu rosto redondo.

—  Austin, nós precisamos conversar... por favor  pediu, numa voz cautelosa. Avançou na minha direção. Eu recuei.

— Não temos nada para falar — disse num tom frio.

—  Só por uns minutos, por favor, não... — interrompi-a

 Eu não quero nem por segundos — respondi firme, mas por dentro um lado meu queria abraçá-la e falar o quanto eu sentia a falta dela, o quanto eu queria ela perto de mim. Que eu ainda a amava, mesmo depois de tudo que ela fez.

— Sei que eu mereço isso, mas não faz isso comigo — implorou enquanto olhava bem no fundo dos meus olhos. Desvencilhei-me do seu olhar. O que ela tanto queria conversar comigo? Será que era para dizer que se arrependeu de ter me traído?

— Por favor, só alguns minutos — rogou. Eu estava numa batalha interna.

Seja forte, não cai nessa, no entanto, pensando bem é só uma conversa. Era só uma conversa.

— Tem que ser rápido —ela abriu um largo sorriso.

Fomos para um bar próximo à faculdade.

— O que é que queres de mim? —perguntei direto, sem enrolar.

— Eu sei... —  respirou fundo. Levou uma das mãos até ao rosto e colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha — que o que eu fiz contigo não tem perdão e tens razão de não quereres olhar na minha cara —badmitiu ela —e principalmente porque foi logo com o teu melhor amigo...

Um novo eu, por vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora