✳ Capítulo 40 - perdeste a batalha, não a guerra ✳

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             "Elmira "

Eu precisova sair daqui e ir para EUA, não só pelos estudos, mas principalmente para esquecer o Edward, eu sei que ele nunca vai gostar de mim como eu gosto dele e não posso culpá-lo por isso, é a natureza dele, ele não gosta de algo sério, só gosta de curtir e além disso ele só me vê como amiga, o pior é ele me ver como irmã.

Quando ele me pediu para ficar, tive muita vontade de esquecer tudo e ficar, porém para quê? para sofrer cada vez que ouvisse que ele ficou com alguém ou cada vez que visse ele com os meus próprios olhos com outra pessoa?

Não. Recuso-me a isso. Ele só quer ter a amiga dele desde a infância por perto.

Hoje em dia só sabia chorar o tempo todo, fui uma tola em cogitar que ele mudaria e olharia para mim, eu conhecia ele, eu sempre soube que eu iria sofrer com esse amor, todavia tentei gostar de outros, mas é difícil, via ele todos os dias, além de ser meu colega também é amigo dos meus amigos, não tem como evitá-lo.

Ontem a noite nem comi e nem dormi direito, eu não podia mais estar perto dele, não podia mais viver e nem sofrer assim. Passei o dia inteiro a evitar o contato visual com ele, até que ele  pediu-me para conversarmos

Era intervalo, eu estava na biblioteca do nosso colégio, eu normalmente fico com os meus amigos, mas eu precisava evitá-lo. Ele se sentou na minha mesa, na cadeira de frente para mim. 

 — precisamos conversar  — falou.

— Não tenho nada para falar contigo — respondi, com um frio, sem olhar para ele, com os olhos fixos no livro em minhas mãos.

— facilita as coisas Elmira, não és assim — disse insistente.

Simplesmente ignorei-o e continuei a ler, até que ele puxou o livro.

— Vem comigo agora! — ordenou. Já disse que ele fica mais lindo quando esta sério? 

Que pensamento é esse, que por caria, ele é um idiota, um completo idiota.

— façam silêncio — pediu a bibliotecária, a repreender-nos.

— Desculpa — pedi.

Decidi aceitar falar com ele. Fomos até o campo de futebol para podemos ter privacidade.

— eu não quero deixar de falar contigo —  começou por falar, cruzei os braços, tentei não me perder nos olhos dele, naquele rosto e naquela boca, aqueles lábios maravilhosos. Beijar eles seria tão e tão bom, por que é que ele tinha que ser tão bonito? por que é que ele despertava tantos sentimentos em mim? deixar-me tonta, trêmula, arrepiada só com um toque — não achas? — só absorvo isso.

— hã... —a minha voz sai um pouco fraca, com uma mão começou a fazer caricias no meu rosto, o que me deixava um pouco tonta.

— não escutaste nada do que eu disse? — indagou e arqueou uma das sobrancelha e depois parou com as caricia. Ficamos por um tempo só a nos olhar sem dizer nada.

— és linda Elmira — abanou a cabeça, parecia estar a lutar mentalmente — desculpa por tudo que eu te fiz, as vezes que eu te magoei — aproximou-se de mim — não mereço e nunca vou merecer o teu amor — soou-me sincero.

— não desejo que sintas pena de mim — sai dali.

Eu não almejava a pena dele, isso ele pode guardar para dar aos outros. Caminhei para o pátio e sentei num dos bancos que estava ao lado de uma árvore. Joguei o meu corpo para trás e fechei os olhos.

— O que é que ele te disse? — escutei alguém falar no meu ouvido, assustei-me e automaticamente olhei para ela.

Raissa.

Um novo eu, por vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora